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#1 17-11-2022, às 21h26

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⊱        S  E  J  A       B  E  M  -  V  I  N  D  E!        ⊰
Arcanis Viritia² por AoiHikaru

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Espere o autor do tópico para postar!
Mensagens parasitas serão excluídas e estão sujeitas a punição do usuário infrator.

ATENÇÃO •  verifique regularmente a Agência Tudo Limpo da seção para corrigir seus
posts se necessário. Esse hábito nos ajuda a manter o fórum organizado e evita punições.


A T E N C I O S A M E N T E
ɢяιѕнα


https://64.media.tumblr.com/3157a5679ab54e123c704ba3c520350b/f719376a4ebe594b-a3/s1280x1920/2da190dca41fe92c77a408a6a61cbe8f8b2d4f20.pnj

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#2 18-11-2022, às 10h26

Guarda Sombra
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Arcanis Viritia 2 por AoiHikaru
Segunda temporada do RPG Arcanis Viritia, clique aqui para conferir a primeira temporada!


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https://cdn.discordapp.com/attachments/853507316795179008/1040880622576615485/objetivo_Arcanis_2.png

https://cdn.discordapp.com/attachments/797927905454981140/805701872923967538/titulo_Detalhes_Arcanis.png

https://cdn.discordapp.com/attachments/797927905454981140/805702022849495070/segunda_parte_da_historia.png

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https://cdn.discordapp.com/attachments/797927905454981140/805702262121955378/classes_1_Arcanis.pnghttps://cdn.discordapp.com/attachments/797927905454981140/805702262856220682/classes_2_Arcanis.pnghttps://cdn.discordapp.com/attachments/797927905454981140/805702266937147392/classes_3_Arcanis.pnghttps://cdn.discordapp.com/attachments/797927905454981140/805702269596467200/classes_4_Arcanis.png

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https://cdn.discordapp.com/attachments/797927905454981140/805702388878409738/terceira_parte_historia_Arcanis.png

https://cdn.discordapp.com/attachments/797927905454981140/805702470625787934/titulo_extras_Arcanis.png

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https://cdn.discordapp.com/attachments/797927905454981140/805702679112187924/Uniformes_Arcanis.png

*Clique na imagem para ver os uniformes com mais detalhes

https://cdn.discordapp.com/attachments/797927905454981140/805702810960265236/titulo_locais_Arcanis.png

Locais



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Perguntas Frequentes



https://cdn.discordapp.com/attachments/797927905454981140/805703465165914147/titulo_regras_Arcanis.png

LEMBRETE DE REGRAS IMPORTANTES:


→ Escolha o tópico correto e esteja ciente das regras antes de publicar.
→ Fique atento e respeite os avisos da moderação e do autor do tópico.
→ Assuntos sensíveis, imagens chocantes, de menores ou propagandas são proibidos.
→ Não PLAGIE! Plágio é crime por lei, respeite os direitos autorais.
→ Seja educado com os demais jogadores! Não crie conflitos em tópicos. Use a mensagem privada.
→ Leia atentamente as Regras Gerais do Jogo e do Fórum e as regras da seção para evitar punições.

REGRAS DO MESTRE:

GERAIS:

– Não ficarei aqui repetindo as regras citadas no box acima. Uma vez que são obrigatórias no fórum, obviamente devem ser respeitadas e eu irei cobra-las, tal qual qualquer regra ditada por mim nesse campo;

– A principal regra por aqui é: Divirta-se! Esse é um RPG feito para ser divertido e tranquilo, então vamos manter assim;

– Fica indispensável a participação no chat do RPG no Discord. O RPG usará a mecânica de dados para as missões, confrontos e mais, e esta só será possível por meio de um bot no servidor. Além disso, é onde o Quadro de Missões estará, junto com muitas informações importantes. Clique aqui para entrar no chat;

– Respeite o Mestre e leve em conta o que ele disser. Sempre siga o que for proposto nos turnos gerais e no tópico do RPG. Me reservo o direito de recusar fichas e turnos que tenham discrepâncias com as minhas instruções;

– Peço respeito entre os players. Briguinhas e implicâncias não serão admitidas por aqui. Comportem-se, ninguém aqui é criancinha de creche, então, sem bancar o "engraçaralho do cadinho”. Também deixo proibido atrapalhar deliberadamente o desenvolvimento de personagens e interações alheias, se intrometa apenas onde foi chamado. Além disso, peço para que ninguém seja deixado sozinho ou ignorado. Vamos formar grupinhos, incluir a todos, todo personagem é importante por aqui;

– Como é explicado no FAQ, mortes estão fora de cogitação no RPG, e somente acontecerão como na exceção da explicação. Matar o personagem de outro player acarretará em expulsão, uma vez que o RPG não se trata de matança e chacina;

– O tempo limite de ausência sem nenhuma satisfação dada é de 20 dias contados, tanto para reservas quanto para turnos. Dado este prazo, os personagens sumidos serão removidos e seus photoplayers ficarão disponíveis. Caso precise se ausentar do RPG, basta me mandar uma mensagem avisando (detalhes não são necessários, obviamente) e sua vaga será guardada. Não se esqueça também de avisar a quem estiver “turnando” com você para evitar o congelamento dos outros personagens;

– Restou alguma dúvida? Dê uma olhadinha no FAQ, tem mais informações lá, assim como no modelo da ficha. Mesmo assim ainda há dúvida? Não hesite em me perguntar, me coloco 100% à disposição!

FICHAS:

– Por motivos de "Tio Aoi prefere assim" apenas estarão sendo aceitos Photoplayers de animes, jogos, artes, desenhos feitos por você ou em Avatar Creators. Faceclaims humanos serão recusados;

– As fichas podem ser feitas em links externos, como carrd, docs, etc. Apenas lembre-se de fazer um post no tópico de fichas, linkando a sua;

– Dadas as atualizações de universo, agora é possível que você mesmo controle a sua dupla. Pode ser tanto um NPC criado por você ou um segundo personagem, feito normalmente, com ficha toda dentro dos conformes;

– Quer fazer um personagem seu ser um funcionário? Claro que pode! Só peço que a disponibilidade seja conferida com o Mestre antes de qualquer coisa;

– Não há limite de personagens por player; faça quantos seu coração mandar! Eu só peço para que mantenhamos um equilíbrio entre os níveis. Não faria sentido todo mundo ser Virtuoso, né? E também, vamos diversificar! Vale qualquer espécie de criatura imaginável, e temos 12 classes de mago para escolher. Não há necessidade de fazer tudo do mesmo;

– Nada de personagens OP (Over Power) e Mary Sue/Gary Stu. Se eu ver algum personagem sendo OP, vou “nerfar” sem dó, esteja avisade! E ninguém gosta de personagem perfeitinho, são irreais e se torna entediante lidar com eles. Entenda, vamos ter muitos desafios pela frente, enfrentar perigos e viver aventuras. Se o seu personagem passar por tudo como se não fosse nada, que graça vai ter? Sem síndrome de Empress Theresa, galera;

TURNOS:

– A menos que seu personagem seja Soothsayer, é absolutamente proibido o Power Gaming, ou seja, dar ao seu personagem um conhecimento que ele não teria, mas você player tem. Por exemplo, fazer com que o seu personagem saiba de um evento que seria fisicamente impossível que o soubesse, como ver alguém cabulando aula no jardim, quando estava na sala de aula;

– Reservas de turno estão definitivamente proibidas por aqui porque atrapalham o andamento do RPG, já que são feitas no passado e não na linha do tempo atual. A menos que exista uma atualização crucial e você esteja impossibilitado de turnar, só nesse caso serão abertas exceções, mas tudo deve ser previamente conversado com o Mestre. Já reservas de fichas, essas estão permitidas;

– As Regras do Instituto podem ser quebradas à vontade, mas saiba que o seu personagem vai levar uma punição se for pego e quem decide se ele foi pego ou não é o Mestre;

– Não há necessidade de uma edição mirabolante para poder turnar; apenas deve constar no turno uma imagem do personagem, nome, raça, classe e nível (e profissão se tiver), além, claro, de local e interação. Mais informações e adornos são totalmente opcionais;

REGRAS DO INSTITUTO:

1 – A violência não é admitida sob nenhuma circunstância dentro dos portões do Instituto;

2 – Nunca abuse de seus poderes. O uso de magia é permitido fora das aulas, mas toda causa tem sua consequência, use sua magia com sabedoria, ou será punido por seus atos;

3 – Duelos Mágicos apenas serão aceitos após a concordância de ambas as partes envolvidas, e deverão ocorrer em local apropriado, com a presença de um professor ou monitor. Fora este caso, só serão válidos quando solicitados por um professor;

4 – O uso do uniforme é obrigatório aos alunos durante o período de aulas. Quando o mesmo terminar e fora do Instituto, é opcional seu uso. Funcionários e pós-graduandos não precisam usá-los;

5 – Dado o toque de recolher, às 00:00, nenhum aluno é permitido pelos corredores do Instituto, muito menos fora de seus portões. Se pego por algum monitor, será aplicada a punição. Os únicos que têm exceção são os funcionários;

6 – Saídas do Instituto são permitidas somente quando o Instituto disser. Normalmente, ocorrem aos finais de semana. Pede-se postura fora do Instituto, de igual maneira que é cobrada dentro do mesmo. Manchas no nome do Instituto serão punidas;

7 – Qualquer aluno pego matando aula será punido;

8 – Animais de estimação e familiares são de total responsabilidade daqueles que os possuem;

9 – As criaturas são de total responsabilidade dos Magos que as conjuraram. O mago será responsabilizado por qualquer desvio na conduta de sua dupla;

10 – Qualquer dano ao patrimônio do Instituto serão penalizados sem perdão.



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Notas do Autor

Última modificação feita por AoiHikaru (18-11-2022, às 17h17)

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#3 19-11-2022, às 23h44

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⊹ . ✶ Í N D I CE  D E  E V E N T O S ✶ . ⊹
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╔═══════════════ ≛❂≛ ═══════════════╗
Ficou decidido por meio de votação no discord
que o RPG terá seu início em:
DIA: 25/11 (sexta-feira)
HORÁRIO: 17:00 (Horário de Brasília)
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-------------------------➻Abertura


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Última modificação feita por AoiHikaru (25-11-2022, às 17h22)

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#4 25-11-2022, às 17h06

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⊹ . ✶ A B E R T U R A ✶ . ⊹
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╔═══════════════ ≛❂≛ ═══════════════╗
DIA: 31 de Julho, domingo, véspera do Lughnasadh
HORÁRIO: 14:00
CLIMA: 24°C. Uma brisa agradável sopra, não há sinal de chuva.
╚═══════════════ ≛❂≛ ═══════════════╝



╔═════════════════════════════════════════════════════════════════════════════════════════════╗


-------------------------Mais um semestre se iniciava no Instituto de Magia de Arcanis Viritia! Voltando de suas tão merecidas férias, magos e criaturas vinham de todos os cantos do planeta para retomar suas atividades em Arcanis Viritia, dar continuidade a seus assuntos na cidade mágica, fossem esses estudo, trabalho e qualquer outro motivo que os levava a estar ali. Não importava o porquê. Vinham de longe, ou não, usando principalmente a facilidade dos portais mágicos para chegar ali. Mas, muitos eram aqueles que usaram ônibus de viagem mágico para chegar até os muros de Arcanis, seguindo o restante do percurso a pé.

-------------------------Diferentemente dos novatos que chegaram na sexta-feira, os veteranos não tinham que se preocupar com rituais, uniformes e a procura de seus aposentos; tudo isso já estava bem decidido para eles. Apenas adentravam os portões do Instituto com suas bagagens e seguiam para seus habituais quartos, que aqueles que ainda as possuíam, dividiam com suas criaturas.

-------------------------Bem, ao menos até que tocassem os sinos anunciando a Cerimônia de Abertura, que aconteceria no Auditório. Foi informado aos magos que se acomodassem antes de qualquer coisa; quando fosse chegada a hora das solenidades, todos saberiam. Agora, a todos restava apenas esperar enquanto se reacomodavam em seus tão conhecidos dormitórios. A cerimônia não seria nada demasiado grandiosa, pois, no dia seguinte, além do início verdadeiro das aulas, ainda haveria o tão importante festival da colheita, o Lughnasadh, para celebrarem. Era melhor que poupassem as energias por hora.


OBJETIVO

-------------------------Magos e criaturas estão retornando a Arcanis Virita para mais um semestre. Lhes foi pedido apenas para se relocarem em seus habituais quartos, enquanto aguardam pela Cerimônia de Abertura.


CONSIDERAÇÕES

❂ Em seu turno, sinta-se à vontade para descrever a volta de seu personagem à Cidade dos Magos, como se preparou para seu retorno, qual meio de transporte usou, quais são seus sentimentos em estar de volta… vai da sua vontade;

❂ Quanto aos funcionários do Instituto, eles não necessariamente precisam estar voltando de férias, apenas se você quiser que ele esteja, afinal, o Instituto estava lá o tempo todo, apenas os alunos e estudiosos que não estavam. Seu personagem pode ter ficado para a manutenção do local;

❂ Não é para ir para o Auditório ainda. Quando for a hora de seguir até lá, haverá um mini-update comunicando. No presente momento, o Auditório se encontra FECHADO;

❂ Esse não é o momento para se preocupar com missões ainda. Elas eventualmente aparecerão no chat do RPG no discord, quando for chegada a hora. Fiquem de olho!


O RPG COMEÇOU! DIVIRTAM-SE!


╚═════════════════════════════════════════════════════════════════════════════════════════════╝

Última modificação feita por AoiHikaru (25-11-2022, às 17h13)

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#5 25-11-2022, às 17h57

Guarda Sombra
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Mordida de unicórnio dói
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≼ ————————————————————  ✦   A  L  D  U  I  N   ✦  ———————————————————— ≽

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✦  D R A G Ã O  |  1 0 2 5  A N O S  | B I S S E X U A L  ✦

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✦  Interagindo: Ninguém  ✦  Localização: Gruta do Destruidor  ✦

Seus olhos dourados se abriram bruscamente, um pesadelo havia perturbado seus longos e doces sonhos, do que se tratava mesmo? Alduin já não conseguia se recordar com muita certeza... Fogo ... disso ele conseguia se lembrar muito bem, talvez uma cidade também estivesse envolvida? Instintivamente suspirou, balançando a cabeça em negação, não era uma boa ideia estender sua concentração nas memorias negativas de seu passado, muito menos quando elas decidiam voltar e perturbá-lo ao dormir. Olhou o cenário a sua volta, as paredes rochosas cintilando com o brilho das montanhas de ouro que pareciam não ter fim, moveis esculpidos por artesões lendários, agora se encontravam encostados em meio a pilhas e pilhas de tesouros, Alduin consegue se lembrar de quase todos.

Ao se levantar da cama branca, sentiu algo arrastando atrás de seu corpo e notou que sua cauda resolveu aparecer enquanto sonhava ––– Hm ... ––– Murmurou desapontado, aquele sonho deve ter o perturbado mesmo, para perder o controle de sua forma física deste jeito. Caminhou então até o lago que cercava seu lar, era conveniente ter uma fonte de água limpa tão próxima, se despiu por completo, o que tão foi tão trabalhoso já que usava apenas um roupão branco para se cobrir, em seu reflexo, viu que seus chifres também decidiram aparecer, sem mais enrolação, o dragão entrou na água, soltando um suspiro prazeroso com a temperatura, seu tempo gasto esquentando as pedras embaixo do lago estava sendo recompensado. Decidiu então que seria uma ótima ideia relaxar ali um pouco. Alduin assoprou uma pequena fagulha nas velas próximas, assim as acendendo, criando um clima ainda mais prazeroso para si, tudo que precisava era de um bom banho para começar seu dia.


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"The prince is awake "

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#6 25-11-2022, às 19h50

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✦  M A G O   I L U S I O N I S T A  |  2 7  A N O S  |  H O M O S S E X U A L  ✦

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✦  Interagindo: Charles  ✦  Localização: Biblíoteca  ✦

Com a paisagem se movendo ao lado nas grandes janelas, Arisu Rin Hightower, o segundo filho da família Hightower, poderosa e influente, descansava tranquilamente em seu caminho para Arcanis Viritia, era quase um sonho, finalmente poder retornar para lá, depois de dois longos anos de espera e anseios. Por mais que gostasse de seu trabalho como um investigador e recuperador de artefatos mágicos perdidos, era doloroso sempre ter que sair de sua terra natal e passar tanto tempo longe. Mas em fim, sua procura pelo poderoso “Olho de Mao” havia terminado, durante dois anos, sua família lutou contra o tempo para impedir que aquele poder caísse nas mãos erradas, agora que a joia foi apropriadamente colocada em segurança no museu Hightower, todos podiam dormir tranquilamente, sem medo de que algum megalomaníaco o encontrasse e começasse uma terceira guerra mundial.
Apertou o couro da alça de sua mala apreensivo, só de pensar que algo assim poderia acontecer, sua nuca se arrepiava. Tinha noção da importância do trabalho de sua família, contudo, simplesmente não conseguia mais viver na estrada, não quando seu coração ansiava por Arcanis Viritia, todas as suas melhores memórias, todas as suas descobertas sobre si mesmo, a maior parte de seus momentos favoritos de sua vida, foram estavam lá. Depois de longas e calorosas discussões com seus pais, Arisu conseguiu a permissão que precisava para finalmente, voltar a morar na cidade dos magos, com a condição de continuar o trabalho da família, mesmo que a distância.
Assim que desembarcou do bondinho, foi recebido por uma brisa familiar, Arisu deixou seus fios azuis voarem com o vento deixando um sorriso escapar de seus lábios ––– Enfim ... em casa ––– Comentou para si, nem mesmo parecia real, finalmente, estar de volta após dois anos, a única coisa que o impedia de estar cem por cento nas nuvens, era sua missão, em sua ultima estadia na cidade, o ilusionista se envolveu com um certo bibliotecário, que não lhe mandou UMA carta sequer, francamente, como pode deixar o azulado no escuro durante todo esse tempo. Tinha se decidido assim que recebeu o “Sim” para morar em Arcanis, que iria deixar aquele homem doido por isso, conseguiu o emprego de assistente na mesma biblioteca em que Charles trabalhava, não iria deixar barato.
Nem se preocupou em procurar um lugar para ficar, sabia exatamente em qual casa iria se instalar, só precisava visitar um certo caveirão primeiro, mal pode conter seu sorriso malicioso quando se encontrou em frente a biblioteca, respirou fundo, precisava manter a expressão mais inocente que podia. E assim o fez, com o rosto treinado, Arisu adentrou, sendo recebido pelo sininho típico de qualquer estabelecimento em Arcanis e assim que avistou a figura que procurava, seu sorriso se expandiu ––– Charles! Quanto tempo! ––– Exclamou correndo para os braços dele sem se preocupar se haviam clientes ou não, sabia que não tinha forças para mover aquela montanha de homem, mas tinha seus métodos de deixa-lo desajeitado ––– Não vai acreditar na novidade! papai me mandou trabalhar aqui de novo! ––– Mentiu na cara dura, mas não era como se Charles pudesse saber, afinal, não conhecia a família Hightower de perto.


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#7 25-11-2022, às 19h57

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Local: Entrada de Arcanis Viritia | Com: Ninguém | Look: X


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Endrich deu uma última olhada ao redor de seu quarto no terceiro piso do Cassino, procurando por qualquer coisa que tivesse esquecido de colocar na mala em formato de caixão. Mesmo que morasse relativamente perto da escola, preferia não ter que estar voltando em casa toda hora pra pegar alguma coisa. Enfim concluiu que tinha pego tudo que precisava, colocou a bolsa atravessada em seu corpo, a mochila nas costas e a mala numa mão, enquanto apagava a luz com a outra e saia do quarto, trancando a porta atrás de si.
A linda sala de estar de sua casa toda decorada com tapeçarias e macramê contrastava totalmente com as luzes neon que podiam ser vistas serpenteando pela entrada da escada. Ele parou brevemente em frente a geladeira, pegando uma lata de energético e escorregando a mala para o braço, liberando a mão para pegar um dos rolinhos primavera que havia sobrado do jantar de ontem.
Com seu lanche em mãos, Endrich desceu as escadas para o segundo piso. Ali era bem mais escuro que sua casa no terceiro piso, não haviam janelas e todo o andar era iluminado apenas por luzes neon em tons de rosa e roxo, além de um leve vermelho que saia pelas portas fechadas de alguns dos quartos. O segundo piso só era aberto ao público à noite, de forma que Endrich se encontrava sozinho ali no momento. Ele desceu pelo corredor sem pressa, comendo seu rolinho e bebericando sua lata de Monster, o som da música que vinha do térreo aumentando conforme se aproximava das escadas.
A luz e a música do primeiro piso se encontravam mais baixas que o normal agora. De dia, o cassino servia mais como um bar calmo e reservado, tocando músicas sofisticadas e atendendo um público completamente diferente daquele que atendia à noite, quando se tornava um antro de jogatina, apostas e outras coisas piores. As poucas pessoas sentadas de maneira esparsa pelo grande espaço bebiam quietas em seus cantos, a maioria com cara de quem comeu e não gostou. Endrich sempre catalogou os clientes do dia como pertencendo a dois grupos: os que estavam sofrendo, geralmente por perder o emprego, emprego ruim, ou terem sido chifrados; e os que iam se encontrar com o/a amante e sentavam-se a dois em um canto afastado, como se o restante dos presentes não soubessem muito bem o que estavam fazendo. Por trás do bar, se encontrava seu pai, apenas ele e um faz-tudo atendiam no momento, e nenhum dos dois parecia realmente ocupado.  À noite, haveria dúzias de garçons, faxineiros, bartenders, e todo tipo de funcionários correndo para todos os lados sem um minuto de pausa.

Endrich suspirou, recostando-se no balcão, “Tô indo lá, pai”, sua dessatisfação evidente em sua voz. “Algum problema?”, perguntou o pai, mesmo já sabendo a resposta. “Só mil”, resmungou Endrich em resposta, “Me dá alguma coisa aí”, disse, olhando na direção das garrafas organizadas atrás do balcão, “pra dar coragem”. Já se sentia exausto sem nem ter saído de casa. “Se não vou acabar desistindo dessa tortura e voltando pro quarto, A.A.A”, seu tom era falsamente choroso, mas mais do que suficiente para transmitir sua emoção de extremo desassossego. Endrich assistiu seu pai misturar meio copo de energético de açaí com meio copo de gin e lhe entregar, “É melhor não tomar nada mais forte que isso, você não quer estar bêbado para seu primeiro dia de volta”. Endrich tomou um gole do copo, “Até queria”, disse, mas logo uma imagem perturbadora de seu colega de quarto se aproveitando de sua bebedouro hipotética fez um arrepio descer por sua espinha “Ou não”, adicionou rapidamente.
“Tch”, estalou a língua, batendo com o copo vazio no balcão. “Melhor ir de uma vez”, disse seu pai. “Tô indo”, ele se levantou do banco com uma lentidão exagerada e arrastou sua mola até a porta de maneira dramática e cabisbaixa, como se estivesse indo para o próprio enterro.

No caminho até Arcanis Viritia, Endrich abriu uma rede social qualquer, sua foto segurando a blusa com o dente com um link de seu OF o recebendo no app, e postou “WHYYYY? eu tenho que ir pra escola? Dominação mundial costumava ser mais fácil”.
Por todo o caminho até a escola, sua expressão era um misto de “GOD WHY?” com cara de quem queria matar alguma coisa, até finalmente atravessar os portões, sentindo algum alívio de não ver sua dupla por perto ainda. Bem que podia usar um pouco mais de tempo de paz.


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Última modificação feita por TheDreamer (15-06-2023, às 22h24)

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#8 26-11-2022, às 14h39

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✦ Kai Griffin - 1,78 cm - Mago Adepto - Copycat ✦


✦ Local: Jardim  > Gruta do Destruidor | Interagindo com: Ninguém > Alduin | Roupa

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                               Naquele lindo e enorme jardim, era possível localizar Kai sentado em um dos bancos, com um objeto em mãos. Era sua pedra do destino, tão roxa quanto suas orbes oculares. O mago não fazia exatamente o tipo “pensador”, muito pelo contrário! Grande parte de suas ações eram feitas sob impulso. Mas era inevitável não se sentir nostálgico e pensativo na situação em que se encontrava. Era seu último ano escolar, afinal! Se lembrava perfeitamente do sentimento de estar neste local pela primeira vez, de conhecer Kyara, de sua primeira missão. O tempo passou mais rápido do que esperava. Acariciou gentilmente o cristal em suas mãos e sorriu, levantando o rosto e encarando as grandes paredes do palácio. —Pois é Arcanis…parece que você terá que me aguentar por mais um tempinho— Diz em voz alta, de forma confiante. O canadense havia chegado no campus há alguns dias atrás, aproveitando esse tempinho para dar sua última relaxada antes do novo ano letivo. Estava tão disperso que acabou nem percebendo alguém aproximar-se de si, tocando seu ombro por trás e chamando seu nome de forma formal. Ao virar-se, ignorando o leve sustinho que tomou, suas sobrancelhas se franziram em dúvida ao ver um grupo de quatro estudantes ali, claramente mais novos que si. Demorou alguns segundos, mas finalmente os reconheceu.—Ah! São vocês! O que foi? As malas endoidaram de novo? — Brinca, sorrindo. Há alguns dias atrás, quando estava voltando para o campus após uma caminhada matinal, encontrou esses quatro sofrendo com suas malas logo na entrada do campus. Aparentemente, uma dupla de veteranos pregou uma peça neles, lançando um feitiço em suas malas para que elas perdessem o controle. Kai apenas desfez a maldição e lhes deu alguns conselhos de boas vindas, após isso, os garotos começaram a tratá-lo formalmente e com uma certa admiração. Kai não desgostou disso, a sensação de ser veterano era divertida. Enfim, dessa vez os garotos pareciam aflitos conforme falavam com Kai. Eles lhe contaram que foram desafiados por seus veteranos a visitarem a famosa “Gruta do Destruidor”. Clássica pegadinha para colocar medo nos novatos. —Nah, relaxa! Não é nada demais, podem ir sem medo. — Diz de forma despojada, encostando suas costas no banco. Mas eles insistiram. Diziam estar com medo de ir até lá e perguntaram se Kai já havia encontrado essa tal gruta. A verdade é que não, ele nunca havia a encontrado. Já chegou a visitar as redondezas em busca desta quando era calouro, mas…nada encontrou. Então apenas deixou a história para lá e deduziu que era tudo mentira para que os novatos ficassem vagando lá na esperança de enriquecerem com os supostos artefatos. Mesmo que tentasse explicar isso para os quatro, eles ainda imploraram por sua ajuda. Deixando um suspiro escapar, riu e levantou-se. —Tudo bem, já que é assim, eu vou provar que não há nada demais lá.— Eles se animaram, falando o quão forte é incrível Kai era. Ok, isso amaciou o ego do mago, ele gostava de ser elogiado e admirado pelos mais novos.

                               Quando foi perceber, já estava adentrando as florestas de Arcanis, buscando pela provável última vez aquela bendita gruta. O tempo estava agradável aqui fora, a brisa gentil abraçava seu corpo. O mago decidiu apostar em uma roupa preta hoje. Estava com um cropped de gola alta e um sobretudo de couro por cima, colares prateados em destaque e uma calça de couro igualmente preta. Seus cabelos longos estavam presos em um rabo de cavalo e tinha um coturno em seus pés. Certamente não é a roupa que colocaria se soubesse que se enfiaria em uma floresta, mas tudo bem, era a consequência em sempre querer vestir-se como se estivesse indo a um desfile. Enquanto caminhava, conseguiu sentir um cheiro diferente no ar. Era…cheiroso. Mas um cheiro incomum para uma floresta. Decidiu seguir o odor. Kai genuinamente não se lembrava de já ter feito esse caminho na vida, algo parecia diferente ali. Ao chegar em uma certa área, reparou que o cheiro estava nítido e bem mais forte. Enquanto olhava em volta, seu corpo travou imediatamente ao avistar a provável fonte daquele cheiro. Era um homem….mas não um homem comum. Tinha grandes chifres em sua cabeça e era impossível não reparar em uma linda e grande cauda. O que será que ele era? Nunca havia visto nada assim antes! Ele era lindo, majestoso. Kai estava completamente hipnotizado. Seu coração até chegou a palpitar com a bela visão daquele Deus grego que estava diante de si. Entretanto, só ao observar melhor, reparou em algo muito importante.—Oh..— Ele estava….nu. Se distraiu tanto com a beleza dele que acabou nem reparando na parte mais chocante! Ele estava lá, relaxando em um lago, completamente nu! Se ele reparasse em Kai ali, com certeza pensaria que ele era um stalker pervertido! Com isso em mente, por mais que não quisesse, resolveu dar meia volta e tentar vir falar com ele após o banho, entretanto, como nada de fato vai conforme os planejados, houve um imprevisto. Ao pisar no chão sem olhar, acabou sem querer pisando no rabo de um esquilinho que por lá passava. O esquilo chorou alto. Arregalando os olhos, levantou o pé na hora e um “Aí!” alto escapou de si quando o mamífero o mordeu antes de sair correndo.—Maldito esquilo…foi sem querer!— Reclamou, abaixando-se para ver seu tornozelo, suspirando. Porém…foi nesse momento que lembrou-se de sua situação atual. —...Ah— Merda….não tinha como escapar agora. Levantou-se e engoliu seco, olhando na direção do homem que já havia se dado conta de sua presença. —...Oi! — Um sorriso se formou em seus lábios, tentando agir normalmente e apenas desistindo da ideia de se esconder.

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Última modificação feita por NaomiiChaan (26-11-2022, às 14h40)


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#9 26-11-2022, às 17h06

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Era impossível não relaxar naquele estado, seu lago na temperatura exata para um descanso dracônico, a calmaria da gruta, sem nenhuma distração, tirando é claro pelos ocasionais sons da floresta, mas isto servia apenas para adicionar a atmosfera serena que tanto gostava. Estava no momento perfeito para esquecer quaisquer sonhos ruins que tentavam perturbar sua mente, em situações como essa, Alduin conseguia ter certeza de que fez uma boa escolha ao ter se instalado naquela caverna, tinha comida o suficiente, lazer o suficiente e ainda por cima era bem próxima de Arcanis Viritia, uma cidade praticamente feita para criaturas mágicas, não tinha do que reclamar ... Bem ... tirando é claro, as invasões de propriedade ocasionais.
O surgimento de rumores e lendas não era algo totalmente fora do comum, então, o moreno meio que esperava que uma hora ou outra, sua vivência ali seria documentada por algum curioso. Por isso, agora precisa lidar com crianças se metendo aonde não deveriam por conta de promessas de riquezas ou grandiosidade ––– Crianças tolas ...  ––– comentou para si mesmo enquanto continuava a se banhar, aproveitando para lavar seu rabo e cabelo. Eles tinham sorte de Alduin ser o único dragão por aquelas bandas, sua idade lhe trazia uma paciência e maturidade que faltava na maioria dos dragões, antigamente, teriam sorte de escapar perdendo apenas um braço ou uma perna.
Continuo seu banho tranquilamente, até estar satisfeito com o estado de seu corpo, sua pele sedosa, praticamente brilhava com a luz do lago, uma visão digna de estar pendurada em um museu. Se virou de costas para a entrada, curvando e esticando seu corpo em busca de uma escova de cabelo, não existia método mais fácil de pentear seus longos fios castanhos do que no banho, quando sentiu a presença de algo em sua caverna, era grande ... maior do que os pequenos animaizinhos que buscavam refugio do mundo lá fora, antes de sequer ter tempo de reagir ao suposto intruso, um grunhido de dor ecoou pelas paredes rochosas, imediatamente se virou para a origem do som, e como havia pensando, um humano ... ou melhor ... um mago, conseguiu sentir a mana dele assim que o teve em sua visão.
Suas roupas eram incomuns, principalmente para aquele ambiente no meio da floresta, seus cabelos eram longos e coloridos, seu olhar, uma mistura de encanto e medo, naqueles longos instantes em que ambos se encararam pelo que pareceu uma eternidade, Alduin se sentiu congelado, deveria se sentir furiosos que mais uma vez um mago abusado tentou roupar seus tesouros, mas ... havia algo no rapaz que não transmitia más intenções. Por fim, finalmente se deu conta de seu estado, o dragão estava completamente nu, na frente do que provavelmente era um estudante, instintivamente cobriu sua intimidade com uma mão e seu peitoral com a outra –––  O que está fazendo aqui?  ––– Franziu suas sobrancelhas, lentamente caminhando para trás até a borda do lago –––  É mais um procurando riquezas? Ou ... um teste de coragem? ––– Inclinou sua cabeça, olhando tão fundo nos olhos do rapaz que poderia perfurar sua cabeça se pudesse ––– Os professores não lhe ensinaram que é falta de educação entrar sem pedir permissão?  ––– Finalmente saiu da água, tendo cuidado para não mostrar novamente sua nudez para o invasor.


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#10 27-11-2022, às 00h29

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×××××  LOCAL: BIBLIOTECA
×××××  INTERAGINDO COM: ARISU RIN (@COCONUT)


     Seu dia havia começado como todos os outros, acordando cedo para preparar o próprio café da manhã e se arrumar para mais um dia de trabalho. Havia se acostumado tanto com a rotina, mas ainda assim era algo que parecia ser divertido de se ver, e Charles realmente se alegrava em fazer aquelas simples tarefas. Além da figura grandiosa do demônio no meio da cozinha - que já não parecia tão grandiosa assim pelo pijama bagunçado e olhinhos pequenos de sono-, quem se arriscasse espiar pela janela veria diversos objetos e comidas literalmente voando por todos os lados de forma organizada, ele apenas usando as mãos quando necessário. No caminho, uma rosa aqui e acolá apareciam. Depois de comer, provavelmente ele as pegaria para colocá-las no jardim junto com as outras, e torceria para que sobrevivessem.

     Café da manhã tomado, era a vez se tomar um banho e escovar os dentes. No banheiro de Charles havia tanto chuveiro quanto banheira, mas para seu maior conforto por causa dos chifres e de sua altura, normalmente sempre usava apenas a banheira, por mais que tivesse construído o chuveiro com altura o suficiente. E então, estando cheirosinho e com sua comum roupa formal que o cobria por inteiro junto com seu sobretudo, era hora de partir para a escola.

     Já suspirava em antecipação com o trabalho que imaginava que teria naquele dia, já que era a chegada dos novatos na escola e o retorno daqueles que estavam de férias. Seu peito ficava apertado por já saber que todos os anos nessa data, sua querida biblioteca ficava bagunçada. Também era quando podia começar a cobrar os livros dos engraçadinhos que saíram de férias e não os devolveram antes. Bem, ao menos esperava não assustar ninguém como no ano anterior. Nunca mais se esquecerá da feição de pavor que aquela pequena maga teve ao vê-lo... antes de desmaiar. Entendia porque ela nunca mais havia voltado ali, mas era triste, nem mesmo teve uma chance de se desculpar com ela! E assim foi pensando no curto tempo que teve de deslocamento da sua casa até o Instituto, pois sempre que tinha muito trabalho a fazer, usava um portal mágico.

     Assim que botou os pés na biblioteca e a abriu para que outros pudessem visitá-la, já se espantou com o número maior de transeuntes por lá. Realmente... Nas férias era uma calmaria! Em seu balcão também já avistava uma longa lista de livros novos que chegariam e deveriam ser cadastrados no sistema da escola, e uma lista para checar de algumas devoluções que não conseguiu verificar do dia anterior. E assim se passaram algumas horinhas de seu dia rapidamente, não conseguindo nem mesmo fazer metade ainda das tarefas. Estava guardando alguns livros nas prateleiras próximas à porta, já pensando se deveria parar um pouco para almoçar, quando ouviu o sino da biblioteca tocar. Imediatamente olhou na direção com a intenção de cumprimentar quem havia chegado.

Mas não imaginava que veria aquela pessoa.

     Parecia que seu corpo havia travado, e quase deixou o livro que colocava no topo da prateleira cair. —— S-Senhor Arisu! —— balbuciou desajeitado, pegando firmemente o livro antes que ele tocasse o chão. No entanto, quando se levantou, seus chifres bateram nos livros atrás de si, fazendo com que alguns inevitavelmente caíssem. Suspirou pesadamente, que situação constrangedora. Mas não teve muito tempo para pensar, logo já era surpreendido com um abraço forte. Não sabia o que fazer direito, mexia os braços longos e desengonçados de um lado para o outro em dúvida se deveria retribuir ou não, acabando por no final abaixá-los pousando ambas as mãos nos ombros do mago. —— Oh, achei que tinha vindo para matar a saudade. Engano de minha parte, pelo visto. —— tenta brincar, falando um pouco baixo pelo ambiente que se encontravam. —— Mas, a novidade é mesmo espetacular, senhor Arisu. Desta vez ficará por quanto tempo? —— pergunta com uma certa curiosidade. Charles precisava saber para preparar sua mente. Depois do que passaram juntos a dois anos atrás, tudo em sua cabeça havia ficado uma completa bagunça. Acabou julgando e aceitando que era apenas o efeito do livro mágico que encontraram, e fazia tão pouco tempo que havia conseguido tirar essa dor triste de seu peito. Não esperava vê-lo de volta, ainda tão amoroso consigo.


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#11 27-11-2022, às 16h00

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Sim, era verdade que Arisu planejava manipular e seduzir o bibliotecário, mas isso também não significava que o mesmo nutria sentimentos negativos por ele, pelo contrário, não iria ficar tão determinado daquele jeito se não fosse ganhar algo em troca de seus esforços. Arisu Rin Hightower é alguém extremamente dedicado e teimoso na mesma medida, assim que se decidiu conquistar Charles, nada poderia tirar isso de sua cabeça, nem mesmo a morte. Aqueles que o conhecem a tempo o suficiente tinham plena noção de que o azulado voltaria como um espírito se fosse necessário!
Quando seus braços – Apesar da dificuldade – envolveram o torso do maior, o coração de Arisu imediatamente pulou, “Ah ... eu realmente gosto dele” Pensou enquanto aproveitava para sentir o calor corporal daquele armário de homem, ele era tão alto e ... grande, quase não conseguiu soltá-lo. Estava uma gracinha, todo atrapalhado e desengonçado somente com um abraço, se perguntou o quanto conseguiria o enlouquecer antes dele finalmente morder a isca? ––– Vejo que ainda não perdeu a mania de me chamar de Senhor  ––– Separou-se levemente para poder olhar em seus olhos escuros, Charles sem foi um homem composto e comportado, desde que se conheceram pela primeira vez, Arisu quebraria essa pose, disso ele tinha certeza.
––– Engano nenhum, acha mesmo que eu iria aceitar outro trabalho longo sem ser aqui? ––– Questionou com um sorriso doce em sua boca rosada, com a pergunta feita para si, Arisu finalmente soltou Charles e se virou para mostrar a mala ––– Na verdade papai disse que eu poderia escolher um lugar para trabalhar por ... tempo indeterminado  ––– Desviou o olhar, esboçando um rosto tímido e inocente –––  Então ... Charles, pode dar as boas-vindas ao seu mais novo assistente de biblioteca  ––– Anunciou dessa vez sorrindo, esperando para ver a reação do maior.


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#12 28-11-2022, às 19h45

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          Charles sempre foi alguém muito neutro e educado, poucas coisas faziam-no perder sua postura quase o tempo todo impecável. No entanto, apesar da face sem feições, era fácil notar quando alguma coisa mexia de fato com a sua pessoa. E nesse exato momento não seria diferente. A simples presença repentina de Arisu fazia com que ficasse um pouco nervoso, sem saber ao certo o que fazer, o que resultava em um demônio desengonçado que derrubava algumas das coisas mais importantes para si: os livros. Se perguntava se caso tivesse sido avisado com antecedência de sua chegada, se estaria sentindo-se daquela maneira. Seu coração pulsava um pouco mais forte que o normal com aquele contato tão próximo, quase estava querendo arrancá-lo para se acalmar. —— É uma das formalidades que ainda tenho dificuldade em abandonar. —— diz com tom bem humorado, respirando um pouco mais forte para voltar os batimentos cardíacos ao normal.

          Seu brilho nos olhos curvou-se um pouco para cima, como alguém que sorri e levanta as maçãs das bochechas. Saber que era mesmo sua intenção vir por vontade própria à biblioteca o deixava um tanto mais feliz. —— Ora, nesse caso então me sinto honrado. —— enquanto falava, aproveitava que o abraço havia sido desfeito e que já estava um pouco mais tranquilo, para guardar os livros que tinha derrubado anteriormente. Em um movimento suave que fez com uma das mãos, os livros antes no chão agora começavam a flutuar de maneira bela e organizada, indo para seus devidos lugares nas prateleiras altas. Era a forma mais rápida de fazer aquilo já que estava acompanhado. Enquanto eles terminavam de se guardar, permaneceu em silêncio com uma certa curiosidade com o que Arisu continuava a falar. Quando o último livro se encaixou, Charles piscou duas vezes, arranhando a garganta em surpresa. —— Perdão? —— balbucia baixo, encarando aquele sorriso tímido e doce na face a sua frente. —— Quando disse que voltaria a trabalhar ''aqui'', era realmente aqui na biblioteca então. —— diz ainda com certa surpresa, já pensando no quanto sua rotina mudaria agora com a presença permanente do mago ao seu lado todos os dias. Uma pitada de ansiedade voltava a tomar o demônio, um filme com o que viveram dois anos atrás passando em sua cabeça nesse instante. ''Concentre-se, Charles! Isso provavelmente não se repetirá, foi tudo um acidente por culpa do livro, se acalme!'' Era o que pensava. —— Pois então, seja muito bem vindo à Biblioteca do Instituto de Magia de Arcanis Viritia, senhor Arisu. Espero que sinta-se acolhido por aqui. —— finalmente o recepciona como pedido, curvando-se levemente com uma mão no peito, em uma forma de brincadeira e realmente em respeito ao novo colega de trabalho. Ao corrigir a postura, volta a direcionar a atenção para seu rosto. —— Felizmente o senhor chegou em uma ótima hora! Estamos em período de volta às aulas, então teremos muito trabalho pela frente. —— dizia, enquanto arrumava um pouco as luvas, puxando-as suavemente para baixo.—— Mas me diga, de tantas opções interessantes na Cidade dos Magos, o que o fez escolher justamente a biblioteca? Há alguma nova pesquisa a se fazer? —— pergunta com curiosidade genuína. —— Se me permitir saber, é claro.


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#13 28-11-2022, às 23h55

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Charles parecia não ter mudado muito durante os anos que passaram afastados, isso era um bom sinal, Arisu não saberia como reagir caso não o reconhecesse mais, gostava de seu jeito cavalheiro, educado e composto, apesar de as vezes desejar derrubar as muralhas de sua decência. Almejava encontrar o lado selvagem de Charles novamente, ele merecia ser liberto dessas correntes impostas em seus desejos mais profundos. O ilusionista ainda conseguia se lembrar, mesmo que durante seu encontro na floresta, a mente de ambos se encontrava nublada com a magia da luxuria, pôde ver no fundo de sua alma que finalmente tinha se entregado, pela primeira vez em anos, ao que realmente queria.
Mordeu o lábio inferior com a resposta de Charles, sabia reconhecer que estava sorrindo, Arisu tinha certeza de que o bibliotecário gostava de sua presença, só precisava identificar uma maneira de transformar isso em algo a mais ––– Pois deveria se sentir mesmo, não é todo dia que recebe a presença de um Hightower importantíssimo em seu estabelecimento  ––– Arisu imitou a pronuncia de seu pai, chegando até mesmo a gesticular como ele ––– Falando sério agora, fico feliz que goste da minha presença  ––– Ele sorri de forma delicada para Charles, entregando um pouco mais de seu charme sofisticado.
Arisu precisou se segurar para não gargalhar com a expressão chocada do maior, ele realmente não esperava que o mago fosse trabalhar aqui? ––– Ora onde mais eu ficaria bobinho  ––– Inclinou-se para frente, o encarando enquanto dava pequenas piscadelas. Devolveu sua reverencia com graça––– Sabendo que vou trabalhar com você, já consigo sentir que vou ser muito mais que só acolhido  ––– Responde com entusiasmo, mas deixando de proposito o duplo sentindo em sua fala. ––– Oh é mesmo, vi tantos rostinhos novos, tinha até me esquecido  ––– Coloca o indicador no lábio ––– Espero acompanhar o ritmo ... Mas sabendo que tenho você pra me ajudar, já me sinto mais confiante  –––
––– Veja bem... A verdade é que, senti falta de Arcanis Viritia, e não há momento algum que me traga mais alegria do que quando trabalhei aqui  ––– Arisu deu uns passos para frente –––  Eu prometi continuar ajudando o papai, e a biblioteca é a principal fonte de informação da cidade então... ––– O azulado pausa para discretamente olhar em volta antes de se direcionar novamente a Charles ––– Usei isso como uma desculpa para voltar a morar em Arcanis mas ... Parece que não planejei muito bem visto que ...  ––– Sua fala se torna um pouco triste, como se estivesse prestes a dar noticiais ruins –––  Não achei nenhum lugar vago para morar  ––– Seus olhos azuis agora encaravam as orbes brilhantes do bibliotecário, completamente marejados, como se estivessem ameaçando chorar a qualquer minuto.


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#14 29-11-2022, às 10h55

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Local: Entrada de Arcanis Viritia | Com: Ninguém + Aspen | Look: X




Não era como se fosse a primeira vez que Urânio estava fazendo isso, se bem que a primeira também não fora lá muito agradável. Não tinha nem terminado de fechar os botões de sua camisa após um banho quente quando, do nada, apareceu em outro lugar sem entender o que estava acontecendo e fora forçado a virar bichinho de estimação para o entretenimento de um baixinho travado. Não que não gostasse da ideia de ser um bichinho de estimação, apenas preferia que fosse consensual e… bem, que o sujeito - ou de preferência sujeita - fizesse jus a palavra “dono”.
Ele bufou alto passando pelo arco de outra porta da casa, conferindo pela milésima vez suas belas flores. Ficariam tão solitárias ali sem ele.
Só mais dois anos e estaria livre disso, só mais dois… Talvez pudesse simplesmente não aparecer. O que de pior poderia acontecer? Explodir? Certamente parecia uma opção mais agradável do que…
A visão de garotinhe com cabelos pintados de rosa claro puxando uma mala com quatro vezes o seu tamanho e com pernas de bonecas e pelúcias saindo pelas bordas lhe tirou de seus pensamentos mórbidos. Não podia só explodir e deixar Aspen só. Elu não teria mais ninguém. Era parte do fardo de sua raça solitária, sem mãe, sem pai, e mais frequentemente do que não também sem filhe, era por isso que estavam em extinção.
“Aspen, não pode levar a casa junto”, disse ele. “Eu tiru a casinha de boneca entaum", disse, num tom que seria desafiador para alguém sem um dente faltando. “A casinha? Mas… Deus do céu, não, o que você tem aí? Vamos refazer essas malas!”.

Duas horas, uma casinha, 5 bonecas e 13 pelúcias depois, Urânio se encontrava diante do portal de sua cidadezinha portando uma mala com estampa de flores rosa, uma mala simples de couro marrom e uma mochila. Sem contar a criança no seu colo que segurava um sabe-Deus-o-quê, que parecia alguma forma de tecnologia reptiliana que Andrômeda lhe dera.
A passagem pelo portal foi rápida e tranquila. O mesmo não podia ser dito da subsequente viagem do portal até Arcanis Viritia que envolveu uma parada para lanche, uma para banheiro e um quase incidente com o chafariz, quando Urânio parou para pedir informações sobre como andar naquelas ruas malucas, e se virou de volta na direção de Aspen só a tempo de pegar-lhe no meio do ar em plena pirueta para usar o chafariz de piscina.
“Chegamos!”, disse finalmente quando os portões da escola se ergueram a sua frente. “OOOOOOH! Qi grandi, pareci um castelo”, disse Aspen, olhando maravilhade para a construção. “Sim, é bem grande. Por isso mesmo você tem que me escutar e…”, antes mesmo que Urânio pudesse terminar sua frase Aspen já estava fora de seus braços, voando para longe em sua pequenina forma de dragão filhote. “Há háháhá”, Urânio riu um riso meio maluco sem achar graça alguma. Não achava que seria muito educado exclamar as palavras que estavam em sua mente naquele exato momento.


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#15 29-11-2022, às 11h54

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I N T E R A Ç Ã O: Endrich @TheDreamer
L O C A L: entrada do Instituto
R O U P A
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-----------------------Ah, era hora de voltar das férias! O Geogugwi tinha retornado para a Coréia durante o recesso, as vezes sentia saudade da sua terrinha, da comida local, da sua cultura. Deade que fechara o pacto com o Copycat, quase uma década atrás, passava a majoritária parte do tempo na cidade dos magos. Mas bem, não era uma queixa. Gostava daquele lugar, tinha se habituado tão bem às ruas verticais e escadarias que fazia com que asas viessem a calhar, que sentia-se em casa ali também. Na verdade, se sentia até um tanto solitário quando estava de volta às origens,  não aguentaria passar mais tempo que o intervalo das férias ali, sozinho. Já tinha curtido seu descanso e não via a hora de voltar para Arcanis! Fazia as malas sentindo-se saudosista, colocando seus pertences dentro da bagagem e lembrando de alguma cena aleatória a cada um deles.

-----------------------Com a mala feita, Pilanya abriu uma geringonça redonda e esquisita que havia comprado anos atrás em uma lojinha em Arcanis Virita. Se tratava de um ”portal portátil”, que facilitava muito a sua ida, nem queria imaginar o que seria de si se não possuísse aquele objeto mágico. Configou a coisa, segurando firme sua bagagem, e num piscar de olhos, estava descendo no pátio do Instituto. —Cá estamos nós de novo, Arcanis Viritia! — anunciou para si mesmo, tirando os óculos escuros e, com um sorriso triunfante, olhando os arredores. Aquele lugar nunca mudava, era impressionante! Bem, se não havia nada para se ver por ali, era melhor se apressar e chegar no quarto antes de Endrich. Seguiu por dentro da imensa construção até a frente de sua tão conhecida porta, a qual destrancou e entrou num pulo. Largou as malas em qualquer canto, pegando antes algum dinheiro em um bolso delas para tomar um suquinho, e, colocando de volta os óculos, saiu tão rápido quanto entrou.

-----------------------Ia procurar Endrich. Seria uma grande surpresa para o mago saber que Pilanya já estava ali à sua espera. O suquinho ficava para depois. Saiu pelo pátio, bem a tempo de ver um filhotinho de dragão voando pelos ares. —Tá, né — não era sempre que se via um bebê por ali. Será que algum novato tinha conjurado um bebê?

-----------------------Bem ali a diante, próximo à entrada, a silhueta de quem procurava se mostrou, distraído olhando o ambiente, com aquela cara de poucos amigos que levava Pilanya à loucura. O Geogugwi sorriu travessamente, mordendo o lábio inferior, enquanto bolava um plano maligno em sua mente. Não era nada demais! Era só uma surpresinha. De fininho, Pilanya chegou por trás do mago, entrelaçando seus braços nele sem nenhuma forma de aviso, e ainda pondo as asas por cima para intensificar o abraço. —Enzinhoooo~  — disse cantarolando —você sentiu minha falta como eu senti a sua? — perguntou,fingindo um tom dramático com beicinho. Apesar da brincadeira, Pilanya realmente se sentia feliz em revê-lo. Sempre se preocupava quando estava longe demais para poder proteger Endrich do que quer que fosse necessário. Seu longo rabo balançava às suas costas.
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#16 30-11-2022, às 20h00

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-----------------------De volta a Arcanis! Asahi sentia que tinha curtido bem suas férias em Tokyo. Todo dia era uma balada diferente nas noites da capital nipônica, conciliando com o emprego de verão que fazia como confeiteiro. Não havia parado um único segundo, bem como gostava. Assim, estava revigorado para voltar à rotina de estudos. Arcanis Virita era uma cidade pacata, mas não era como se o jovem de cabelos dourados não conhecesse um point aqui e outro acolá para cair na farra e ir virado para a aula no dia seguinte. Ah, pensando assim, já estava até com saudades dos lugarzinhos da cidade mágica! Não via  hora de voltar! Suas malas estavam  prontas, só faltava enfiar uma coisinha ou outra nos bolsos, e lá estava o loiro, pronto para a viagem.

-----------------------Optou por usar uma viagem mágica, assim seria mais rápido que a longa viagem do Japão até a itália, e não era como se o emprego na confeitaria rendesse assim tanto dinheiro para passagens internacionais, e o que ganhava já estava reservado para roupas legais e noitadas. Asahi não era nenhum talento notável no que dizia respeito a abertura de portais extremamente precisos, assim ao entrar pelo círculo mágico aberto na parede do quarto da pequena e silenciosa casa, saio em algum canto não especificado da cidade dos mago. —Bem, agora resta saber onde eu estou! — disse a si mesmo, respirando alegremente o ar de magia daquele lugar. O lado bom de ser amante das ruas era não ter trabalho para se localizar. Mesmo sem um mapa em mãos, tudo ali era familiar para si de tanto ir e vir naquele meio. Não estava longe do instituto, na verdade, pouco tempo de caminhada e uma pausa no Café Livraria para comprar um cappuccino grande para a viagem, e o loiro entrava pelos portões da escola.

-----------------------O único problema que restava: onde estava sua dupla? Não manteve contato com a criatura durante as férias, poderia estar em qualquer lugar num raio de cem metros! Bem, o jeito era esperar. Adentrou o pátio, se encaminhando para nenhum lugar específico à procura de algum banco para descansar. Largou as malas ao lado e sentou-se despojadamente, cruzando uma das pernas sobre a coxa da outra e se debruçando, cotovelo apoiado no joelho, enquanto mandava uma mensagem para sua criatura:

-----------------------onde está você?✔✔
-----------------------Já 'tô aqui! °3°✔✔


e continuou a mexer no celular, futicando as redes sociais.
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#17 01-12-2022, às 00h54

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Local: Entrada de Arcanis Viritia | Com: Asahi | Look: X





Se não fosse Papai Albrecht avisá-lo de sua iminente volta a Arcanis Viritia, Ula certamente não teria percebido por conta própria que dia era aquele. Tinha pensado em passar o dia na cidade, mas a chuva torrencial que caía lá fora estragou seus planos logo cedo de maneira que se sentia grato de poder trocar aquela casa fechada pelas ruas lotadas da cidade dos magos.
Tomou seu banho matinal na velha casa, saindo do banheiro com uma toalha na cabeça cobrindo seu rosto, outra no corpo; andando na ponta dos pés enquanto seu denso cabelo negro deixava manchas de água por todo o chão de madeira rangente. Logo se fechou em seu quarto, único local onde tiraria a toalha do rosto. Apesar dos moradores espectrais da casa poderem atravessar paredes, eles respeitavam a privacidade do rapaz e não entrariam ali sem consentimento. Quem visse o velho prédio de fora assumiria que ali não havia luz ou água, ainda assim, quando Ula ligou na tomada  o celular viciado e meio queimado que o pequeno Enrique o havia ensinado a usar, o aparelho começou a carregar e tocar uma de suas músicas preferidas sem dificuldade.
Os fantasmas também não precisavam de água ou energia. E nem Ula Ue parecia ver a necessidade dessas coisas quando chegou no casarão, mas após entreouvir uma discussão não lá muito compreensível entre Mamãe e Papai Albrecht onde essas palavras foram jogadas pelo ar, ele observou o fantasma barbudo tentar e falhar em destacar letras de um livro, tarefa que Ula acabou por ajudá-lo a fazer de acordo com suas instruções. Ele não fazia ideia do que dizia. Apenas seguiu as instruções do patriarca da família de levar a carta até uma certa casa na cidade. A casa grande e bonita parecia uma versão mais iluminada da sua própria, e Ula deixou a carta por lá sem dificuldade. Não muitos dias depois, Papai parecia frustrado e instruiu Ula a voltar até a casa e esperar um certo homem sair, - um gordinho de barba marrom e terno, Papai tinha descrito - e então tocá-lo.
A cabeça de Ula tombou para o lado, sua boca repuxada em um beicinho de canto em confusão. Ele não gostava de causar suas visões em pessoas que não fizeram nada, mas Papai havia dito que era por uma boa causa, então Ula fez o que foi pedido. Esperou pelo homem à noite, bem debaixo do poste de luz na frente da casa, com uma expressão que o malcriado filho da Dona Linda chamada de “resting bitch face assustadora”. Quando o esperado apareceu, parou por um bom tempo a encarar Ula com curiosidade. Com a atenção, o rapaz sorriu para o homem, que estranhamente parecia apressado em voltar para dentro da grande casa da qual acabava de sair, seus dedos se atrapalhando com as chaves por tempo o suficiente para o garoto atravessar a rua e tocar o homem que gritava para que ficasse longe.
Dois dias depois a casa tinha luz e água. De fato, todas as casas da rua tinham. Os fantasmas não precisavam, mas aqueles que eram poderosos o suficiente pra ter forma física pareciam contentes de poder usar os poucos eletrônicos intactos aos quais tinham acesso. E Ula Ue também percebeu que banhos quentes eram bastante agradáveis. De vez em quando, quando a luz ficava fraca e água não queria sair da torneira, ele precisava ir atrás do homem de novo, e eventualmente o homem virou outro homem. Ula não entendia como esses homens tinham o poder de trazer água e energia se supostamente magos não usavam magia em público, mas desde que estivesse tudo bem não ligava de não saber.

Ula se vestiu com suas roupas usuais, uma legging listrada, um par de sapatos de salto pretos e uma elegante camisa costurada por uma senhorinha do outro lado da rua que nunca dissera seu nome a ele. Diante do espelho, passou a clássica pintura branca no rosto, vermelho no nariz e no meio dos lábios, dando a impressão de que eram menores e desenhos pretos ao redor dos olhos. Seu cabelo foi preso em um rabo de cavalo e enfiado pra baixo do chapéu, deixando apenas algumas mechas caídas ao redor do rosto. Após, fez uma pequena mala de roupas e tintas e maquiagens. E uma com três vezes o tamanho daquela para sapatos e acessórios. Por que seus sapatos tinham de tomar tanto espaço? Seu rosto se franziu na direção da mala, como se ela pudesse responder a indagação em sua mente. Num bolso do lado enfiou seu velho celular e o cabo, e se sentia pronto para sair.
Da sua primeira vez em Arcanis, tinha ido por meios humanos normais, com o auxílio do Papai Albrecht. Agora pretendia abrir um portal.
Desceu as escadas do velho casarão. Para baixo a escada ia só até a metade, a parte inferior perdida para o tempo, fogo e cupins. Passando sua mala de mão para o pulso, Ula colocou as mãos no corrimão ao seu lado e, ficando de ponta cabeça, pegou a mala maior com um dos pés, girando-a na perna. Então se lançou para trás, colocando a mala do pé graciosamente no chão antes de soltar o corrimão e cair habilidosamente na ponta dos saltos. Sentindo uma presença atrás de si, ele se virou e sorriu para os pequenos que observavam, agitando as mãos com animação.
“Precisava mesmo fazer isso? A gente podia ter pego a mala.”, disse Enrique, ele certamente estava andando demais com o belo Jonathan. Ula podia, afinal ele era… adulto? Provavelmente? Mas Enrique tinha sete anos, e teria pra sempre, não deveria andar com o encrenqueiro local.
Ula fez uma cara de lição de moral, mas antes que pudesse gesticular qualquer coisa, Henrietta pulou em seus braços, só pra passar por dentro dele. “Você vai demorar?”. Com uma expressão entre tristeza e um sorriso, ele fez que sim com a cabeça, mas logo suas mãos se ergueram com as palmas abertas, como fazia quando queria comunicar algo com as mãos. Primeiro gesticulou um quadrado e em cima colocou um laço, com todos os dedos das mãos juntos em uma pontinha, e ambas as pontinhas de cada mão se encontrando. “Presente?”, ela perguntou, “Bom então tem autorização de ir”, disse num tom autoritário de princesa.

Finalmente, depois de se despedir dos moradores da casa, Ula saiu às ruas. Agora a chuva já havia parado, deixando apenas o chão molhado. Tomou mais algum tempo se despedindo de outros habitantes. “Você ainda tá com essa coisa caindo aos pedaços?”, tinha dito Jonathan, apontando para o celular no bolso furadinha da mala. “Toma!”, disse ele atirando um celular quase novo na direção de Ula, sabia bem que o rapaz nunca deixaria algo cair. Ele olhou do aparelho para o menino à sua frente, em pergunta. Jonathan riu de maneira debochada, “Você precisa disso mais que eu lá fora”, disse num tom atencioso, só para depois estragar o gesto dizendo, “E arrumei uma namorada roubando o Wifi daquele restaurante vagabundo, ela vai me deixar um celular novo dentro de uma árvore aqui perto”. Ula tinha olhado pra ele com a expressão mais reprovativa que conseguia manejar, sua testa franzida em preocupação, agitou a cabeça de um lado para o outro e depois levou a mão ao rosto com um suspiro. Isso não podia dar certo. Ele acertou o rapaz na cabeça de leve, e lhe deu um olhar sombrio e significativo. Se arrumasse problemas sem Ula ali, nenhum deles poderia resolver, não ser um corpo. “Tá, tá, entendi”, disse o rapaz contrariado, “E, ei, você tem o celular, se dar merda te chamo, cara”. Ula tocou a parte debaixo dos olhos, puxando a pele para baixo em mais um alerta, e se retirou para o meio da rua, onde imaginou ser mais seguro abrir o portal.

Era a primeira vez que tentava fazer aquilo, só esperava que parasse em algum lugar na cidade certa. E para sua total surpresa, parou. Bem, no ar, mas era sem dúvida a rebuscada escola de magia que em nada combinava com ele, mas ei, se eles podiam ajudá-lo, não tinha problema, né. Memórias não muito agradáveis piscaram por sua mente enquanto pegava suas malas uma em cada mão e girava no ar, aterrisando girando com a ponta de um pé no chão como uma bailarina, e atingindo alguns passantes que resmungaram. Ula sorriu e se curvou de leve para eles, em desculpas. Logo se erguendo e olhando seus arredores em busca de Willow, seu companheiro de más e piores.
Havia todos os tipo de pessoas ali, e Ula não pôde evitar olhar pra cima boquiaberto e com as mãos no rosto em expressão exagerada de choque quando uma pequena criatura estranha bateu em si ao erguer voo, seguida por uma pessoa de cabelo azul claro de aparência desesperada.
Todos pareciam tão animados, Ula sorriu olhando ao redor. Apesar de não conseguir se dar bem com ninguém, ele certamente adorava o agito e o movimento. Diferente do que lhe disseram pela maior parte da vida, Ula Ue não tinha sido feito pra ficar trancado em uma cela branca.

Em meio a toda aquela animação do primeiro dia que fazia Ula se sentir meio perdido, um único rapaz sentado sozinho com uma cara meio fechada chamou sua atenção. E enquanto o encarava, o mímico levou ainda mais um esbarrão. Quando foi olhar para trás, finalmente reparou no grande portão às suas costas, do qual estava bem na frente. Pegou suas malas e rapidamente picou a mula dali, parando perto do garoto ao celular, que não parecia vê-lo ali. Não que as pessoas geralmente o vissem. Ula se perguntava se devia tentar se aproximar dele, afinal parecia tão sozinho ali e, ei, ele sabia mexer naquela geringonça, talvez soubesse como contatar Willow.
Chegando por trás do banco, Ula tocou no ombro do rapaz gentilmente, sorrindo com a cabeça tombada para o lado quando ele olhou para si, e em seguida erguendo as mãos perto do rosto e agitando-as como se fosse voar.






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#18 01-12-2022, às 01h00

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-----------------------Logo após saírem do portal, iam pelas ruas de Arcanis Viritia, seguindo até o Instituto. Pensando bem, era um milhão de vezes mais confortável assim, passando por um portal espontaneamente a ser sugado e preso por um círculo de invocação, bem no meio de seus afazeres. Yang não conseguia evitar pensar que preferia que as criaturas se voluntariassem a participar daquela coisa de estudos. Bem, ele não seria um voluntário, não mesmo! A menos que Yin se voluntariasse primeiro, aí não tinha outro jeito. Olhou para o lado, para sua metade, que ia quietinho, uma mão segurando a barra do kimono do de cabelos curtos, a outra agarrando uma almofada cilíndrica vermelha, com vários bordados em tom de ouro. Yang não havia deixado que o de cabelos longos carregasse nenhuma mala; lá ia ele com todas elas, tendo as mãos ocupadas para que pudesse segurar a do outro.

-----------------------Não demorou até chegarem aos portões do Instituto, que já parecia se encher de pessoas, todas retornando às atividades assim como o dragão. Entretanto, nem sinal de sua dupla. —Onde será que ‘tá aquela mundiça, hein — disse Yang, colocando as malas no chão por ali mesmo —nem avisa se vem, se não vem, af — reclamou, revirando os olhos. —Eu não sei… não tivemos nenhum aviso — Yin respondeu, soltando a roupa do outro e abraçando a almofada bem apertado —espero que não muito longe? — acrescentou, tentando forçar um tom animador, apesar da dúvida, com um tímido sorriso. —Assim espero, não dá pra ir longe mesmo — abriu um sorrisão fechando os olhos.

-----------------------Entretanto, interrompendo a conversa, um…bebê voador? Não, era ume filhote de dragão, passava voando bem acima de suas cabeças, roubando a atenção de ambos, que olharam para a criaturinha alada. Erguiam as cabeças para ver aquela pontinha colorida subindo alto no céu, até o topo da construção imensa. Yin olhou para Yang, os olhos heterocromáticos arregalados. —Yang, acho que eu vi um dragãozinho — disse delicadamente, apontando para o telhado. —Ih, rapaz — o de cabelos curtos falou —neném que voa — constatou. Mais à diante, os olhares de ambos caíram sobre uma criatura ali parada, com um cara bem desesperada. —Eu acho que aquele cara ali deve ser o pai — retrucou Yang, aproximando-se de Yin. —Eu imagino que sim — tombou a cabeça, observando o ser de cabelos longos azulados. Era como um sensor, nem precisavam trocar uma única palavra para sentirem que se tratava de outro dragão. Se entreolharam, não precisando dizer nada para entenderem o que o queriam dizer. Yang juntou as malas, enquanto Yin seguia um passo a frente. —Com licença… — todo encolhido de vergonha, Yin se aproximou do dragão. —Aquele neném voando é seu? — se intrometeu Yang, perguntando altivamente. —A gente nunca tinha visto um neném dragão antes — acrescentou.
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#19 01-12-2022, às 02h19

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-----------------------Asahi seguia distraído, mexendo no celular, um tanto entediado, já que sua dupla não parecia querer responder. E tinha certeza que aquela criatura tinha recebido muito bem suas mensagens. O loiro não gostava nem um pouco de ficar ali, parado, atoa esperando enquanto fazia hora. Enquanto rolava algum feed sem prestar muita atenção, pensava se deveria se encaminhar para o dormitório e arrumar algo útil para fazer. Foi então que sentiu um sutil toque em seu ombro vindo de trás. “Finalmente!” pensou, deduzindo que era seu par que enfim chegara. Virou-se rapidamente na direção de onde vinha o toque, já pronto para cumprimentar a criatura, mas não era bem uma criatura que o esperava ali.

-----------------------Quem estava ali parado a sorrir era o Ula Ue, o mímico dos ilusionistas. Asahi não o conhecia lá muito, só mesmo de nome e lembrava-se de tê-lo visto pelos corredores da escola no ano anterior. Não foi uma nem duas vezes que ouvir seus colegas comentarem sobre o mágico ser assustador. Observou por uns instantes ele parado sorridente, com a cabeça tombada a mexer a mãos. Bem, era só um colega. E a turma dos ilusionistas era cheia de gente excêntrica mesmo, o que, na visão do loiro, os tornava bem legais. —Oi! — cumprimentou calorosamente, com um sorriso. Abaixou o celular, voltando sua atenção ao ilusinista. Reparado bem, o mímico também parecia estar sozinho. —Ainda não achou sua dupla por aí também? — perguntou, franzindo levemente o cenho, ainda a sorrir. —Vem, senta aqui, logo eles devem estar chegando por a i— deu uns tapinhas ao seu lado sobre o banco, indicando o local, seu tom de voz era casual e descontraído, como o de sempre. Aquela parecia uma boa oportunidade para trocar uma ideia com um colega que ainda não tivera a oportunidade de conversar antes.
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#20 01-12-2022, às 15h09

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×××××  LOCAL: BIBLIOTECA
×××××  INTERAGINDO COM: ARISU RIN (@COCONUT)


——————————Olhava-o com certa graça, enquanto ele gesticulava e falava de maneira pomposa e orgulhosa, provavelmente imitando alguém de sua família que Charles não conhecia pessoalmente. Ainda assim, era possível notar que o azulado gostava de seus familiares. —— Queria poder falar com tanto orgulho sobre minhas linhagens também. —— comenta baixo, quase para si mesmo, sem muita intenção de que Arisu o escutasse. Afinal, Charles era o único de seu sangue. Não nasceu com pais como a maioria dos seres vivos, se nasceu, não os conheceu durante todos os milênios em que esteve vivo até então. Felizmente, a fase do demônio em se preocupar com isso já havia passado. —— Por que não gostaria? O senhor é uma pessoa muito agradável de se ter por perto. —— completa agora mais alto, o tom de voz gentil e com sinceridade. Depois de tanto tempo afastados, apenas se desacostumou com o jeito carregado em contato do outro, mas ainda era de seu gosto o ter ao seu lado. Aquele sorriso doce de Arisu que tanto o encantava, o tornava alguém confortável de se ter como companhia.

——————————Charles se perguntava se tinha ficado tão óbvia sua surpresa anteriormente, não queria parecer rude aos olhos alheios. Ao menos, se ele percebeu não deve ter se importado, julgando a forma bem humorada que continuava a falar. Tirando por um certo momento em que o demônio havia ficado confuso se haveria duplo sentido ou se era coisa de sua cabeça. O que ele quis dizer? Preferiu deixar sua caraminholas de lado, agitando minimamente a cabeça para se recompor. —— Não se preocupe, logo conseguirá pegar o ritmo. As coisas não estão muito diferentes desde a última vez que esteve por aqui. E, em qualquer coisa que precisar, estarei à sua disposição para ajudá-lo. —— tenta tranquilizá-lo, afinal, apesar da carga enorme de trabalho que chegou junto com os alunos que retornavam, a biblioteca não era nenhuma bicho de sete cabeças que o ilusionista desconhecia.—— Não sabia que tinha tanto apresso por Arcanis Viritia e a biblioteca, isso me deixa contente. —— diz com um pouco de surpresa com a forma carinhosa que Arisu falava da cidade e de onde estavam agora. E realmente, ficava contente, aquilo tudo era o que mais tinha de importante para si no momento, seu ponto seguro.

——————————Entretanto, conforme mais ele falava, mais sério e curioso Charles ficava. Até ser pego desprevenido com aqueles olhos azuis brilhantes quase virando cachoeiras à sua frente. Ele... Ele estava para chorar?! O que deveria fazer?? —— Oh, por favor, se calme! —— gesticula de forma desajeitada como se procurasse algo nos bolsos, não sabendo como poderia ajudar, a não ser pegar o lenço de pano que sempre leva consigo e estender para Arisu secar as lágrimas que pudessem cair. —— Ah... Bem... Eu posso dar um jeito quanto a isso, não ficará na rua, disso tenha certeza. —— dizia, enquanto esperava-o pegar o lenço. Aproveitava que por isso havia se aproximado, para fazer um carinho atrapalhado no topo da cabeça do azulado. Era engraçado como sua mão parecia grande demais e se encaixava bem entre os cabelos macios do rapaz. —— O senhor pode permanecer em minha casa, até que arranje um lugar que sinta-se confortável para chamar de seu. O que acha? —— sugere sem pensar muito, apenas esperando que aquilo o ajudasse a se acalmar ao menos um pouco, enquanto o olhava nos olhos. Apenas depois de uns breves segundos é que se tocou do que havia dito. Se sua rotina já mudaria com a presença do mago diariamente em seu trabalho, o que seria agora com eles vivendo em baixo do mesmo teto?


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#21 01-12-2022, às 17h32

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×××××  LOCAL: QUARTO >> PÁTIO
×××××  INTERAGINDO COM: EDMUND EVERGREEN (@AOIHIKARU)


——————————Aquelas férias foram as mais inusitadas que teve. Dentro desses três anos em que esteve no Instituto de Magia como dupla de Edmund, acabou acontecendo o que menos esperava: se apaixonou. Inicialmente foi um custo para acreditar em si mesmo, afinal, acabou gostando justamente do tipo de pessoa que pensava que nunca se aproximaria seriamente. O típico riquinho com ar pomposo, bem o que seus parentes o ensinaram para ser antes de fugir de casa. Mas ali estava ele naqueles meses de férias, namorando um riquinho e indo conhecer a família dele. Não era muito de seu gosto a ideia antes de ir, mas como agora era um bobo apaixonado e sabia que era importante para Edmund, não teve como não ir. Uma hora deveria conhecer seus sogros afinal, certo? Aquela experiência acabou sendo muito significativa para Caius também. A simples ideia de estar em um ambiente familiar, que não fosse de seus amigos da Pousada, o deixava com o estômago revirado em ansiedade. Isso porque o seu relacionamento com a própria família, em exceção de sua irmã mais nova, era péssimo e um tanto... traumático. Nunca mais se imaginou em um ambiente familiar outra vez por isso. Então, estar ali enfrentando seus receios era apenas porque realmente se importava muito com Edmund. Mas, no final tudo saiu surpreendentemente bem! E pode dizer até que gostou dos familiares do rapaz. Eram bem excêntricos, mas nada que o assustasse tanto assim, já que conseguia brincar e se adaptar a eles também, apenas não sabia se tinha passado uma impressão tão boa quanto achava. Ter ficado aquele tempo tranquilo com o mago, sem preocupações de horários, aulas, missões e etc, havia o feito bem. Apenas reforçava a ideia de que, mesmo com as diferenças, era aquilo que o tornava tão especial para si e que queria o manter ao seu lado. Ugh, que situação... o amava mesmo, quem diria.

——————————Entretanto, faltando três dias para que voltassem das férias, Caius teve que vir para a Cidade dos Magos um pouco mais cedo que o namorado. Não podia se esquecer que ainda era dono de uma das maiores pousadas dali, tinha trabalho para resolver, ver o que quebraram no tempo que ficou fora, verificar se as contas estavam em dia, se alguém havia se mudado ou não, entre vários outros detalhes. E claro, aproveitaria para matar a saudade daquele bando de ''crianças'' malucas que viraram sua segunda família nos anos que moravam juntos. O próximo passo nas próximas férias era apresentá-los a Edmund dessa vez! Apesar de amá-los muito, bastou meia hora pisando naquele lugar para lembrar-se de como sentia-se como um velho rabugento, um ''paizão'', tendo que cuidar de todos que lá viviam. Por todos serem mais novos que si, parecia que o viam dessa forma também. Foi aquele monte infinito de novidades chegando atropeladas uma atrás da outra através de palavras apressadas e agitadas, que todos tentavam contar ao mesmo tempo. Foi... complicado, mas não diria que não gostava de todo aquele caos.

——————————A despedida deles quando precisou voltar para o Instituto também foi caótica, com alguns grudando em sua perna e outros fazendo drama para não ir embora pelo curto tempo que ficou. Eles até parecem que esquecem que ele é o dono dali, teria que voltar querendo ou não! Mas, depois de muitas risadas e cascudos nas cabeças alheias, finalmente conseguiu ir embora. Não precisou de portais nem nada para ir ao Instituto, por sorte sua casa não ficava muito distante, era bom para caminhar um pouquinho. Apenas de se aproximar dos grandes portões do lugar, já podia sentir a atmosfera completamente diferente dali, e que surpreendentemente havia se apegado um pouco também.—— Não sei se queria voltar a ver esse bando de pirralhos catarrentos andando por aí. Sinto que estou numa pousada mas ainda maior, credo. —— ... tirando a parte de ser lotado de estudantes jovens. Mas bem, ao menos não estavam sob sua responsabilidade, se quisessem se jogar de uma ponte iria os incentivar, isso se não pulasse com eles. Apenas deveria voltar a se acostumar com aquela multidão, e tudo certo! De qualquer forma, ignorando as caras novas que passavam por aí, foi diretamente para o quarto.—— Agora... O que eu mais sentia falta desse lugar! —— assim que abriu a porta, seu sorriso se iluminou vendo aquela cama de casal enorme. A primeira coisa que fez foi jogar suas malas de qualquer jeito pelo chão do quarto, uma se abrindo sem querer no processo fazendo umas roupas caírem pelo chão. Depois jogou os sapatos que usava para longe, para enfim se jogar na cama, rolando de um lado para o outro, bagunçando os lençóis.—— Aaaahh~ Amo minha cama em casa, mas essa aqui do Instituto é tão boa~ —— dizia enquanto afundava o rosto no travesseiro, a voz abafada pelo tecido, sentindo o cheirinho que havia virado seu e de Edmund.—— Agora, para ficar completo só falta aquele pomposo chegar! —— e assim sentou-se na cama, olhando animadamente para a porta como um cachorrinho esperando seu dono. Conforme o tempo passava e mais inquieto ficava, começou a fuçar as malas para se distrair, acabando por bagunçar um pouco mais o quarto no processo. —— ... Onde é que aquela criatura se meteu? —— não aguentando mais esperar, saiu do quarto com um chinelo qualquer que viu por aí e com a primeira camisa larga que tinha pela frente, semelhante a quando ele e sua dupla se conheceram.

——————————Surpreendentemente, o achou bem mais rápido do que imaginava. Ele estava no pátio, conversando com algumas garotas. O cenho de Caius franziu automaticamente, enquanto cruzava os braços, um sorriso nervoso tomando conta de seu rosto. —— Oh... Então é assim... —— murmura, ajeitando o óculos escuro que sempre usava na face. Ainda mais sendo o período da tarde, não estaria sem eles com certeza! Como ele ousava enrolar para se encontrar com seu hipogrifo gostoso quando chegou aqui?! No entanto, logo o sorriso irritado aos poucos se tornava um sorriso travesso. Uma ideia brilhava em sua mente. Dois pares de asas enormes imediatamente surgiram em suas costas, eram belas e magníficas com penas completamente brancas, com alguns detalhezinhos em cinza. Infelizmente acabaram rasgando a camisa que usava no processo onde saíram, mas era um detalhe a parte. E voando, foi até Edmund estava com as meninas. —— EDINHO! —— gritou alto, com todo o drama que podia carregar no momento. Assim que se aproximou do rapaz, o abraçou com força quase enterrando o rosto dele em seu peito. A força do vento das asas fazendo com que as meninas quase saíssem do lugar. —— Como pôde me deixar para trás daquela maneira tão fria?! Achei que tínhamos entregado nossos corações um ao outro, mas quando percebi eu estava sozinho! É assim que faz então com as criaturas que passam em seu caminho? As usa para depois jogar fora! —— o afasta, colocando ambas as mãos cada uma e uma bochecha de Edmund, as apertando o suficiente para que fizesse um leve biquinho, os olhos do hipogrifo passando através das lentes escuras do óculos toda a dor dramática falsa que sentia, quase como se estivesse mesmo de coração partido. Sua também soava alta, para que todos pudessem ouvi-lo muito bem.  E então, após alguns segundos em um silêncio constrangedor, um sorriso risonho e contido se formou em Caius. —— Heh, eu exagerei? —— pergunta, não conseguindo segurar o riso divertido, deixando a postura desprotegida de antes para a sua desleixada de sempre. —— Eu estava te esperando, sabia? —— sua voz se torna um pouco mais baixinha e rouca, o sorriso aumentando. Se aproximou outra vez de Ed, ficando por trás do rapaz e o abraçando uma mão subindo por baixo de um de seus braços até seu queixo, encostando a pontinha de seu nariz na bochecha do outro. Isso antes de olhar propositalmente de forma maliciosa para as garotas que ainda estavam ali. —— Vocês poderiam dar licença para nós, meninas? —— diz, a voz rouca e sedutora.


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#22 03-12-2022, às 13h55

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✦  Interagindo: Charles  ✦  Localização: Biblíoteca  ✦

Precisou se esforçar para não deixar amostra o rubor em suas bochechas, Arisu não era um homem fácil de se envergonha, porém, quando quem o elogiava daquela forma despreocupada era Charles, era impossível não ruborizar como um adolescente carregado de hormônios ... Francamente, aquele homem não tinha noção do efeito que causava nos outros, seria irritante, se não fosse tão irresistível – E também um pouco vantajoso, não precisa de invasores tentando invadir seu território, atrás de um caveirão alto, misterioso e ... Grande –

Sorriu aliviado com as palavras de encorajamento do maior, depois de dois anos afastados, tinha se esquecido um pouco do quão encantador ele realmente era, um dos motivos do porque Arisu se sentiu tão atraído com Charles quando se conheceram pela primeira vez –––  Você acha mesmo?  ––– Juntou suas mãos, esboçando um rosto contente e surpreso –––  Desse jeito vou acabar grudando em você, sou muito apegado com meus mentores Sr.Bibliotecário  ––– Brincou se curvando em sua direção.

–––  Mas é claro que tenho, minhas melhores memórias vem daqui Charles  ––– Colocou a mão esquerda sobre o peito antes de continuar –––  Não se lembra como nos divertimos juntos?  ––– Questionou, propositalmente o forçando a se lembrar do tempo que dividiram e principalmente o “incidente” na floresta. “Ah... Eu começo a tremer só de lembrar” as mãos dele, o corpo dele ... “Ops, acho melhor parar antes de ... bem, algo armar” –––  Por exemplo ... Aquela noite que passamos em claro tentando traduzir as escrituras antigas nas rochas!  ––– Precisou rapidamente pensar em alguma outra coisa, já estava começando a suar.

Os olhos azuis de Arisu brilhavam como safiras recém polidas, foi irmão do meio por tempo o suficiente para aprender a como usar certos “truques” para conseguir o que queria, não queria manipular Charles, mas ... poderia realmente classificar aquilo como manipulação quando o beneficio seria para os dois? Mas é claro que não, era uma relação duplamente benéfica, só porque precisou piscar seus olhinhos um pouquinho, não significava que suas intenções não eram boas –––  E-Está falando sério?  ––– O azulado fez um biquinho infantil com seus lábios, como alguém que tentava segurar o choro –––  C-Charles ... Você é tão gentil  ––– Esboçou um sorriso brilhante com o carinho no topo de sua cabeça, imediatamente voltou para os braços do bibliotecário, o abraçando enquanto suas mãos descansavam em suas costas, precisou ser um pouco mais atrevido para esconder a expressão maliciosa que obteve ao conseguir exatamente o que queria –––  Eu não estaria te incomodando, não é?  ––– Se separou para olhar em seu rosto, sem descolar seus corpos –––  Não quero incomodar mas ... Muito obrigado Charles  –––

–––  Eu farei qualquer coisa para recompensar você por isso, pode deixar comigo, qualquer coisa mesmo  ––– Colocou um pouco mais de entonação em suas palavras, deixando claro o quão disposto realmente estava. Arisu colocou o dedo indicador em seus lábios, pressionando-os levemente, como se estivesse pensando –––  Posso começar agora mesmo, o que acha?  ––– Se virou de costas para o maior, olhando em volta –––  Está precisando de uma mãozinha? Quem sabe ... duas?  –––


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#23 08-12-2022, às 15h16

Guarda Absinto
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⊱◈ C H A R L E S   G A L L A G H E R       ———————————————          DEMÔNIO  ||  1.500 ANOS  ||   BIBLIOTECÁRIO  ||  2,37CM ◈⊰

×××××  LOCAL: BIBLIOTECA
×××××  INTERAGINDO COM: ARISU RIN (@COCONUT)


——————————Charles olhava para o azulado em uma mistura de desconfiança e diversão, apesar de não ser notável devido a falta de expressão. Nos poucos minutos desde que ele havia chegado, já sentia que seria como a alguns anos, o rapaz sempre bem próximo, e não era apenas pelo abraço.—— Já tenho ciência que o senhor faria isso desde o começo. Eu não precisaria ser seu mentor, estou certo? —— presume, bem humorado. Não era algo que o demônio estava muito acostumado, mas também não podia dizer que desgostava do jeito apegado de Arisu. Era bem agradável na verdade, mesmo que em quase todas as vezes não soubesse ainda ao certo como reagir.

——————————Realmente sentia-se alegre que o outro tivesse boas memórias ali, esse sentimento fez por um momento que Charles não notasse o real teor que aquelas palavras queriam causar. —— Realmente passamos por bons momentos. —— diz com o tom de voz animado, aos poucos a mente voltando a se lembrar daquele incidente de dois anos atrás, e ficando ainda mais impossível de não lembrar-se quando o próprio mago citava aquela noite com tanta naturalidade. Sem jeito e sem nem mesmo saber ao certo como responder, acenou positivamente com a cabeça, ajeitando suavemente a gravata em seu pescoço como forma de aliviar o leve calor que subia por seu corpo devido a timidez. —— C-Caham... É de fato, u-uma noite muito difícil de se esquecer, Arisu. —— ah, até mesmo o chamou sem informalidades sem perceber, quando notou já era tarde, colocava a mão na cabeça como um ''ops''. Aquilo significava então que aquela noite não havia mesmo sido ruim para o rapaz? Tantas perguntas começaram a surgir na mente do demônio, mas a que mais o martelava era o porque de Arisu estar obviamente querendo relembrar daquilo. Tinha sido apenas um acidente, certo?  —— Eu... —— começou a falar, já pronto para soltar sua dúvidas. —— B-Bem, enfim. —— mas desistiu. Se Arisu continuasse a citar aquela noite, aí sim teria certeza que não conseguiria conter a curiosidade e o questionaria. Por hora, estava em seu momento de serviço, deveria tentar manter o foco.

——————————Ao menos, ele parecia verdadeiramente feliz em ter um lugar para ficar por enquanto. Desta, já menos desprevenido com o braço, não ficou tão perdido assim. O abraçava de volta, ainda que um pouco contido e formal demais.—— Me incomodando? De forma alguma! Será muito bem vindo em minha casa. —— o responde, olhando-o de volta, tendo que abaixar a cabeça mais que o normal devido a proximidade. —— É ótimo saber. —— Sorria com os olhos um pouco desconfiado da entonação marcada nas palavras de Arisu. Mas iria se aproveitar disso um pouco talvez. Cruzou os braços em uma boa surpresa com a animação do rapaz em já começar o seu trabalho, normalmente os novatos que chegavam para o ajudar não tinham tanta disposição assim. Tinha se esquecido do quão eficiente o azulado era quando esteve por aqui. —— Oh, claro. Podemos começar se for de sua vontade. Eu precisava buscar alguns livros em umas salas de aulas, poderia me ajudar a trazê-los de volta para cá. —— sugeriu tranquilamente. —— As salas estarão vazias por não terem começado as aulas ainda, então será rápido. Se o senhor achar mais seguro, pode deixar suas malas atrás do balcão da biblioteca antes de sairmos.


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#24 22-12-2022, às 18h34

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✦ Kai Griffin - 1,78 cm - Mago Adepto - Copycat ✦


✦ Local: Gruta do Destruidor | Interagindo com: Alduin | Roupa

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                               Ah…droga de esquilo. Após estragar seu disfarce, ainda teve a pachorra de ir embora como se nada tivesse acontecido. Entretanto, as consequências disso não foram tão ruins quanto Kai esperava. Ao chamar a atenção do homem misterioso, seu olhar foi correspondido pelo mesmo. Kai agora sentia aqueles belos olhos dourados o encarando de volta com intensidade, o que lhe causou uma breve palpitação no peito –mais especificamente, em seu coração. Seus próprios olhos ganhavam um novo brilho conforme o olhava em silêncio, os lábios levemente entreabertos. Estava completamente hipnotizado, fascinado. Quando via-o de longe já era possível reparar em sua beleza, mas ao ter a atenção do outro para si….uau. Por mais que o homem estivesse nu diante de si, os olhos de Kai focavam apenas em seu rosto. Nesses quatro anos estudando em Arcanis, nunca havia visto um ser tão majestoso quanto o homem diante de si.

                               Apenas acordou do transe ao escutar a voz do homem sendo dirigida a si. Balançou sua cabeça suavemente e voltou a sorrir, um sorriso bem pequeno enquanto seus olhos ainda brilhavam. Negou com a cabeça, levantando suas mãos aos lados de seu corpo em um gesto de rendimento —Ah…bem —Quando estava prestes a começar a se explicar, viu-o se levantar ainda dentro da água, arregalou um pouco os olhos e cobriu-os com sua mão, não querendo deixar o homem ainda mais desconfortável. Seu coração ainda batia rápido com o olhar que o outro lhe dera minutos atrás, como se estivesse vendo o fundo de sua alma e lendo seus pensamentos. Seu sorrisinho ainda se fazia presente. Por mais que seus olhos estivessem fechados, ainda sentia o olhar alheio sobre si. —Para ser sincero….nenhuma das duas opções— Respondeu tranquilamente, ainda com os olhos tampados. —Basicamente…meus calouros foram desafiados a vir até aqui para procurar a tão dita caverna, mas eles são cagões e estavam morrendo de medo, então eu vim para provar para eles que não havia nada demais nesse lugar e que todas as lendas eram falsas…mas parece que eu estava enganado afinal— Falou, soltando uma risadinha suave ao falar sobre os medrosos, mas pressionou suavemente seus lábios conforme abaixava um pouco o tom de voz quando falou a última parte, uma certa adrenalina e leve animação correndo em suas veias. Não podia deixar de sorrir, será que todas aquelas lendas eram reais no fim das contas? Será que esse belo homem era o tão falado “guardião”? —Desculpe-me por invadir sua propriedade senhor, não era a minha intenção….mas— Conforme falava, abriu um pequeno vão entre seus dedos, espiando o rosto do outro, o pequeno sorrisinho ainda ali.—Você estar aqui, justamente no local indicado….significa que a lenda é real? Você é o guardião da caverna? — Perguntou o que estava entalado em sua garganta, cheio de curiosidade e admiração.

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Última modificação feita por NaomiiChaan (22-12-2022, às 18h45)


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#25 22-12-2022, às 22h18

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Tudo estava indo de acordo com seus planos, Arisu era um homem determinado desde sua infância, sempre testando as águas ao redor, sabendo exatamente o que dizer e o que fazer para receber aquilo que queria. Muitos podem em segredo o achar um vilão maquiavélico, mas o azulado pensa exatamente o contrário, seus métodos sempre foram muito justos, só porque precisava jogar um pouquinho, não significa que estava fazendo algo de errado. Arisu tinha total noção de que o que ele queria, iria beneficiar tanto o próprio quanto Charles.
“Tsc... Ele tem razão” Charles não era idiota, o mago não era um novato na área, pelo contrario, seus anos de experiencia o transformaram em um expert na ala acadêmica de seu trabalho, não tinha necessidade alguma de fingir não saber como as coisas funcionavam, dois anos atrás foi o suficiente para que o bibliotecário conhecesses suas aptidões –––  Tem razão, mas ainda não chego no seu nível Charles  ––– Concordou coçando a bochecha –––  Cuidar dessa biblioteca enorme por tanto tempo, certamente eu enlouqueceria   ––– Brincou olhando para as prateleiras de livros que pareciam se estender para sempre.
Ficou um pouco apreensivo ao notar a hesitação na voz de Charles, talvez citar aquele evento não tenha sido uma boa ideia, Arisu Rin queria o fazer se lembrar do quão especial havia sido, a forma como seus corpos dançaram juntos naquela floresta, mas também, não queria o assustar e o forçar a recuar na proximidade –––  É mesmo...  ––– Respondeu no automático, quase não percebendo que foi chamado pelo nome tão casualmente. O ilusionista não segurou o sorriso imediato que surgiu com a realização –––  Tenho certeza que teremos a oportunidade de se divertir assim de novo, Papai me deixou com várias pesquisas pendentes   ––– Exclamou animado, levantando seu indicador com entusiasmo.
Se aconchegou nos braços do bibliotecário, como um homem daquele tamanho conseguia ser tão confortável e acolhedor? Arisu sentiu vontade de mergulhar nele, mas precisava se conter, pelo menos por agora –––  Eu prometo me comportar, juro mesmo  ––– Afirmou relutantemente se separando do abraço –––  Nem mesmo vai notar que eu estarei morando com você  ––– Essa ultima parte era mentira, mas não queria que Charles se arrepende-se de sua decisão.
––– Me parece uma ótima ideia, vai me ajudar a ficar familiarizado com a  academia novamente   ––– Arisu colocou sua mala atrás do balcão assim como foi recomendado, se posicionando ao lado de Charles novamente –––  Porque não me guia durante o caminho?  ––– Sugeriu abraçando o antebraço dele.


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