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✦Pilar da Ganância - 1,78 cm - Raridade: N - EXP: 16 - Grimms: 925✦
✦Local: Sala de estar | Interagindo com: Mallory✦
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—Humm...uma humana então, entendo—Respondeu interessado quando Mallory revelou qual era a identidade da garota misteriosa. Estava curioso, como será que era essa tal de Isa? Guardaria seu nome em mente para quando trombasse com ela nos corredores da escola —o que certamente ocorreria em algum momento, afinal, Kiesh fazia de tudo naquele campus, menos ir para as aulas. Voltando sua atenção à Peste, após ler descaradamente sua mensagem, uma risada sonora escapou de seus lábios com a confirmação acanhada do outro. —Faz sentido...mas sabe, organizar uma festa logo depois da excursão cansa! Eu precisava de um cochilinho poxa...—Choramingou com um sorriso ainda nos lábios, o moreno preferiu ocultar os outros acontecimentos que o levaram à exaustão, segredos que ficaram trancados a sete chaves naquele banheiro coletivo. —Mas me diz...eu pelo menos era um morto bonito?—Perguntou rindo, levando uma de suas mãos aos cabelos achocolatados do outro e enrolando uma pequena madeixa em seu dedo, pensativo. Kiesh não podia morrer, ele já estava morto afinal! Pelo menos Mallory havia visto apenas sua “falsa-morte”—com ele estando deitado no sofá dormindo tranquilamente— porque com certeza a real não havia sido nada bonita. Era gentil como Mallory, mesmo tímido, também virava seu copo de forma calma, assim poupando o peito desnudo e coberto de loções do moreno de levar um banho de bebida. Um sorrisinho satisfeito se formava em seus lábios, tanto pela boa bebida da qual desfrutara quanto das bochechas vermelhas do outro, que quase se igualavam à bebida em suas mãos. No entanto, seu sorriso murchou um pouco com a pergunta melancólica proferida por seu parceiro. —Então ele realmente se sente solitário, hum?—Pensa observando-o. Não podia negar, a expressão do outro era bem triste e chegava a apertar um pouco seu coraçãozinho não muito provido de empatia. —Por que eu teria?—Pergunta olhando-o, seu sorriso —desta vez sincero e agradável— novamente se fazendo presente. —O gótico lá é o Cavaleiro da Morte, mas não mata todos em quem encosta, o mesmo vale para você, não? Você pode até ser uma doença ambulante, mas não deixaria uma pessoa doente caso não quisesse!—Diz calmo olhando-o e puxa seu braço, abraçando-o e afagando seus cabelos. Kiesh não era o melhor conselheiro do mundo, nunca nem tentara ser, mas entendia o que era ser temido apenas por existir e...bom...ele estava bêbado, então ligava menos ainda de dizer coisas embaraçosas. Colocou as mãos uma em cada ombro do mais baixo e afastou-o de leve, encarando-o com uma expressão divertida. —E mesmo se você me deixasse doente, seria uma ótima desculpa para cabular aula sem o Diavolo me encher o saco! E já que vocêê seria o responsável por isso, teria que cabular também para cuidar de mim! —Diz com um sorriso sapeca nos lábios, prolongando o som do “você” e dando uma piscadinha. Quando abriu os olhos para espiar o outro dançar, não pôde deixar de sorrir. Ele dançava todo animadinho, mexendo o corpo de um lado para o outro. —Isso ai Mally, bota para quebrar!—Diz rindo colocando os braços atrás do pescoço igual a ele, começando a descer um pouco enquanto ainda realizava o seu bellydance. Estava prestes a sensualizar agachado no chão quando uma gritaria repentina o assustou, o que o fez virar a cabeça para trás ainda com as mãos nos joelhos. —Hein?—Murmurou confuso e seu olhar caiu sobre o caos que se formava. Se levantou lentamente, olhando para a cena e não podendo conter uma risada impressionada. Seu parceiro de excursão passando por maus bocados, um —aparentemente— anjo de asas vermelhas lhe lançando um olhar feio quando tentou espiar o corpo de Nicholas (o que arrancou-lhe um baixo “tsk”), os dois cavaleiros caindo na porrada no meio da festa, aquilo era uma verdadeira zona! Ria divertindo-se com a cena e virou o que lhe restava de sua bebida, engolindo tudo e exclamando em satisfação. Queria mais! Ainda não estava bêbado o suficiente! —Agora sim a coisa ficou interessante!—Disse rindo e ajeitou sua franja que caía sobre seu olho. —Ei Mally! Em quem você aposta?? Vamo ver quem se rende primei- —Foi cortado ao sentir a mão de Mallory agarrar a sua com um certo desespero, virou-se para ele e seus olhos se arregalaram levemente com o que viu, seu sorriso aos poucos foi desaparecendo. Sua mão estava fria, algumas faixas que não estavam lá anteriormente começaram a aparecer e o rosto do monitor parecia muito mais enfermo que antes, com grandes olheiras e bochechas fundas. Da mesma forma como essas características vieram, elas logo sumiram e deram espaço ao desespero. Sua respiração estava completamente desregulada e agora agarrava os próprios cabelos achocolatados, Kiesh agarrou Mallory com mais firmeza e forçou-o a olhar para si, levando suas mãos até as bochechas dele e subindo-as, fazendo com que elas cobrissem um pouco suas orelhas para abafar o barulho da briga. —Ei Mallory! Respira! Se você não respirar, é você quem vai morrer e não eles!—Diz um pouco desesperado, por que Mallory tinha que pegá-lo de surpresa todas as vezes? E agora, como se acalma alguém que está hiperventilando?! Kiesh olhou em volta e a sua atenção caiu na mesa de bebidas. É isso! Se ele ficar bêbado, não vai entrar em pânico! Bem...pelo menos era a solução conseguia pensar no momento. —Fica aqui! Respira! Se você morrer eu te mato!—Diz e anda a passos rápidos até a mesa, pegando a garrafa de tequila e despejando-a pura no copo rosa, enchendo-o até a boca — aproveitou e encheu um copo para si. Também jogou algumas balinhas no drink de Mallory para suavizar um pouco o gosto forte, afinal, não sabia se ele aguentava tanto álcool. Voltou até Mallory e segurou sua mão, entregando-lhe a bebida. —Bebe tudo! Vai te acalmar, eu garanto!—Ele não garantia nada, mas não custava tentar, vai que funciona? —É só uma briguinha boba, eles não vão se matar, relaxa!—Novamente, ele não tinha certeza disso. Aquela briga, dependendo de como escalasse, poderia facilmente resultar em mortes...mas melhor não falar isso para Peste. De repente, a luz começou a piscar e Kiesh voltou a encarar os briguentos, dando um gole grande em sua bebida. Ficou praticamente na frente de Mallory, tentando impedi-lo de ver a briga e se desesperar ainda mais. O moreno não podia negar...aquilo era bem interessante de se assistir! Quando estava prestes a virar-se para trás, avistou largado ao seu lado um pequeno saquinho de pipoca, piscou duas vezes e pegou-o, começando a beliscá-la. —Hummm é uma delícia! Quer?—Pergunta virando-se para Mallory e, antes que o mesmo pudesse responder, enfiou duas pipocas em sua boca. —Isso isso, bom menino, come a pipoquinha e bebe o calmante.—Diz sorrindo e torcendo para que seu “remédio caseiro” fizesse efeito no outro. De repente, as luzes se apagaram. Kiesh encheu a boca de pipoca e tomou outro golão de bebida, engolindo tudo junto e tossindo de leve, seus olhos bem abertos tentavam enxergar alguma coisa, mas tudo o que via eram vultos. —É..agora ferrou—Soltou sem pensar e segurou a mão de Mallory que estava atrás de si, apenas tentando evitar um colapso mental da parte do outro.———————————————————————————————————
Pijama
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Última modificação feita por NaomiiChaan (25-10-2021, às 23h07)