Kore
Nome:
Kore;Seu nome tem raízes na Grécia antiga, sendo um dos nomes atribuídos a deusa Perséfone e pode significar “moça”, “donzela” ou “virgem”. Kore também é o nome dado a esculturas de mármore do período arcaico que representavam mulheres.
Idade:
20 anos
Raça:
Dragão
Classe:
Cavaleira rúnica
Guarda:
Obsidiana
Habilidades:
Runas - Em batalhas, consegue canalizar a magia do exterior e interior em runas que escreve em seu corpo, para proteção, aumento de força física, ilusões e disfarces, ou em suas armas, para lhe conferirem mais resistência e mudanças físicas. Também usa as runas em feitiços ou rituais de invocação e banimento.
Magia negra - Aprendeu essa arte unicamente por causa das poderosas runas e rituais de selamento, prática escondida por causa da aversão popular a magia negra.
Resistência ao fogo - Sendo um dragão o fogo normal não pode queimá-la e nem é afetada pelo calor, o único tipo de fogo que pode machucá-la são as chamas azuis do inferno e o fogo de outros dragões. Por causa dessa habilidade, Kore consegue beber lava e comer fogo sem muitas consequências.
Dança das chamas - Em sua forma meio dragão meio humana ela consegue invocar e controlar chamas com um poder altamente destrutivo, mas só é capaz de liberar esse poder quando fica muito irritada e instável.
Forma de dragão - Seu corpo de dragão que está quase completamente selado dentro de si, armazenada todo o ódio, remorso e mágoas que sua forma reprimiu, se transformando numa forma instável, irracional e destrutiva que deve ser selada para o bem de todos. Kore sente medo, pois cada vez mais sente as chamas do ódio queimando em seu âmago como um aviso que futuramente suas runas de selamento poderão ser ineficazes.
Luta com lâminas - Geralmente utiliza duas adagas na hora da luta, mas sob suas roupas e escondidas em seus cabelos há inúmeras outras lâminas preparadas para serem usadas. Kore tem movimentos rápidos e flexíveis, que podem vir a calhar no momento de um combate.
Fraquezas:
Água - Em combates contra criaturas que tenham poderes relacionados a água ou lutas em ambientes frios, Kore tem desvantagem pois perde muita força quando está encharcada ou com frio.
Tempo - Em meio a combates quando Kore precisa desenhar alguma runa, sua guarda fica baixa com muitas aberturas para ataques.
Itens de combate:
Adagas - Tem sempre duas adagas de ouro escondidas entre suas roupas, assim como outras lâminas que esconde em seus cabelos, roupas e uma pequena navalha embaixo da língua. Ela está sempre armada até os dentes.
Grimório - Um livro de feitiço grosso todo grafados em runas antigas e repletos de feitiços e anotações que ela ganhou de Eliphas.
Aparência:
Kore tem um encanto quase imaculado com diversas características delicadas que remetem a inocência e ingenuidade, como seu rosto pequeno e redondo, seus lábios delicados e nariz arrebitado, até seus olhos grandes com cílios longos e esclera vermelha com íris negra, mas talvez sua completa falta de expressão estrague um pouco essa impressão. Ela costuma sempre ter olhos meio apagados e um rosto vazio difícil de se ler, até suas sobrancelhas parecem meio retas em seu rosto inexpressivo. Kore tem a pele morena e uma baixa estatura, atingindo 1,58, seu peso é proporcional dando a ela um corpo mais curvilíneo, além disso seu corpo tem inúmeras runas tatuadas da cabeça aos pés. Tem cabelos negros e lisos que nunca foram cortados tendo um pouco mais de dois metros de comprimento, ela se orgulha muito deles e de como eles são macios e sedosos, Kore só não conta o quanto gasta com shampoo para lavá-lo quase todo dia, geralmente anda com eles soltos, mas em missões ou treinos ela faz duas tranças grossas para prendê-lo.
Kore pode mudar um pouco da sua aparência quando perde o controle da raiva, suas pupilas ficam fendidas como as de um dragão e parte de sua pele é coberta por escamas negras, algumas rachaduras podem surgir e seus dois chifres ficam a mostra, sendo um quebrado ao meio
História:
A II Guerra Dragônica foi quase o fim dessa raça, os poucos sobreviventes arcaram com as consequências da guerra enquanto eram reintegrados na sociedade e relembrados diariamente de seus erros sendo cobrados frequentemente para compensá-los, mas não foi assim com todos eles. As histórias sobre Ladón, o temível comandante de guerra, eram passadas de boca em boca e usada para assustar os jovens dragões, logo se tornando contos populares, alguns contavam histórias de como ele derrotou tropas inteiras só com uma mão e outras sobre como ele exigia que crianças humanas fossem sacrificadas em seu nome em troca de paz, mas sempre terminavam do mesmo: Relatando seu desaparecimento após a guerra e teorizando sobre uma volta aterrorizante e brutal. Bem longe dali, dentro de um vulcão numa terra longínqua, era onde se encontrava o temível Ladón, ferido demais para abandonar sua forma de dragão e sobrevivendo com dificuldades, entre suas patas havia um embrulho barulhento que se revelou com um pequeno bebê que berrava de fome.
De alguma forma os dois sobreviveram, o pequeno bebê foi alimentado com lava e aos poucos se tornou uma linda garotinha que não conhecia do mundo nada além daquele vulcão em que vivia e do dragão que era seu pai, sem nenhum contato com outros seres ou com a comunicação verbal ela acabou assumindo que não existia nada além daquilo: Uma menina sem nome e seu dragão. Ladón tampouco quis compartilhar com ela o mundo grande que existia por saber das crueldades existentes e saber que muitas dessas crueldades haviam sido feitas por ele mesmo, se saísse dali não apenas ele lidaria com as consequências de seus crimes de guerra como sua pequena e adorável filha também. A paz durou algum tempo, mas as chamas de um dragão nunca passam despercebidas, os moradores de uma pequena vila nas redondezas começaram a suspeitar quando viajantes diziam ouvir rugidos que vinha do vulcão e as vezes em noites escuros labaredas de fogo podiam ser percebidas a distância.
Uma caravana de homens partiram em direção ao pequeno santuário de pai e filha, que escândalo foi encontrar uma garotinha nua no covil de um dragão cruel e ali começou a última batalha que Ladón lutaria, que ficou marcada como sua única derrota e o fim da sua vida. A garotinha apenas observou a cena, a confusão gritando em sua cabeça por não entender nada que aconteciam, não entendia tantos barulhos diferentes, não entendia porque seu pai sangrava tanto e não entendia os gritos horríveis que ecoavam, nunca havia sido apresentada ao conceito de morte ou dor, não sabia o que era maldade e violência, nem entendia direito a tristeza, mas sentiu essa forte emoção por dias por não entender porque não podia ver seu pai.
Os humanos se esforçaram para tentar criá-la, lhe deram um nome e tentaram ensiná-la a falar, mas Kore nunca havia feito um som e agia alheia a tudo, silenciosamente todos pareceram concordar que seria melhor apenas abandoná-la e aos poucos a garota ficou só. Apenas nesse momento o ancião, chamado Eliphas, que vivia na aldeia resolveu intervir, sendo o único dali versado em magia ela sabia que a garota não era uma humana nem uma prisioneira do dragão, sabia que se ela vivesse abandonada e crescendo sem instruções seria um perigo para todos então adotou ela como aprendiz e a criou. Ela conseguiu ler e escrever mais rápido do que aprendeu a falar, por isso passava dias e dias lendo para sentir uma conexão maior com esse mundo, começou a falar aos poucos e com dificuldade por isso se tornou uma pessoa de poucas palavras.
A medida que aprendia mais ela começou a entender o que tinha acontecido com seu pai e como tinha sido assassinado por humanos, isso lhe despertou uma fúria sobre-humana que quase transformou em cinzas a casa do ancião, mas a fúria cessou pois sabia dos malefícios da vingança e relutantemente entendia o medo que os humanos sentiam, o único sentimento que sobrou em seu coração era o remorso. Infelizmente não houve salvação para um jovem que testemunhou o ataque de fúria de Kore correu rapidamente para avisar ao resto que um monstro vivia ali, mas mais rápido que seus pés foram as lâminas de Eliphas que acertaram seu pescoço. Em vez de ficar horrorizada, Kore ficou interessada em aprender a manusear as lâminas como ele. Antes de voltar as aulas e aos ensinamentos, Eliphas chegou a conclusão que o melhor para Kore era selar seus poderes de dragão que ainda eram incontroláveis e usou runas de banimento e aprisionamento para isso, a magia deixou o corpo dela cheio de runas desenhadas.
Kore podia não falar muito, mas aprendia rápido, logo já conseguia entender o grimório e utilizar runas e feitiços, aprendeu o básico da alquimia e se especializou no manuseio de adagas e outras láminas de curto alcance. Não via mais o ancião como um professor e sim como um pai, seus planos eram continuar ao lado dele e aprendendo mais, infelizmente uma doença atingiu a aldeia e fez muitas vítimas, Eliphas não conseguiu se safar por conta de seu corpo já idoso e frágil, deixando esse mundo. Após isso Kore resolveu que não era ali que queria viver, cheio de recordações dos dois homens que foram seus pais. Juntou tudo que era seu e partiu.
De aldeia em aldeia, de cidade em cidade, ela não se estabeleceu em lugar nenhum e viveu como uma viajante, fazendo todo tipo de trabalho para ganhar dinheiro, nem percebeu que com o tempo e a morte do seu mestre as runas que selavam sua natureza estavam se desgastando. Só percebeu tarde demais quando sua forma de dragão tomou controle, tinha sido ali que todo seu ódio reprimido tinha sido armazenado. Parte de sua pele foi coberta por escamas e rachaduras, que brilhavam em laranja como se houvesse lava por trás, e cresceu chifres em sua cabeça, teria virado um dragão completo se ainda não tivesse um resto de feitiço a segurando. Foi uma catástrofe total, a floresta ardeu em chamas antes de Kore voltar a si, foi depois disso que passou a reforçar as runas em seu corpo, com medo de liberar aquele dragão cheio de ódio. Depois desse incidente seus olhos nunca voltaram ao normal, deixando sua esclera vermelha e sua íris negra com um pupila fendida. As vezes quando sente muita raiva aquela sua forma meio dragão meio gente volta a aparecer, mas com um poder destrutivo muito menor.
No meio de uma viagem Kore foi atacada por uma grande quantidade de saqueadores, por mais que tenha conseguido proteger a si mesmas e aos seus pertences ela acabou adoecendo por conta dos machucados e perdeu sua consciência, foram integrantes da guarda de Eel que acharam ela desfalecida e trataram dela. No início seus planos eram continuar em viagem, mas se rendeu a comodidade e as amizades que tinha feito no seu período de recuperação e aceitou participar da guarda de Eel.
Personalidade:
Kore é sempre quieta e de poucas palavras, portanto é muito difícil você conseguir manter uma conversa com ela, a verdade é que Kore ainda enfrenta algumas dificuldades com a linguagem e com a pronuncia de certos fonemas, em compensação ela mantém sempre os olhos bem abertos para observar tudo e nunca perder um detalhe se quer. Ela passa uma impressão de calmaria, o que em certas partes é verdade, Kore aprendeu a ter muito autocontrole sobre sua própria raiva e em situações normais dificilmente se irrita. Kore não tem muita inteligência emocional, então pode ser muito insensível com pessoas que estão tristes ou magoadas, seus amigos tentam ensinar a ela como agir nessas situações, mas ela ainda acha muito difícil lidar com toda essa subjetividade dos sentimentos. Ela é bem simples em relação aos próprios sentimentos, não fazendo questão de escondê-los e sendo bem direta, se não gosta de alguém ela deixa claro, se fica triste ela chora sem vergonha, se gosta de alguém ela demonstra carinho, por causa disso tem dificuldade em ler as pessoas, principalmente as que agem com falsidade. Ela é um tanto egoísta e geralmente preza por sua própria vida em situações de risco, sempre se botando em primeiro lugar, também tem esse mesmo egoísmo em relação aos seus pertences, odeia dividi-los ou empresta-los.
Ela pode ser bem lerda para entender as informações que ficam subentendidas, tornando ela uma pessoa muito literal sem muita noção de bom senso. As pessoas costumam dizer que Kore não tem senso de humor, mas a verdade é que na maior parte do tempo ela só não entende as piadas e quando acontece de entender ela gargalha bastante e tenta aprender para contar para os outros, pois se tem uma coisa que a agrada é o som de risadas. Kore se adapta fácil a grandes mudanças por costumar não se apegar de verdade a pessoas ou lugares, é alguém que tem sempre um plano de fuga e está preparada a partir. A garota pode ser muito impulsiva e se meter em situações perigosas ou estúpidas, a sorte é que ela é uma pessoa que sempre age rapidamente em situações críticas.
Kore não é necessariamente triste, mas tem sempre um pouco de tristeza em suas ações ou em suas palavras escassas, algo que nem ela percebe, tornando ela uma pessoa um pouco melancólica aos olhos dos outros. Ela pode se cansar facilmente quando socializa, sempre precisa de um tempo só para ela depois para recarregar suas energias, as pessoas podem pensar que por causa disso ela é reclusa, mas ela gosta da companhia das pessoas, mesmo não interagindo muito, ela se diverte observando e sente como se estivesse aprendendo aos poucos com eles.
Curiosidades:
- Kore ama ouro, joias, objetos brilhantes e dourados, por causa disso tem um pequeno tesouro guardado no seu quarto com as coisas que encontra perdidas por aí, que nem sempre estavam perdidas, ela provavelmente surrupiou enquanto o dono não prestava atenção. Ela odeia que toquem no seu tesouro.
- As rachaduras que tem em sua pele quando perde o controle não são naturais de um dragão, na verdade elas são um efeito colateral de toda a lava que ingeriu quando ainda era criança e elas podem doer muito. Para um dragão é possível beber lava, mas se beber quantidades absurdas podem acontecer alguns efeitos colaterais, nem todos são registrados, e as rachaduras são um deles, assim como perda total do paladar e queimaduras de terceiro grau na pele, como Kore passou alguns anos de sua vida se alimentando apenas disso hoje ela sofre com os efeitos.
- Seu chifre rachado foi quebrado de maneira realmente estúpida que até ela sente vergonha de contar.