✎... Olá, contadores de histórias!
Todas as fábulas eram extremamente cativantes e uma delícia de ler, estamos bastante impressionadas com a forma como conseguiram tomar esse desafio e criar algo que nos proporcionou uma boa tarde de imersão no mundo fantástico das florestas de Eel.
Dito isso, como ocorre muitas vezes, nossa tarefa de avaliação foi bastante complicada, a ponto da diferença entre os três mais altos classificados ser praticamente mínima. Infelizmente, só um pode vencer ;( sem mais demoras, lhe apresentamos a vencedora:
Fábula Vencedora
A hamadríade e os pinpipous, por Ultimecia
No interior de uma floresta próxima à localidade de Balenvia, vivia a hamadríade Flora. Ela passava seus dias cuidando das plantas e dos mascotes que habitavam a floresta, zelando por sua segurança e bem-estar.
Em um dia de verão qualquer, enquanto passeava, a moça foi surpreendida por um estranho ruído, um choro angustiado que ecoava por entre os recantos da floresta. Intrigada, ela decidiu seguir o som e, assim, descobriu uma bolsa oculta no meio da vegetação. Para sua surpresa, a bolsa estava cheia de pinpipous tristes e encolhidos.
Flora percebeu imediatamente que essas criaturas adoráveis haviam sido levadas para longe de seu habitat natural. Com todo o cuidado, ela ergueu a bolsa e levou os pinguins azuis consigo, conduzindo-os para perto da sua árvore.
À medida que os dias passavam, a hamadríade cuidava dos pinpipous com todo o amor e atenção que conseguia. No entanto, algo estranho aconteceu. Os mascotes, com seus poderes gélidos, começaram a transformar a floresta em um lugar frio e congelado. Eles queriam se sentir mais próximos de seu verdadeiro lar.
Embora fossem adoráveis, seus poderes estavam colocando em risco toda a floresta. A neve se espalhou pelo local, congelando as árvores e tirando a vitalidade das flores. Além disso, Flora começou a sentir sua saúde debilitada pelo frio intenso que se espalhava por sua morada.
Ela ficou em um dilema angustiante. Apesar de amar os mascotes e saber que eles mereciam um lar seguro, também amava sua floresta. A hamadríade se perguntava como poderia conciliar esses dois amores.
Enquanto isso, um abastado comerciante, cujo nome era Bluejay Waltz, estava à espreita, observando de longe. Waltz aparentava ser um homem vistoso de feições jovens, com olhos azuis frios e um sorriso sinistro que revelava suas verdadeiras intenções.
Ele era o responsável por levar os pinguins para o lar de Flora, mesmo sabendo que sua presença poderia causar um desequilíbrio no local. Bluejay não se importava com as consequências, apenas queria um espaço para guardar a sua mercadoria até que fosse seguro apanhá-la.
O jovem tinha como objetivo lucrar com a venda dos ovos de pinpipou por valores exorbitantes, pois estes eram considerados raros naquela época do ano.
A verdade sobre a origem dos pinpipous foi revelada à hamadríade através de uma carta anônima enviada pelo comerciante. Em seu conteúdo, ele ameaçava destruir a floresta se Flora não entregasse os mascotes e detalhava suas motivações. Com o coração pesado, ela percebeu que a liberdade daquelas criaturas indefesas estava em perigo.
Em busca de uma solução que pudesse resolver todos os seus problemas, Flora decidiu consultar a sábia árvore anciã. Essa árvore majestosa era como uma mãe, sempre pronta para oferecer conselhos valiosos.
A árvore anciã, com sua sabedoria milenar, escutou atentamente o lamento da hamadríade e compartilhou uma importante lição. Ela disse que a natureza é um equilíbrio delicado, e que quando interferimos demais, podemos causar danos irreparáveis, mesmo com as melhores intenções.
A sábia também mencionou a existência de um grupo conhecido como "Grande Guarda de Eel". Esses guardiões eram conhecidos pelo seu comprometimento em proteger os faeries e mascotes.
Cheia de gratidão, Flora seguiu seu conselho e enviou um Digrine na tarefa de entregar uma carta para a Guarda de Eel. Após dias de viagem, ele chegou à entrada do Quartel General. Lá, foi recebido por um grupo de guardiões imponentes.
O mascote entregou-lhes a carta que explicava a situação com os pinpipous e o ganancioso comerciante. Os guardiões levaram a mensagem à líder da Guarda Reluzente, que leu o conteúdo cuidadosamente, demonstrando compreensão e empatia. Em seguida, algumas decisões foram tomadas.
Enquanto uma equipe especializada se encarregou de resgatar os pinguins e levá-los para um lugar adequado, outra divisão neutralizou o perigo iminente que Bluejay Waltz representava. Assim, ele passou a viver na prisão do Quartel General.
Com os pinpipous em segurança, a floresta começou a se recuperar gradativamente. O gelo derreteu, as árvores voltaram a florescer e os mascotes voltaram a brincar. Profundamente agradecida à Grande Guarda de Eel por sua ajuda inestimável, Flora sorriu aliviada.
Envolta por uma serenidade extraordinária, a hamadríade contemplou o renascimento da floresta.
Flora
Bluejay Waltz
Para saciar a curiosidade dos mais interessados, e também para reconhecer o trabalho fantástico feito por vocês, aqui ficam as menções honrosas, que estiveram prôximas do primeiro lugar:
1º Menção Honrosa
Renascimento, por JoanaDArc
Infâmia era uma aprendiz para o cargo de guardiã da floresta de Odaléia.
Ela tinha destaque em tudo o que fazia: atravessava os pastos com a graça e a velocidade de um Dalafa; nadava no mar dominado por Serseas; domava seres gloriosos como um Fenrisulfr. Todavia, para além de todos esses atributos, havia uma fraqueza no seu coração: Infâmia tinha a instabilidade de um Warrifang.
Isso não era um problema, pois havia alguém capaz de controlá-la: Odaléia, a deusa-mãe da floresta. Em um dia de muita chuva, Odaléia chamou Infâmia para liderar uma equipe de guardiões sentinelas, pois ela estava para dar à luz e precisava de apoio em seu momento de fragilidade. Quando todos se retiraram, ela mandou a aprendiz se aproximar.
— Estou sentindo dor. Dói, como se a terra revirasse os meus ossos. Do outro lado da floresta… dói muito.
Infâmia arregalou os olhos, sabia o que aquilo significava. Odaléia sentia tudo o que tocava a sua floresta, pois ela era parte intrínseca de cada organismo vivo que nascia e morria naquela região. Suas dores iam além de um processo de parto… era o princípio da morte.
— Estão atacando? Eu vou derrotar qualquer infeliz que ousar tocar na deusa-mãe!
— Não derrame nenhuma gota de sangue…
Já decidida, a guardiã tomou sua arma e partiu em busca dos malfeitores. Antes de sair, ouviu a voz da sua deusa lhe chamar…
— A morte não existe sem a vida. Onde eu morrerei, renascerei… Eu e todos os filhos da terra.
Infâmia não quis entender a mensagem. Com o coração repleto de ódio, liderou a equipe de sentinelas para a outra extremidade da floresta, onde encontrou humanos explorando densamente os seus recursos. Livre de misericórdia, Infâmia transformou os seus soldados em máquinas de destruição, e combateu fogo com fogo. A luta não foi árdua, pois as suas capacidades inumanas se sobressaíram se comparadas à fragilidade humana. Contudo, ela não estava satisfeita.
Seguiu para as suas colônias e pôs um fim à era de dor da natureza. A chuva se tornou mais forte, resvalando o tom escarlate do chão para os mananciais. Pela terra e pela água, Odaléia provou o gosto do ódio da sua filha; isso despertou a fúria da deusa-mãe.
As montanhas íngremes se dissiparam como geleiras derretidas. Infâmia levantou sua espada para aniquilar o último intruso quando viu a sombra das rochas engolirem-na por completo. A batalha findou quando não havia mais vivos para mantê-la.
O tempo passou, os dias se foram… Ali, debaixo de todo aquele pedregulho, pequenas plantinhas de tom verde esmeralda começaram a surgir, Beriflores apareciam esporadicamente para comer algumas frutinhas da meia-noite e as formas rochosas se tornaram o abrigo e o esconderijo de muitos Grookhans. A deusa-mãe cumpriu o que disse, e renasceu onde havia morrido. E Infâmia… Infâmia voltou como um pequeno Beriflore, porque ela também é filha da terra.
Infâmia
Odaléia
2º Menção Honrosa
Raízes falantes e folhas cadentes, por LilyWaffle
Linsya, a guardiã das florestas místicas que rodeiam o Templo Fenghuang e seus espíritos, acordara de seu sono com o sopro matinal em seus cabelos, mais embaraçados do que nunca em seus chifres, e assim que suas pernas dormentes permitiram, partiu em seus ritos diários.
Todos os dias prestava seu respeito no Mausoléu das Águias antes mesmo de comer e depois iniciava sua patrulha em todo o perímetro de sua grande e abençoada casa. A grande floresta a recebia com beijos dos ventos e risos das flores, os animais a cumprimentavam e as folhas dançavam entre seus chifres, o cenário perfeito para uma protetora natural. Apesar de ser invisível aos olhos da grande maioria das raças por ter uma jornada espiritual, Linsya se mostrava presente para todas as almas do templo, uma alma sempre seria importante enquanto ela houvesse raízes com a terra, foi o que a grande árvore da floresta disse!
Contudo, após uma grande discussão política entre os líderes Fenghuangs e membros do conselho, um deles, Oongia, uma jovem prodígio de origem Zhi-fenghuang, se declarou a mais digna de se tornar a chefe de sua tribo, porém foi considerada jovem demais pelos outros líderes e fortemente criticada por Huang Hua, líder da tribo Ren-fenghuang, após ter insultado a todos presentes na reunião.
Oongia não se conteve com sua resposta e fora atrás de todo o conhecimento que pudesse ter afim convencer as grandes mentes por trás do equilíbrio político, espiritual e natural de sua raça. Após meses de procura e estudo, finalizou sua viagem no Templo Fenghuang, porém, a ganância de Oongia a levou a lugares restritos. Curiosa sobre um grande livro lacrado e de aparência antiga que estava contido em uma redoma de mana no topo da sala de estudos do templo, aproveitou um momento de desatenção de Huang Li-Wei, a bibliotecária da sala, quebrou a redoma com um feitiço de rompimento.
Se escondendo entre estantes de livros, Oongia agarrou o antigo livro e o abriu com delicadeza. Em língua élfica antiga, havia escrituras e esquemas de árvores imensas, flores flutuantes e raízes que absorviam o conhecimento de quem passava sobre seus arredores. Estupefata com tal oportunidade, Oongia logo roubou o livro e saíra correndo em direção ao seu laboratório, havia como possuir o conhecimento milenar de uma floresta inteira! Essa seria a oportunidade perfeita para enfim seguir com a honra de sua família que carrega mais de quinze líderes.
A ganância de Oongia à levava cada vez mais ao desconhecido e através do antigo livro, desenvolveu um método de absorver o conhecimento enraizado na flora da floresta, a partir de uma meditação que a levaria ao núcleo da floresta e um mantra que constava em uma página vermelha selada com mana no antigo manuscrito, acreditava que enfim poderia alcançar o que desejava. Em uma noite de lua minguante, quando os pássaros não cantavam mais, Oongia se esgueirou entre os limites da floresta até chegar em seu centro, marcado pela grande árvore de raízes azuis.
A presença de uma alma ativa na floresta despertou Linsya, que procurava quem adentraria na floresta em pleno crepúsculo, era um ditado que perturbar os espíritos perto da noite causaria azar. Afim de saciar sua busca pela glória, Oongia iniciou o ritual se ajoelhando entre duas árvores com folhas avermelhadas que ainda tocavam a luz do Sol; assim que recitou a primeira frase de seu mantra, Linsya sentiu um queimar em seu coração, como se o mesmo estivesse secando de dentro para fora e pôs-se a correr em busca do responsável, sabia que alguém estava fazendo mal à floresta e era seu dever intervir. Mais uma frase do mantra de Oongia fora recitada, e as raízes começaram a queimar de dentro do chão, o mana da floresta começou a ser canalizado para dentro da mulher enquanto a mesma adentrava profundamente no plano espiritual da floresta.
Linsya escutava os gritos das raízes e invocou os poderes das águas profundas para lhe ajudarem com uma oração desesperada, mas nada adiantava, o poder provindo da Fênix não poderia ser apagado por água; chegando até a grande árvore gemendo de dor, a Guardiã se deparou com Oongia em um círculo mágico que queimava, as duas árvores com folhas avermelhadas já não existiam mais e as cinzas tomavam os lugares das folhas que brilhavam a noite e fluíam como cometas.
O núcleo da floresta estava sendo lentamente consumido, e Linsya se sentia impotente pois não conseguia se aproximar da Fenghuang que ampliava seu círculo de fogo de joelhos em uma meditação profunda. A dor em seu peito crescia até um ponto em que a mesma não ficava mais de pé, suas pernas não a suportavam e seu coração parecia sucumbir juntamente da floresta.
Em um piscar de olhos, de repente surgira uma luz diante de Linsya, a mais brilhante das luzes, o espírito da floresta havia sido invocado por Linsya e ouvira as preces de sua guardiã. A mística figura soprou contra Oongia que tivera sua meditação interrompida por um vento que a levantou, as árvores ao seu redor retomaram forma e o círculo que queimava deu lugar a flores de cores vibrantes. A fênix levantara confusa e insatisfeita, mas assim que visualizou a figura em sua frente, se curvou. A forte voz do espírito ecoou pela mente de Oongia.
"Ora, que alma irresponsável tal corpo carrega. Adentra-me com tua ganância e espera que permita que me roube?"
A floresta estremeceu e Oongia também. Linsya se levantava lentamente, encarando a fênix com insatisfação.
-Perdoe-me ó grande espírito, desconhecia da reação de meus métodos..."
Erguendo seu cajado, o Espírito da Floresta vociferou contra Oongia:
-A ti declaro o dever de castigar, punir e banir todos aqueles que adentrem a floresta com más intenções, será responsável por tal cargo até a explosão do Sol no céu e o fim da vida em nosso mundo, está declarado.
E enfim, a floresta se recuperou com uma onda de poder que irradiava do Espírito, Oongia fora transformada em uma erínia e nunca mais foi vista entre os Fenghuangs, Linsya a ensinou os deveres como um guardião, entretanto, nunca mais nenhum ser em toda a Eldarya negligenciou a importância de suas florestas e o mito de Oongia se transformou em uma lenda de ensino às crianças.
Linsya
Oongia
Espírito da Floresta
A todos os participantes, aqui fica um selo para que possa enfeitar o seu perfil:
[img]https://64.media.tumblr.com/e33dc20c4c045529fa716bce3595e67f/31f347e62adf5d41-bd/s400x600/84abd6b5d22571cdfd250aac50dd531e735ffb39.pnj[/img]
Em breve, a vencedora receberá uma MP para que possa escolher o seu ovo de mascote.
Atenciosamente,
Equipe de Moderação
Bhin | ItalaLove | Lunalya | Syonna | Yaybe