Contos de Halloween da Seita Nevermore 2021
Na noite escura, os seres de Eel sabiam que hoje era um dia que todos podiam mostrar seu pior interior, e três seres iriam a um local especial essa noite... O Sabbath da Seita Nevermore.
Um elfo e seus dois amigos ogros foram ao local de encontro que, segundo um FengHuang, disse que seria na clareira da Floresta do Vidoeiro prateado. Eles esperaram alguns minutos e... Apareceu um ser, de capuz e uma máscara e capuz negro. O desenho de uma lua se destacava em sua máscara, e a figura fala:
- Estão aqui para o Sabbath?
- Sim!!! - Os três falaram em uníssono, sem querer, muito ansiosos.
- Venham comigo. - A misteriosa figura começou a adentrar mais ainda a floresta. Quanto mais fundo entravam, mais escuro ficava, e o elfo fala:
- Ei, por favor, espere! Cara, senhor, err, senhora! - Ele fala confuso por não saber se essa pessoa era homem ou mulher, e de repente o encapuzado para, quase fazendo eles três trombarem entre si, e falou rápido:
- Me chamem de Lupid. Se apressem, já vai começar.
Os três engoliram em seco. A figura que se dizia chamar Lupid voltou a andar no escuro, com total certeza de seu caminho, e após dez minutos eles chegaram a uma clareira, e ela falou alto:
- Frux! Abra a entrada. Estou com os convidados.
Outra figura apareceu do nada, do meio das sombras, segurando um cajado. Ele usava uma máscara completamente negra, além de seu capuz. Batendo três vezes o cajado no chão, algumas árvores começaram a se mexer, dando espaço a uma entrada nova na floresta sombria pela noite. Frux e Lupid entraram sem receio, e os três amigos o seguem.
- Joan, quem são esses caras? - O ogro Lix pergunta ao elfo.
- São membros da tal seita! Eles também são responsáveis para convidar gente para ouvir as histórias!
- ...mas por que só parece ter a gente de convidados? Isso é muito estranho...
- Você que está com medo, Lix! Anda logo ou perdemos eles!! - Os três se apressam, e por fim chegam a uma nova clareira. Entretanto, os dois seguidores param ao ver duas figuras estranhas na frente do que seria a entrada para o Sabbath. Dois seres com corpo de mulher e ao mesmo tempo com partes de animais estavam encima cada uma de um enorme pilar de pedra, imponentes, olhando os outros por cima.
- ... Lupid, o que é isso? - Frux fala, perguntando ao colega, sem entender. A seguidora chega mais perto de Frux, sussurrando:
- ... Eu também não sei? O que são esses seres? Falaram que só tínhamos que abrir a entrada aos convidados!
- Será que isso é coisa da Yu..
- AFASTEM-SE! - A mulher de cabelos castanhos e pelagem clara falou bem alto. Com uma cara de poucos amigos, ela continuou a falar. - Nenhum de vocês é digno de ouvir os segredos dessa e de Guarda nenhuma!
- Não sem descobrirem a senha. - A segunda mulher, de cabelos ruivos e olhos verdes penetrantes disse, após a outra que lhe parecia ser da mesma espécie. - Se quiserem se divertir, terão que acertar o enigma.
- ... Que clichê. - A chimera de cabelos castanhos fala com tom irônico.
- Crescenta shiu, Yuuk... A Mestra de cerimônias nos pediu que fizessemos esse favor a ela hoje, ela precisava de proteção para a seita, assim ela nos ajudará com nosso problema...
- Bom é meio culpa dela né que ficamos assim, foram as coisas amaldiçoadas dela que nos fizeram ficar desse jeito! Além de também outro pessoa... - Ela dizia olhando sua... Colega, com os olhos semicerrados, séria. A chimera ruiva a imitou, fazendo a mesma cara, e revidando.
- É NÉ - Ela fala bem alto, depois controla seu tom - Mas OUTRO ALGUÉM foi onde eu estava e acabou igual a mim então vai precisar que ALGUMA OUTRA PESSOA LHE AJUDE!
- Mas se não fosse por ALGUÉM RUIVA AQUI NÃO ESTARÍAMOS NESSE PAPEL BOBO!
- Er.. (Quem são essas?) - Frux pensa consigo, achando ser faeries que a líder conhecia. - Nos... Precisamos entrar para o Sabbath...
- É falem logo o tal enigma!! - Lupid fala um pouco impaciente. A chimera ruiva os olha, e diz:
- Certo, aqui vai: Sou da noite, sou das trevas. Me conheces como o mal, como a espiritualidade, como aquilo que ainda voltará após mais de trezentas luas.
A chimera ruiva parou de falar, olhando a chimera de cabelos castanhos. E ela não parecia querer fazer o que precisava.
- Anda logo, fala! - A ruiva diz impaciente. Até que então, a outra chimera suspira, dizendo com desdém:
- QUEM SOU EU. - Ela fala alto e grosso. Os convidados começam a discutir entre si... E chegam a um resultado.
- Você é... A lua! Só pode ser isso!
- ERRADO! - As duas chimeras falam ao mesmo tempo. Pulando de cima das pedras, elas se aproximam dos convidados, ignorando os seguidores da Seita. Lix começa a falar trêmulo:
- ESPERE! Ninguém falou que teria um enigma, eu não achei que isso aconteceria!!! POR FAVOR, NÃO!! - Com muito medo, ele se agacha no chão, onde as chimeras se aproximavam cada vez mais, até que elas param. Falando ao mesmo tempo, elas dizem:
- Te daremos apenas mais uma chance. Quem sou EU?
- Vo-vovocê é...
- O Halloween! Hahaha, parece que a charada que fiz fora muito difícil, não é? - Um outro membro acabara de aparecer, e era o líder em pessoa, com sua máscara de raposa negra. - Crescenta, Nihal, obrigado por serem as guardiãs, vou deixar eles passarem dessa vez. Entrem, por favor. - Os convidados correm ate uma clareira, agora visível aos seus olhos, e antes de adentrar ela, a mestra de cerimônias chega nas duas chimeras, falando baixo:
- Obrigada meninas, juro que depois deles irem embora vou arrumar um jeito de desfazer isso que aconteceu!!!! Muito obrigado Crescenta por fazer parte da encenação! XD - Yuuko fala para Crescenta, cujo não conhecia muito bem mas Nihal havia lhe falado sobre a sub estrexiel uma vez. Ela levanta sua máscara, lhes mostrando um sorriso de contentamento, falando para as duas.
- ... De nada. Ande logo então, acinzentada...
- Pode deixar! Não se preocupe Ni-ni, vou te arrumar, não será que nem a vez que fiz aquele pacto com aqueles demônios para ficar igual sua pele por três meses seguidos!! Hehe não que eu não volte a fazer...
- YUUKO, SEM pactos!!! - Nihal olhou ameaçadora para a raposa, pois a conhecia bem, onde ela era bem capaz de querer fazer outra loucura dessas. - Vá logo contar as histórias, danos um jeito nisso mais tarde...
- Sim! Antes de Shin-san voltar, ou eu morro hoje! Se quiserem ouvir também podem vir! - Ela falou, colocou sua máscara de volta e dói andando calmamente até lá.
No local da cerimônia, os convidados vêem várias figuras de capa em linha reta. Cada um deles usava uma máscara também.
- Trouxemos convidados, mestre Koyami.
Lupid falou, e a mestra de cerimônias de colocou em seu lugar, no centro de todos. Ela disse em resposta a Lupid:
- Obrigado Lupid e Frux, vamos começar então. Akuhito... Por favor, feche a entrada.
O mais alto dos membros foi levitando até onde eles entraram e, estalando seus dedos, fechou a entrada do Sabbath, bem a tempo das chimeras guardiãs entrarem. Ele voltou ao seu lugar, em silêncio. Todos estavam quietos, até que Lix pergunta:
- E...eu queria saber como esse tal Sabbath funciona! Antes de começarem as histórias.
- Ah... Que admirável, eu posso muito bem lhes explicar então. Primeiramente bem vindos ao segundo Sabbath de Halloween de nossa humilde seita. Esses são os membros dela, além de mim, e nós todos reunimos histórias de Eldarya para contar aos nossos convidados, além de...
Koyami contava para eles o que acontecia nos Sabbath, e então é interrompido por um silvo sinistro que vinha da Floresta. Ele ri, e continua sua explicação, mas um dos membros teve sua atenção chamada ao ver seu colega tremendo, onde quase largou sua lança.
- Ei, está tudo bem M... Xiao?
- Ah! E-está sim, Pluff. - Xiao, o guardião de máscara de panda, fala para Pluff, a seguidora que usava um capuz azul claro, assim como sua máscara. A seguidora fala baixo para ele, dando uma risadinha:
- É que você está tremendo muito, foi por causa do barulho que ouvimos?
- Não! Sim! Er, sim, foi por isso... Mas eu estou bem, só meio nervoso c-com... o ambiente. Não sou muito bom com essas coisas!- Xiao fala sussurrando para Pluff, pois estava um pouco temente. Akuhito se aproximou dos dois para falar:
- Huhuhu Xiaozinho está com medo...
- Cala a boca, Cis... Akuhito. Não estou não!
- Oh desculpe, eu só queria... Oh! O que é aquilo?!
- O QUÊ? ONDE??? - Xiao gritou, fazendo todos olharem para ele. Lupid colocou sua mão na testa, em negação, pois sabia muito bem que Xiao estava com medo. A Chimera ruiva da uma risada ao fundo, pois sabia bem a realidade de Xiao, onde Koyami se vira perguntando
- O que está acontecendo? Xiao, você está bem?
- ESTOU BEM!! - Xiao fala, ainda assustado.
- Bem assustado, hihihi. - Akuhito fala melindroso, Xiao lhe fuzila com o olhar por baixo de sua máscara.
- Quer morrer, é cisne? - Ele sussurra. Rindo por baixo de sua máscara, a mestra de cerimônias continua a falar.
- Perdoe-nos, mas parece que um de nossos membros está meio nervoso... Eu vou hoje lhes contar uma história especial, uma dos primórdios do começo do Halloween, possivelmente... Pluff, poderia por favor me trazer o livro?
Enquanto Pluff pegava um livro grande e bem surrado, Akuhito se aproxima de Koyami, sussurrando na língua japonesa:
- Yuu... Quem são aqueles... Seres? Onde você as achou?
- Na verdade... É a Ni-ni e uma conhecida dela, aconteceu um acidente em casa, Nihal entrou na minha casa e mexeu em meu laboratório... Que também é meu depósito, e fez alguma coisa que... Lhe transformou nessa chimera! Logo Crescenta também apareceu e teve algumas mudanças em sua aparência...
- Oh minha nossa!
- É, incrível não é?? Fiquei chocada e também orgulhosa dela! Criar algo esplêndido assim aleatóriamente!
- Não foi por isso que eu falei isso, Madocchi!
- Mas é algo realmente notável, eu só não tive coragem ainda de lhe perguntar a ordem que ela fez hehehe... Mas também me sinto culpada! Lhe pedi mil desculpas por ter coisas perigosas!
- Na verdade ela se desculpou mais do que eu, que foi quem causou isso. - Nihal fala, em japonês também. Akuhito se surpreende ao ver que a estrelada conseguia os entender. - Ela pediu desculpas até em nome dos ancestrais dela!
- E continuarei pedindo, gomenasaaaaai Ni-ni!!! Temi muito que fosse algo perigoso! E que pudesse te causar algum dano irreversível! E a propósito, o anel com a essência de Tsubaki que lhe dei realmente funcionou, você está falando o japonês perfeitamente! - Ela fala toda orgulhosa.
- Mas você mesma falou que sabe reverter isso, "bakinha". - Ela fala dando uma leve risada. Os convidados olhavam confusos aos três que falavam em outra língua.
- Isso é tão macabro... Não faço ideia de qual língua eles estão se falando...
- T-Talvez seja algo... Proibido, que seres como nós não podem saber!!! - Um dos convidados fala, assustado.
- Onde eu estava? - Koyami volta a sua pose de líder da seita, com sua voz calma e coletada. - Ah sim, bom, em resumo, somos a seita que contará à vocês algumas das histórias perdidas de Eldarya. Hoje, separei uma especialmente para vocês, meus estimados convidados...
Koyami se virou, pegando o livro que Pluff lhe trouxe, e folheou ele no começo.
- Yoterashai, miterashai... Yami shibai no jikan dayo. - Koyami falou calmamente. - Isso em minha língua significa... Aproximem-se e vislumbrem... É hora dos contos de terror.
Ela então começou a ler.
"Izeies, um jovem vampiro que viveu a muito tempo atrás, fora sempre um rapaz que almejava o topo, nunca contentando-se com pouco. Sempre queria mais, e gostava de ir atrás de tesouros por toda Eldarya. Após passar um longo tempo na floresta, ele percebeu que estava chegando uma época onde um estranho país ficava acessível para qualquer alma, e nisso, ele resolveu que iria tentar encontrar algum tesouro por lá.
Apesar de ganancioso, ele não era burro, sabia muito bem que era um lugar perigoso, cheio de criaturas malignas, espíritos vingativos e restos mortais de todo tipo de Faerie, pois ele ouvia nas cidades e vilas por toda Eel que de acordo com os rumores esse local era amaldiçoado, ele até pensou em chamar alguém para que lhe acompanhasse até o perigoso local, mas estava em dúvida. Temia que, se alguém fosse com ele, essa pessoa tentasse lhe roubar o que tivessem conseguido, então ele estava em um impasse. O caminho todo que percorreu até chegar perto dos portões infernais que davam entrada ao País do Halloween ficou tentando resolver o que faria, se chamaria algum parceiro para lhe ajudar a sair com vida... ou apenas iria sozinho. A floresta estava densa, cheia de névoa.
- Devo estar chegando perto. Tenho que me decidir... - Ele falou em voz alta para si mesmo, ainda em dúvida. Mas, de repente, começou a sentir um fardo enorme nas costas, como se algo invisível lhe pesasse muito, e sua respiração estava fraca também. Já estava quase escurecendo na floresta, que o vampiro pensava que estará, dos FengHuangs sentindo até que uma certa saudade do tom esverdeado da grama, mas como tudo nessa vida existe o círculo, a roda do tempo, o inverno já estava mostrando suavemente a sua presença na paisagem. Caminhava em silêncio entre aquelas matas sem saber a quanto tempo já estava naquele ritmo e decidiu parar para descansar um pouco, ao contrário do que muitos imaginam, ser um vampiro não é sinônimo de destreza absoluta e energias ilimitadas...
Olhava para a paisagem, admirando aquelas mudanças, até ver ao longe algo que parecia escolher e manchar aquele branco que surgia no chão, curioso como sempre fora, se levantou e caminhou com a mesma normalidade. A medida que se aproximou, respirou fundo olhando em silêncio com apenas o som dos ventos que balançava um pouco as suas madeixas e os seus trajes enquanto olhava aquele tom avermelhado na árvore e a trilha que fizera até o chão notando um certo rastro daquele sangue que o guiava para algum lugar daquela floresta levemente gélida.
Respirou fundo e soltou pelas narinas, seguindo aquele traço criando algumas hipóteses com oque seria aquilo, um mau presságio talvez? Um animal ferido ou se alimentando? Ou, quem sabe, um acerto de contas...Disposto a desvendar e saciar sua curiosa mente ficando com um levíssimo sorriso de canto ao ver que o sangue aumentará em seus rastro vendo que o levara para uma clareira, mas oque mais o deixava intrigado era, oque parecia ser em sua visão, uma figura feminina sentada em frente aquele sangue olhando prós pés da mesma vendo os mesmos manchados por aquele tão sedutor e enigmático rubro que alimenta as veias de tantas criaturas. Com uma certa cautela e cuidado, caminhou até a figura sentada que, agora, via que ela parecia mexer em alguma coisa, imaginando que possivelmente ela já saberia de sua presença, e até mesmo não conseguindo se perguntar se era pra ele de fato estar ali do que apenas uma mera coincidência, como muitos gostavam de dizer.
- Boa noite. - Disse em um suave tom como se estivesse transmitindo calma e hospitalidade naquelas simples palavras, e, talvez quem sabe, conseguisse as respostas que ele necessitava. - Aposto que está querendo saber quem sou.
- ... Sim, se puder se apresentar. - Ele guarda a faca que segurava atrás de suas costas em sua calça, sempre estava pronto para tentar se defender de algum perigo.
- Eu sou a bruxa de sangue, Elfnix. - Ela falou calmamente, e Izeies deu um pulo de susto.
- O quê? Elfnix? - Ele pergunta confuso. - ... Esse título fora de uma bruxa que não se sabe se está viva, moça. Está tentando me enganar?
- Haha. Claro que não. - Ela mostra outro sorriso afável. - Creio que seja você que esteja tentando me enganar, não é? Com essa faca que carrega. Aqui todo perigo possível é capaz de ser identificado facilmente, meu rapaz, principalmente para as criaturas que aqui vivem. E eu sei pelo que veio... um tesouro inestimável, certo?
O vampiro teve seu interesse despertado pela bruxa misteriosa. Mas, sua cautela nunca desligava.
- ... Talvez eu esteja. É suspeito ouvir algo assim de alguém que todos em Eldarya sabem que vive apenas no País onde os mortos habitam.
- Hahaha, e onde pensa que está, rapaz? Voce entrou nas propriedades de nós, os rejeitados pela luz, criaturas odiadas e temidas por todos e nem percebeu hahaha. Mas! - Ela se aproxima de Izeies, colocando seu braço pelo ombro dele tentando o ocnvencer a ouví-la. - Como lhe disse, sou uma bruxa e sei de algo que você pode querer muito. Conhece o País do Halloween por acaso?
- Eu.... nunca o explorei por completo. Não sabia que esse era o nome daqui.
- Pode acreditar que é! Aqui, é a terra onde, quando em Eldarya o solstício está se aproximando lentamente, os portões de nossa querida terra são abertos e vocês podem perambular por ela... Halloween é a data de quando todas as forças malignas por aí estão mais agitadas e tem a permissão de acessar outros mundos... e vocês vem à nossa terra também. Voltando aos negócios, tenho uma informação que lhe agradaria muito de saber... em troca de um favor.
- E que tipo de favor seria esse?
- É algo absolutamente simples... te darei a localização de um tesouro absolutamente valioso, e meu pagamento é apenas que você leve uma mensagem nesse lugar para mim.
- .... Isso parece fácil demais. Porém... se me der alguma garantia que eu não vá morrer aqui, eu o farei.
A Elfnix sorriu com agrado extremo. Ainda sorrindo, disse:
- Uma troca justa. Bom, o que posso lhe falar é... siga essa seguinte instrução nesse papel. Mas... não passe pelo caminho de abóboras.
- Por que não passar por esse local? As únicas vezes que vim aqui esse local foi o único que não sofri com ataques.
- Eu lhe dei um conselho. Cabe a você decidir se irá o seguir. Agora melhor correr... o seu tempo é curto. Hehehe.
A bruxa de sangue deu uma última risada, e então desmanchou-se em sua poça de sangue. Izeies então resolveu seguir o mapa dado pela bruxa, que fora escrito com sua magia sanguinolenta.
Como a bruxa disse, ele evitou confuso o caminho das abóboras. Ele então percebeu que estava em um lugar que nunca tinha visto antes no tal país do Halloween... uma grande construção estava ali, e ele, ao virar o pergaminho que tinha o mapa escrito, estava escrito: Ópera da Odessa. Muito cauteloso, ele resolveu pegar sua faca novamente, e notou que nela tinha outro pedaço de pergaminho preso. Sem o abrir, ele adentrou o local. Era realmente enorme, aparentava ser um belo palácio abandonado, mal sabia ele que em breve ele saberia muito bem do que se tratava ali.
Andou um pouco pelos longos corredores, cheios de retratos de uma bela mulher, que parecia ser a Senhora de tudo aquilo, pois ela estava sempre cheia de jóias e belos vestidos caros. Foi então que, ao se deparar com uma porta enorme, o vampiros abriu, e viu ser uma espécie de salão de festas. Logo na entrada, havia uma mesa sintuosa, com belos talheres e pratos de o que parecia ouro, além de peças de cristal, porém sem comida nenhuma. Bem no centro havia um espaço vazio enorme para dança, ali era o espaço de festas da dona do lugar. As altas janelas tinham as mais belas e barrocas decorações, com cortinas muito bem feitas e um grande lustre com candelabros gigante bem acima do lugar, feito inteiro de cristal e ouro, como a louça. Izeies então levou um susto ao ver uma pessoa lá encima, que pulou de cima do belo lustre no ar. O vampiro achou que ela iria cair, mas a moça apenas abriu suas grandes asas e voou até o rapaz. Ao chegar no chão, ela então parou bem na frente dele, e ele sacou sua faca. A olhando melhor, era uma moça bela e jovem, de cabelos dourados, pele clara e uma expressão triste em seu rosto... além de ser uma draconiana. Izeies não fazia ideia do que uma criatura como ela poderia está fazendo ali, mas ele falou:
- ... Boa noite... Senhorita. Eu... Estou atrás de algo. - Ele fala, aguardando resposta da moça de madeixas louras. Ela apenas avança perto dele, e estendendo o braço pede:
- Posso ter isso que está com você? - A bela e misteriosa draconiana pede, de mão esticada na direção de Izeies. Ele, surpreso, pega o papel que notou estar consigo,e lhe dá. Ela lê, depois aperta o papel, que pega fogo rapidamente, e suspira. Ela então começa a lhe falar:
- Eu tenho o que você quer. Mas, tenho que saber se está pronto para arcar com suas consequências. Você é uma alma vingativa? Rancorosa? Amarga? Deseja algo mais que tudo no mundo?
Izeies abre a boca para responder as perguntas, mas a fecha em desacordo consigo mesmo. Pensou um pouco mais para responder, e respondeu uma única das perguntas:
- ... Sim, tenho algo que desejo mais que tudo nesse mundo.
A draconiana mexeu sua cabeça, onde seus cabelos caíram dos ombros. Ela pediu que ele a seguisse, e foram até uma sala longe de onde estavam originalmente. Entrando em uma pequena saleta escura, ela vai até um baú, tirando uma caixa grande dele. Indo até o vampiro, ela lhe dá, e ele pega curioso.
- Isso aqui é... - Ele já ia perguntar, quando a moça fala, lhe interrompendo:
- Essa é a Caixa de desejos Linchuan.
- Caixa de desejos?! Isso... É da cultura FengHuang, certo? Esse nome que você disse! - Izeies de repente começou a se sentir realmente animado, como que tudo que passou até agora tivesse valido muito a pena. - Eu... Não tenho que fazer nada? Posso pegar ela?
- Sim. - O tom melódico e ao mesmo tempo distante da draconiana era triste, como se ela soubesse de alguma coisa antecipadamente. Vendo a animação e inquietação do vampiro arrogante e ganancioso, ela apenas tentava descobrir quando o veria novamente.
- Então vou ir embora! Muito obrigado, moça... - Ele fala, saindo correndo da sala, mas volta para lhe fazer uma última pergunta.
- Eu... Posso saber quem é você?
- ... Eu sou conhecida como a Draconiana acorrentada ao destino. É o único nome que me lembro ter.
A draconiana fala, e Izeies apenas se despede rapidamente, mal prestando muita atenção, querendo sair da tal mandão estranha. Lá dentro, a pobre Draconiana fantasma observa a alma indo embora... Dizendo até logo.
Assim que consegue sair, Izeies estava com mil pensamentos na mente, mil possíveis desejos... E sua ganância e cobiça começava a tomar conta de seu juízo, onde ele possivelmente poderia usar erroneamente. Colocando a caixa no chão, ele resolve a olhar melhor, e tenta abrir sua tampa.
- ... Emperrado. Assim como nas lendas que os FengHuangs contam... Porém, ouvi dizer que eram apenas sete desejos que se podem ser feitos... Hum... - Ele começa a pensar no que pedir primeiro. Estava agachado ali mesmo, no meio do País do Halloween, pensativo. Os sons do local sempre tinham os piores barulhos, e após ouvir um terrível grito, lhe vem seu primeiro pedido:
- Um pedido muito útil esse... Eu desejo... - Ele falou pegando a caixa nas mãos - Sair desse lugar em completa segurança. - Assim que duas palavras foram proferidas, Izeies ouviu a caixa fazer um estalo. Parece que algo que tinha lá dentro a muitos anos de abriu... E ela começou a soltar uma fumaça branca. Pouco a pouco, a fumaça tornou-se uma névoa, que tomou conta do corpo do vampiro, o rodeando. Ele andou alguns passos, e viu que a névoa que lhe envolvia o seguia, e ele resolveu fazer um teste. Colocou a faixa em sua bolsa de viagem, e começou a andar. Ele passou pelo vilarejo dos amaldiçoados, e os zumbis que lá tinham nem o notaram. Passou então pelo local que tinha um enorme caldeirão, e todas as criaturas de lá apenas o ignoraram. Izeies andou um caminho longo para sair do país, e quando colocou seus dois pés fora dele, a névoa dissipou-se. Ele olhou o país estanho, que ficava a cada passo seu mais distante, onde em alguns dias ficaria invisível a todos novamente, e só voltaria daqui um ano.
- Eu não consigo acreditar!!! Eu saí vivo mesmo!!! Hahahahaha! - Ele ria de sua enorme sorte, estava tão contente que nem sequer lembrava direito da bruxa de sangue que lhe indicou o caminho até a caixa, bem sequer da draconiana que lhe deu seu maior tesouro.
- Eu posso pedir o que eu quiser. O que eu precisar. O que eu... - Ele parou para pensar um pouco. Lhe vieram duas coisas de imediato em sua mente. E ele correu para pegar a caixa em sua bolsa para falar a primeira coisa que pensou.
- Desejo ficar imensamente rico!!! - O som de suas palavras bateram na caixa, que pareceu o ouvir, e rapidamente lhe deu o que ele queria. Izeies piscou rápido, pois algo lhe cegava o olho esquerdo, viu um brilho forte ao leste, e ele foi até lá correndo. Na entrada de uma mina abandonada, ele viu um grande tesouro... Uma estátua FengHuang que valia muito, era realmente preciosa para os nobres FengHuangs, e ele a ergueu alto gritando:
- Veja só como minha sorte está ótima!!! Hahahahaha!
O vampiro estava se sentido incrível. Pegando a estátua e sua caixa, mais valiosa que qualquer coisa, ele partiu rumo as terras FengHuangs para lhes devolver a estátua, onde sabia que seria ricamente recompensado, devido a nobre bondade de seus moradores. A caminho de lá, ele começou a ouvir um som estranho. Uma música parecia lhe seguir, mas ele não deu muita importância, e apenas ignorou. Queria logo ser recompensado, e já pensava em gastar muito para comer e beber como um rei assim que chegasse.
Nas terras FengHuangs, ele fora muito bem recebido, já que era do costume comum os residentes serem bondosos com viajantes, e ficaram perplexos ao verem a estátua de volta. Obviamente, fora muito bem recompensado, e ele resolveu ficar por dois dias ali, aproveitando sua riqueza para beber e curtir um pouco. Sempre bem acompanhado, pagava comida e bebida para quem falava que era seu amigo, apenas por saber que ele estava bem cheio de grana. Um velho senhor FengHuang estava de passagem no bar que Izeies estava bebendo com os amigos, e o vampiro falou:
-Com licença, colegas... Tenho que ter uma palavrinha com aquele velho ali. Logo voltarei. - Ele disse e se levantou, indo até o senhor que tinha uma barba longa e nenhum cabelo na cabeça. O velhinho lhe fitou chegando, e Izeies lhe falou com o maior sorriso:
- Olá senhor... Shu, não é? Eu gostaria de lhe pagar uma bebida!
- Pagar para mim? Posso saber o porquê desse presente, meu jovem? - O senhor Shu pergunta, intrigado. Izeies dá uma grande e alta risada, falando:
- Ora, não soube que fiquei rico? Um cara não pode fazer uma boa intenção sem ter um motivo? Hahaha!
- Hum... Então aceitarei, meu jovem. Você é aquele vampiro que caça tesouros, não é?
- Sim senhor! E consegui recuperar sua estátua preciosa, fui muito bem recompensado!
- Ah... Então foi você que a recuperou... Quando ladrões a levaram, achei que jamais voltaria a revê-la...
- Mas eu tive a grande sorte de a achar! Aposto que esses ladrões estavam apenas querendo lhes fazer sofrer, pois a abandonaram perto da floresta... Beba comigo, velho! - Izeies falava com um copo de hidromel na mão, um pouco bêbado. O senhor Shu lhe acompanhou, bebendo um copo apenas, e o vampiro sempre bebia mais. Conversando alegremente com o senhor Shu sobre toda sua sorte, ele então falou:
- Na verdade, tenho muito a lhe agradecer. A velha lenda que o senhor me contou outra vez que passei aqui foi muito útil... Hic!
- Lenda?
- Sim, a da caixa que concede desejos! Saber dela me... Ajudou em minha boa sorte! Hahaha!
- ... Que estranho. Essa lenda não é algo que de sorte... É na verdade um mau presságio.
- Para mim fora ótima, me deu a chance de beber todo esse hidromel! - Ele bebia mais. Izeies então passou a noite bebendo, e dormiu a manhã toda, de ressaca. Ao acordar em seu quarto alugado, ele ouviu sons vindos de sua porta... Sussurros, batidas, passos... E ele fora ver o que acontecia. Ao abrir sua porta, deu de cara com alguns fenghuangs que lhe observavam, mas fugiram. O vampiro voltou a dormir, e enquanto isso, não tão longe dali, uma dupla de ladrões chegava a caverna que haviam deixado algo muito importante...
- ... Oh não! Não está aqui!!! Alguém levou!!! - Um rapaz bem alto e musculoso com roupas claras e singelas falava nervoso, olhando seu parceiro de crime. O segundo, que estava em cima de seu cavalo negro, desceu, para verificar se via alguma pista. Apertando uma pedra com toda sua força, o parceiro do rapaz forte desconta sua raiva na pedra... A transformando em pó. Ele então olha seu colega, e diz muito sério:
- Hora de descobrir que fez isso.
Concordando com seu colega de crimes, eles dois então se colocam a caminho para procurar informações sobre o que havia acontecido. Enquanto isso, Izeies descansava tranquilo, sem nem saber que ele estava agora na mira de dois bandidos muito perigosos.
- Eu tenho que pensar bem no que irei pedir agora. - O vampiro refletia consigo. Pensava no que queria mais nesse mundo do que dinheiro, até que acabou de lembrando de algo que era muito importante.
- ... Melina ... - Ele falou ao vento, no quarto com apenas ele. Se levantando correndo, ele pegou a caixa e disse alto:
- Eu desejo que... Melina me ame, ao invés de meu irmão. - E ao dizer isso, soltou a caixa na cama. Ao mesmo tempo que fez isso, bateram em sua porta. Ao abrir, ele viu dois seguranças do local, pedindo para que o seguissem. Confuso, Izeies não entendia o porquê disso.
- Posso saber porquê estão querendo me prender?
- O senhor foi acusado de roubar a estátua totem do templo.
- Exatamente. - Disse o outro guarda. - Não é possível que o senhor tenha simplesmente achado a estátua. Agora por favor senhor nos acompanhe.
- Como é que é?! Claro que não! Eu vou é embora! - Ele fala e pega correndo sua bolsa e enfiando a caixa nela, e correndo entre os guardas.
- Peguem- no! Ele está fugindo!!!
Mais guardas aguardavam por Izeies, porém ele era astuto e conseguiu desviar de todos. Talvez também por saber muito bem como a guarda era por ali, havia estudado bem para poder roubar de vez em quando.
Na floresta, o vampiro se perguntava o que dera errado. A cidade havia sido cercada, ele não poderia voltar impune. Para co seguir sair de lá deu um bom trabalho, precisou se esconder e perder praticamente todo guarda da cidade... E infelizmente ele não conseguiu pegar sua outra bolsa cheia de dinheiro, o que lhe fez ficar bem nervoso. Um dinheiro enorme estava no seu quarto e ele não podia o pegar de novo.
- ... Posso então simplesmente desejar mais dinheiro. Simples. Mas por hora, vamos para um lugar mais seg....
Ele não conseguiu terminar sua frase e sentiu uma corda o agarrando. Enrolando em seu corpo todo, ele ouvia uma voz melodiosa cantarolando, e por mais estranho que fosse, a corda mexia-se no ritmo da música. Olhando para trás nada vira, mas então quando ele olhou para cima viu um rapaz muito alto e forte com roupas delicadas e meigas de bardo no céu, como se estivesse ascendendo ao plano terreno, com lindas asas negras em sua cintura, que batiam com sutileza. Com trombetas que pairavam no céu e tocavam anunciando sua chegada, ele cantarolava alegremente com suas duas mãos entrelaçadas. Izeies gritou para que o tal bardo parasse.
- Ei! Bardo! Pare com isso agora mesmo! Já estou em apuros, não quero me meter em confusão com você!
- Hihihi. - O bardo da uma risada ainda no céu. - Eu creio que não era comigo que você devia se preocupar, caro vampiro... porém, apesar de ter esse rostinho de anjo, eu realmente sou perigoso, na verdade. - Ele fala com um sorriso maléfico. Nisso, o vampiro leva um soco muito bem dado no seu rosto. Seguido de outro, e outro, e mais socos. Sem entender o que lhe batia, ele nota ser uma grande maça, que também era controlado pela cantoria ridícula do bardo.
- ♪ Vóis fica confuso, vampiro obtuso, grande ladrão... Então agora leva uma boa leva, ladrãozinho ignorante! Leve e leve, apanhe maaais! Apanhar apanhar, você vai apanhar muito com minha beeela vooz! - O bardo cantava, as vezes até sem ritmo, e controlando a arma enorme que lhe batia. Izeies começa a se desesperar.
- PARE COM ISSO!!! Eu não entendo o que fiz para estar apanhando!!
- Oh... Então nega suas ações? Bom, então deixarei meu comparsa lhe explicar... Hihi.
O bardo então faz um assobio bem alto, e, por detrás de Izeies, ele vê que o chão começa a rachar. De dentro dele, algo vermelho que aparentava ser lava surgia do chão... E também uma pessoa. Encharcado de lava, um homem com roupas de cowboy aparece de dentro do chão. Levantando seu chapéu e retirando sua máscara, mostra ser um homem de origem oriental, com cabelos castanhos, e com uma nada nada contente. Ele limpa a lava que tinha no ombro, e olha afiado para o vampiro que apanhava. Sua voz calma e baixa pergunta ao bardo:
- Por que me chamou, Tenshi? - Apesar de estar calmo, seu tom era mortal.
- Akuma-kun, eu achei! Achei o vampiro idiota que roubou nossa estátua que deu tanto trabalho para roubar! Eu estava dando uma lição nele mas não queria pegar toda a diversão... Então te chamei ♡ e também ele não está entendendo porquê estar apanhando... E queria que você lhe explicasse.
A face retraída do Cowboy de repente se tornou negra de raiva, seus olhos finos agora estavam tão abertos quanto podiam, e ele não parecia estar nada contente.
- ENTÃO FOI VOCÊ. - Ele disse curto e grosso para Izeies, que percebeu que se meteu em uma fria descomunal, pois afinal esse tal anjo bardo estava certo, não era tanto com ele que o vampiro devia se preocupar... Mas com o cowboy infernal. As três palavras dirigidas à ele foram o suficiente para que Izeies se sentisse completamente entorpecido de medo, e começava a tremer.
- Muito bem, Tenshi, conseguiu achar o ladrão. - O cowboy fala para o bardo, que sorri belamente e responde o colega:
- De nada querido, afinal pude me divertir um pouquinho com ele... Porém agora, deixo nas suas mãos. - Sua última frase fora em tom sombrio. Izeies olha com medo o anjo, e lhe implora:
- Anjo, por favor! Não me deixe com ele!!!
- Oh, meu bem, eu sinto muito, mas vou precisar fazer isso... Afinal, sabe quanto trabalho tive para pegar aquela maldita estátua? Um ano, meu querido. UM ANO. E em apenas um dia você vai lá e estraga tudo, então de castigo vou permitir que Akuma-kun te castigue. - Ele fala tudo sorrindo alegremente, e Izeies vê que o Cowboy chegava perto dele. Ele o pega pelo pescoço, o levantando até seus pés não tocarem mais o chão, e fala:
- ... Aquela estátua era nossa garantia de algo tão importante para mim que você jamais entenderá, vampiro. JAMAIS.
- P-por favor!!! Eu lhe imploro!!! Não me mate!!!
- Matar? Isso não seria suficiente para mim... Pois por sua causa não poderei ver minha amada.
- E eu ficarei sem meu vinho! - o Anjo fala descontente. - Vamos logo, Aku-kun, termine com ele de uma vez!
O cowboy dá uma olhada em Izeies novamente, antes de começar a lhe bater. Seus socos e chutes eram realmente muito mais fortes que os queno bardo deu-lhe com a maça, era quase insuportável de sentir. Logo o vampiro começava a perder seus sentidos, quando teve uma ideia.
- es....perem... eu posso... Lhes ajudar. - Ele fala com poucos suspiros. - Tenho algo comigo... Que é mágico. Garante a vocês... Qualquer desejo.
- Como é? Isso parece besteira! Não acredite nele, Akuma-kun!
- ... O que é isso que você tem? - O cowboy ficou interessado no que o vampiro dizia, e Izeies, quase sem fôlego, foi pegar sua bolsa com a Caixa de desejos. Ao tirar da bolsa, o sorriso que o bardo fazia sumiu rapidamente, e ele falou alto e sério:
- Aku-kun, não toque nisso de jeito nenhum. Isso é ... Algo muito amaldiçoado.
- ... E ia nos enganar para nós amaldiçoar com isso, não é, vampiro?
- Não!!! Eu lhes juro, de verdade! Ele pode conceder...
Ele não terminou sua frase quando o Cowboy lhe deu outro soco, agora ainda mais nervoso. Seu motivo principal de roubar a estátua era importante demais, e aquele vampiro estúpido arruinara a única chance dele de ver quem lhe era mais importante no mundo... A raiva do Cowboy infernal era demoníaca. Deitado no chão, quase desmaiado, Izeies olhava para o vazio, e o Cowboy lhe disse:
- Vou te castigar por ter colocado seus olhos malditos na estátua...
E então, o Cowboy fez algo que fez Izeies sentir uma de suas maiores dores da vida: Arrancou seu olho esquerdo. Gritando de dor, Izeies só tinha uma chance de sobreviver agora: a caixa. Enquanto o Cowboy encarava seu olho, Izeies correu e pegou a caixa, dizendo bem alto:
- DESEJO FUGIR DELES!!! - e novamente, a névoa acinzentada surgiu, e cercou Izeies, lhe transportando para longe dali. Longe do bardo angelical e de seu comparsa, o Cowboy infernal, e agora ele pode finalmente desmaiar.
Horas haviam passado. Izeies acorda em um lugar escuro, provavelmente uma floresta, sem sentir seu olho esquerdo. Seu corpo todo doía muito, havia levado a maior surra de sua vida, e ele sentia amargor e dor dentro de si. A música que tocava não lhe deixava dormir novamente, e começava a irritar o vampiro. Foi então que do agora ele percebeu reconhecer essa música. Se sentando rapidamente, ele fala:
- Espere, essa música! Estou ouvindo essa mesma música repetitiva por dias!!! De onde está vindo isso?! - Ele olha ao seu redor. E, para seu pavor, nota que a música vinha de sua bolsa de viagem... Ele correu para retirar o tinha nela, e percebeu algo diferente dessa vez. A caixa de desejos estava com a tampa aberta, completamente aberta. Jamais tinha se aberto, e agora ele podia ver o interior dela. Lá, havia um pedaço de pergaminho realmente velho e desgastado, com letras e desenhos em vermelho. Izeies não sabia ler o que estava escrito, mas ele reconheceu o estilo de escrita e desenhos feitos no pergaminho, onde ele tinha visto em um antigo templo Fenghuang que ele roubou um artefato valioso.
- ... Isso é um amuleto... Acho que... É um selo, como os velhos que de diziam sábios falavam. - Ele falava para si mesmo. - Isso não tocava música, por que é que está tocando agora? ... Você mesmo poderá me responder? - Ele aguardou uma resposta da caixa, mas não veio nada. Óbvio que a caixa não lhe responderia... Até que ele lembrou- se que tinha um velho livro com algumas escritas em chinês com ele, presente do velho Fenghuang que lhe tentava ajudar. O vampiro ficou então horas procurando algum dos símbolos do pergaminho, antes que ela fechasse de novo, mas não achava nada. Quando estava quase no final do livro, a caixa fechou-se, e nessa mesma hora, ele acabou achando apenas um dos kanjis que lá tinha. Seu sangue gelou ao ver o significado, e ele falou em voz alta:
- Sangue. - E ele ficou ali, parado uns minutos. Tentando entender tudo isso. O que estava escrito ali? O que era essa caixa na verdade? Eram tantas perguntas sem resposta, que ele não sabia o que fazer. Até que notou que o dia não amanhecia, a tenebrosa noite nunca se ia, e ele reconheceu novamente o lugar que entrou.
- O quê?! Não é possível, por que a caixa me trouxe para esse país amaldiçoado novamente?!?! ... Espere. A draconiana... Me deu a caixa. Ela deve saber algo disso, eu vou novamente a ver! - Ele disse decidido, e resolveu ir até a opera da Odessa outra vez. Mas, dessa vez estava sem guia, e nem sabia onde estava.
O vampiro tomou seu caminho as cegas, sem saber onde ir e com apenas um olho. Mal sabia ele que ele estava realmente longe de seu objetivo, e que esse lugar era tão perigoso quanto monstros famintos. Olhando a sua volta, finalmente havia saído da floresta densa, e entrado em uma espécie de clareira. Ele viu um grande portão, e entrou no local. Era o cemitério abandonado. Izeies sempre odiou cemitérios, nem sequer visitou parentes já falecidos, imagine ir em um sem motivo nenhum. Resolveu atravessar esse cemitério e ver qual o próximo local que estava a frente, para ver se lembrava de algo que vira no caminho para a Opera. Andando devagar entre os túmulos, ele torcia muito para que nada saísse da terra, como uma mão de zumbi ou um ghoul para tentar lhe agarrar os pés. Pisava em ovos literalmente, até que ele ouviu um barulho muito estranho. Não fazia ideia do que podia ser, não reconhecia o som de jeito nenhum, e viu que ele estava dentro de uma cripta enorme, talvez a maior de todas do cemitério, onde o barulho entoava levemente... E aumentava. Izeies foi tentar chegar um pouco perto da cripta para ouvir melhor, quando suas portas abrem com tudo, assustando tanto o vampiro que ele cai para trás, sentado no chão. O som agora era ainda maior. Olhando dentro da grande cripta, ele vê um par de olhos lhe encarando no escuro, olhos negros que cintilavam no escuro... junto do som nefasto que ele ouvia. Ele não sabia se devia se levantar e ir até lá, era com certeza pedir para ser morto ir até a cripta, mas o ser dono do par de olhos logo apareceu de dentro do local onde jaziam corpos há muito falecidos. Se aproximando lentamente, ele ouviu uma voz serena e sombria dizendo:
- Interessante, uma alma viva aqui em minha casa... vejam, minhas amigas, temos visita. Venham lhe cumprimentar. - A voz falava devagar, e logo Izeies finalmente descobriu o que era o som: diversas aranhas saíam da cripta, talvez milhares delas, corriam em suas oito patas com toda sua velocidade, indo na direção de Izeies, que assustado, se afastou ainda sentado no chão das aranhas, que não o tocavam nem subiam nele. Na cripta, dois braços saíam do jazigo, segurando-se nas portas de mármore, e depois mais dois braços surgiam. O vampiro observava um ser estranho saindo, e quando ele saiu por todo ele percebeu ser uma mulher de pele tão negra quanto a noite, usando roupas rasgadas e um par de óculos. Diversas aranhas andavam por seu corpo, como se fossem parte dela. Ela sorriu ao ver o vampiro mortificado, e falou:
- O que foi? Tem medo de aranhas? - Ela diz soltando uma risada. As aranhas começavam a subir na mão de Izeies, porém ele as afastava, aos gritos.
- Não permita que elas me mordam!
- Oh, se isso acontecesse seria bem problemático... a Latrodectus é uma aranha mortal para alguns seres... mas nós não lhe machucaremos assim... queremos nos divertir primeiro! - Ela fala alto, e o vampiro resolve que era hora de fugir. As aranhas pretas tentavam o alcançar, e com tantas pernas era algo relativamente fácil, mas a pobre alma começou a correr o quanto podia para fugir dali, não permitiria que a Latrodectus lhe pegasse. Atravessando o cemitério, ele entrou em uma espécie de floresta, realmente densa, onde tinha espinhos por toda parte.Não via sequer a lua, que desde que ele entrou nesse local ele estava sempre a vendo, mas agora a perdera de vista. Com isso, sua visão também foi diminuída, e ele entrava cada vez mais dentro dela. Apesar de estar contente que conseguiu fugir da Latrodectus, reclamava que não via nada à sua frente.
- Droga, que lugar horrível, cada local tem algo de mortal e péssimo nele! ... Como que um local desse veio a existir?
De repente, ele ouve uma espécie de silvo, sem entender o que era isso. Olhando na direção do silvo, ele via uma figura mais à frente, e assim que sua visão se adequou melhor ao ambiente, ele via uma mulher em roupas muito estranhas... lhe olhando, com um sorriso maligno no rosto. Seus cabelos alaranjados refletiam mesmo no escuro, e ela então veio correndo até o vampiro. Ele desviou da pessoa, mesmo sem saber que havia acabado de se salvar... pois a intenção dela era assassina. Ela deu uma risada bem alto, e começou a falar enquanto tentava avançar no vampiro mesmo presa em sua roupa:
- Vejam só, uma alma perdida... Está sofrendo nesse lugar, não é? Posso ver eu seu rosto pálido, está morrendo de medo. Deixe-me acabar com sua dor! Não fuja de mim!!! - A mulher falava e corria atrás do vampiro, que confuso apenas fugia.
- Fi-fique longe de mim!!! Esse lugar está cheio de assassinos!!! - Ao falar isso, viu à sua esquerda uma luz, parecendo ser a saída daquela floresta enorme de espinhos. Correndo com sua capacidade máxima, ele saiu da floresta, sem saber onde tinha ido a mulher. Ele se viu em uma espécie de vila.
- Huff... huff... parece... que... estou seguro por enquanto. - Ele respirou fundo. Sentando-se no chão, Izeies imaginava se estava perto ou longe da Ópera da Odessa e da Draconiana, e suspirou sem esperanças. Não se lembrava de ter passado por nada disso quando fora guiado pela bruxa de sangue, quando ele foi tirado de seus pensamentos ao ouvir um som de gemidos.
- Urgh... gah.... - Olhando ao leste da vila, ele via diversos homens e mulheres andando devagar até o vampiro, eram ghouls, corpos mortos-vivos sem alma... e do lado, a mulher de cabelos alaranjados e seu sorriso assassino. Ela falou bem alto:
- É ele! O homem que tirou suas vidas! Peguem ele!!! - E os ghouls começaram a correr atrás de Izeies.
- AH! - O vampiro novamente corria perigo de vida. Sabia muito bem que ghouls matavam sem piedade... e aquela mulher parecia saber os controlar. Correndo outra vez por sua vida, ele tentava achar a saída dessa vila amaldiçoada, e viu um dos portões que eram a entrada da vila. Ele correu até eles, mas a mulher assassina chegou antes com muita agilidade, e fechou o portão chutando ele.
- Você não vai escapar. - Ela diz sorrindo. - Ninguém escapa de um Psycontrol, seu idiota. Vai morrer aqui e virar um ghoul!
- Não!!! Não posso morrer aqui, tenho que encontrar a Draconiana!!!
- O quê? - A Psycontrol pergunta a Izeies. - Como você a conhece? ... Por que está atrás dela?
- Não te interessa! Você irá me impedir se eu te contar! JÁ CHEGA! - Ele gritou, e pegando a caixa de desejos em sua bolsa, ele deseja:
- DESEJO VER A BRUXA DE SANGUE! - E outro pedido fora feito. A névoa cinzenta o envolveu... o levando longe dali. A Psycontrol viu ele sumir, e olhava a névoa voando pelos céus escuros, ainda querendo saber como ele conhecia a Draconiana.
Izeies foi transportado para onde ele havia visto a bruxa de sangue, mas ela não estava lá. Exausto, ele resolveu deitar no chão para descansar.
- Finalmente, livre daquelas assombrações... Que lugar mais terrível, parece até um inferno! ... Estou passando tudo isso e mal aproveitei a caixa, precisei fazer desejos par ame salvar. - Ele olha sua bolsa, que guardava a caixa. Nervoso, o vampiro a pega dentro de sua mochila, e fala em voz alta:
- Desejo ser lembrado por todos para sempre. Pronto, ao menos algo bom eu garanto para mim. - Ele diz e larga a caixa de desejos. Outro pedido fora feito. Nisso, ele vê a bruxa de sangue reaparecendo na floresta.
- Olá caro vampiro. Que bom que voltamos a nos ver. - A Elfnix diz com desdém. - Veio me visitar?
- Você! Sua bruxa sanguinária, estou passando por mil adversidades por sua culpa!!! - Ele fala se levantando.
- Minha culpa? Ora, eu só te guiei até a caixa. Você que está fazendo pedidos... E pagando por eles.
- Pagando?! Você sabe o que diz no pergaminho dentro da caixa? Me responda!
- Haha, eu te darei apenas uma resposta, porém sei de dois assuntos que lhe interessa. Prefere saber da caixa... Ou de Melina?
- O quê?? Melina? Como sabe de Melina???
- Então escolhe sobre Melina?
- ... Sim. Eu irei atrás da Draconiana para saber sobre a caixa então, mas me diga o que sabe de Melina.
- Sua escolha fora feita. A garota elfa está no País do Halloween conosco... Perdida, no poço dos espíritos.
- O quê???? Melina está aqui?! Mas porquê???
- Ela veio atrás de você, bobinho. Não desejou que ela te amasse? Que ela deixasse seu irmão, quem sempre ela amou de verdade e viesse para viver com você?
- ... Eu fiz meu desejo, você não tem nenhum direito de se meter nisso. Agora me diga, Melina está bem?
- ... Não te ajudarei em mais nada. Boa sorte, vampiro! - E a bruxa sai andando pela floresta.
- ... Não vou seguir ela. Ficaria perdido novamente, e eu podia dar de cara com uma daquelas monstruosidades de novo... Pelo menos consegui evitar o caminho das abóboras quando estava fugindo da tal... Psycontrol. - Izeies pega sua bolsa e coloca nas costas, com a caixa em suas mãos. Ele diz alto e claro:
- Desejo ser levado ao poço dos espíritos.
Como sempre, a névoa acinzentada saiu de dentro da caixa, e levou o mestre até o local que ele pediu. No poço dos espíritos, Izeies caiu lá dentro, e viu ser uma grande caverna que poderia se perder facilmente. Ele parou um pouco para pensar no que fazer.
- ... Vou me perder se apenas entrar para procurar Melina e não achar o caminho de volta... Se eu tivesse alguma coisa que me ajudasse a achar o caminho, seria útil.
Ao falar isso, a caixa de desejos se abre, e começa a tocar a música novamente. Mesmo surpreso, Izeies teve uma ideia, ele notou da última vez que a música durava um bom tempo, ele poderia usar ela para se guiar no poço e tentar achar Melina. Colocando a caixa no chão, ele então pega um caminho qualquer e começa a procurar por ela.
Os túneis do poço eram extensos e escuros, fazendo jus a sua fama de matar diversos seres por ficarem perdidos. Ele não podia chamar Melina em voz alta por temer que tivesse qualquer monstro ou coisa arrepiante ali, então daria mais trabalho. Procurando meio as cegas, com apenas uma pequena tocha em mãos, ele viu um túnel sem saída, e nele tinha uma mulher sentada, sem se mexer. Com o coração pulando, ele correu para ver se era sua amada, e tocando no ombro da pessoa, ela se virou surpresa ao ver alguém ali com ela.
- Ah, perdão, não queria te assustar. - Ele falou, e agora iria escolher muito bem suas palavras, pois temia ser algum tipo de monstro. - Você está perdida moça? Precisa de ajuda?
A moça de olhos vermelhos lhe olhou, e apenas o olhava.
- ...
Izeies fitou novamente a mulher, que possuía cabelos brancos como a neve, e sua pele era o que mais lhe chamava atenção: era gélida, parecia ser feita inteiramente de gelo. Ela nada lhe respondia, apenas o encarava fria. O tempo estava passando, ele não sabia por quanto tempo mais a caixa iria ficar tocando a música, então ele disse:
- Eu vou te ajudar a sair daqui! Sei de um jeito! É só me seguir, certo? Confie em mim.
Parece que ao ouvir aquelas palavras a moça resolveu o ouvir, e após balançar a cabeça se levantou, e começou a o seguir. Izeies não sabia quem era essa pessoa, era tão misteriosa quanto bela, mas na verdade ele estava preocupado mesmo era com Melina. Não fazia ideia de onde ela poderia estar, mas estava rezando aos deuses que ela tivesse ouvido a caixa de música e ido até o local de entrada do poço dos espíritos. O vampiro falou baixo:
- Temos que tomar cuidado aqui, é muito perigoso. Mas iremos sair daqui, certo? Eu sei onde está a saída.
A moça apenas andava. Sem fizer nada, ela ouvia o vampiro.
- Eu imagino como você conseguiu entrar aqui. É tão escuro... Eu me perderia muito fácil. Ah, eu lembro desse caminho, é só seguir reto agora! Venha comigo... Hum... A propósito, por acaso você viu uma nuca de cabelos vermelhos perdida aqui?
- ... O quê? - A moça falou algo por fim. Pareceu estar confusa com k que ouvia.
- Uma elfa alta de cabelos cor de fogo e olhos brancos, ela estava aqui também, eu estou a procurando, seu nome é Melina. Você a viu aqui?
- ... - A moça nada respondeu. Pareceu que pensava fixamente em algo... Até que ela voltou a falar:
- ... Antes de eu vir aqui, vi alguém assim indo para as fissuras de lava.
- Fissuras de lava?
- Ficam ao norte do poço, está bem perto. Ela foi para lá. - Ela disse dura e diretamente. Surpreso, Izeies pensou que Melina havia conseguido sair dali, e tentado o achar. Os dois chegaram na caixa de desejos, que ainda tocava a música, e ele falou:
- Muito obrigado, eu vou ir atrás dela nesse lugar. Você consegue sair daqui?
- Não se preocupe. - A moça gelada falou. Nisso, o vampiro apenas saiu, levando consigo a caixa, deixando a gélida e fria mulher ali.
- ... Todos so querem me usar. Só sabem me usar... - Ela aperta seu punho. Havia decidido que dessa vez não iria ser usada, e teria sua vingança novamente. Seus olhos vermelhos começam a brilhar, e o elmo que ela usava também, emitindo um brilho negro. Ela então sabia muito bem por onde ir, e começou a andar de volta nas cavernas do poço. Andou por alguns minutos e viu uma alma perdida que ali tentava achar a saída... Uma elfa de cabelos vermelhos.
- Oh! Uma pessoa! Você está perdida?? - A moça gelada fala para Melina, a elfa. Melina a olha chorosa, por estar perdida a muito tempo naquele labirinto de túneis, e a moça de olhos vermelhos com seu elmo negro diz:
- Venha comigo, eu vou te tirar daqui. Eu te ajudarei.
Usando o sarcasmo, cujo apenas ela sabia ser, a moça guiou Melina até outro túnel, que continha um monstro terrível. E assim ela encontrou seu fim. E a mulher de gelo sua vingança.
Lá fora, Izeies andava desesperado até às tais fissuras de lava, pensando em encontrar seu amor que um dia perdera, apesar de jamais ter tido ela antes, já que Melina não amava de verdade Izeies. Ele começou a sentir um grande calor, e pensou que estava chegando ao sentir que a sola de seus pés estar realmente quente. De repente, o chão por baixo dele começa a ceder, e explode por baixo do vampiro. Sendo arremessado para longe, ele tosse ao sentir que bateu suas costas no chão duro, e quando ele abre os olhos, vê alguém à sua frente. Com lava escorrendo pelo corpo, o Cowboy infernal olhava nervoso para Izeies, seus olhos castanhos demonstravam uma fúria que o vampiro jamais vira.
- Mitsuketa, vampiro. Agora... É hora de você morrer de uma vez por todas.
- AH! NÃO, ESP... - O cowboy dá um soco no rosto de Izeies tão forte que ele afunda no chão, felizmente em um local com pouca magma por baixo da terra, do contrário, Izeies teria derretido. O vampiro começava a correr desesperado para tentar achar uma saída, precisava se afastar do maldito Cowboy infernal que lhe perseguia desde o começo, tudo por causa da caixa de desejos.
- ESPERE! Em nome de quem você procura, me ouça UM SEGUNDO!
O Cowboy se parou de dar outro soco nele. Apertando seu punho, ele fechou os olhos e respirou fundo. Realmente ele desejava encontrar quem ele amava, estar do seu lado novamente, e abaixou seu punho. Rapidamente Izeies começou a falar.
- ... Eu... Fiz tudo o que fiz igual você! Estava atrás de alguém, e eu estou agora novamente, sei que estraguei sua chance com a história da estátua, mas... Tenho como resolver. - Ele puxa lentamente a caixa de desejos de sua bolsa. O cowboy olha ela duvidoso.
- ... Isso garante desejos de verdade. Foi assim que eu achei a estátua... Se quiser, faça um desejo, eu não ligo mais para esse negócio, vou fazer as coisas eu mesmo. - O vampiro fala decidido. Aquela caixa só lhe trouxe causalidades e desventuras, agora iria atrás de Melina sozinho. Porém ele não avisou que os desejos eram perigosos para o cowboy, como vingança. Ele, por sua vez, pegou nas mãos a caixa de Linchuan. Ele a olhou várias vezes, e fez um pedido de olhos fechados. Logo, a névoa acinzentada apareceu, e envolvendo o cowboy, o transportou para algum lugar, desaparecendo na escuridão da noite. Teria ele ter ganho seu desejo? Parecia que sim, porém Izeies jamais saberia. Não estava nem ligando para isso, já que escapou de morrer outra das mil vezes que quase morreu em apenas uma só noite. Ele resolveu então sair desse lugar quente e ir procurar Melina em outro lugar. Agora não fazia ideia de onde ela poderia estar, já que não havia a encontrado no lugar que a moça de gelo disse que ela estava. Andaria reto até ver algo que fosse familiar, ou pelo menos que lhe parecesse seguro. Deu a volta pelo poço, não entraria de novo lá dentro, e viu chegar em um lugar com um grande navio encalhado. Até que, ele viu algo que parecia se lembrar vagamente. Um caminho que tomou quando foi para a Ópera da Odessa, guiado pela Elfnix. Ele começou a correr o mais rápido que podia, e notou passar por um caldeirão enorme, depois, pela floresta desencantada que havia encontrado a Bruxa de sangue. Finalmente ele parecia ter encontrado a passagem que pegara, e por fim conseguiu chegar até a opera da Odessa.
Entrando com tudo, Izeies abria cada porta do grande chatô abandonado e destruído, procurando a Draconiana. Gritando por ela, o vampiro procurava desesperado, até que, no último cômodo, o salão principal, ele a achou, sentada em uma janela olhando a paisagem lá fora, na escuridão.
- Draconiana! Me fale agora dessa caixa de desejos, fale o que ela faz com quem lhe deseja algo!!!
A draconiana virou o rosto e lhe olhou. Ela se colocou de pé, e foi até Izeies voando, e falou calma e tristemente.
- Ela realiza seus desejos. Como eu te falei.
- Mas porque tem me acontecido tantas coisas horríveis desde que eu a ganhei?! Ela é amaldiçoada ou o que??? Me diga a verdade! Ela é, não é?! Você me deu uma caixa que faz quem deseja passar por todo tipo de coisa horrível!
- Tudo nesse mundo tem sua ação. Desejar é uma ação. E toda ação tem uma consequência. Você parou para pensar que suas ações teriam consequências? Que seus desejos teriam preços?
- ... Preços? Você não me falou de preço nenhum!
- Pois é como funciona nesse mundo. Como a Caixa de desejos de Linchuan age. Seu preço é pago com seu sangue, vampiro.
O vampiro, ao ouvir aquelas palavras duras, começou a regredir tudo que pedira. Fizera tantos desejos que lhe colocaram em apuros que ele agora desejava jamais ter pego essa caixa.
- Então... Tudo o que passei... Foi por causa da caixa?
- Sim. Você pagou o preço por sua segurança ao perder seu olho, ser acusado injustamente de ladrão ao querer ser rico, virar alvo dos ladrões da estátua ao desejar que sua amada te amasse. Você pagou o preço três vezes até agora.
- Apenas três?! Eu estou passando por coisas horríveis até agora! Já devo ter pago tudo o que tenho desejado, isso sim!
- Está enganado. Há preços ainda a serem pagos.
- Isso não faz sentido ... Eu desejei... Sair em segurança desse país... Ser rico... Depois... Que eu tivesse Melina para mim... Que eu pudesse escapar daquele Cowboy infernal e do bardo... E de também achar a Elfnix. Então fiz apenas cinco desejos! Eu tenho direito a mais dois ainda!
- Você não pediu para que fosse lembrado para sempre?
As palavras da Draconiana caíam duramente sobre Izeies. Ela tinha razão. Ele tinha feito esse pedido naquele momento que achou que ninguém jamais lembraria de sua grandeza, pois achou que seria morto aqui.
- ... Mas ainda tenho um pedido. Só preciso achar Melina para nós dois sairmos desse lugar em total segurança, como em meu primeiro pedido! Eu tenho que a procurar, eu vou conseguir me safar!!! - Ele fala completamente confiante, cego pelo desespero. Estava se agarrando em apenas isso, encontrar sua amada. Ele saiu então da Ópera da Odessa, correndo sem sabe onde ir. Ele passou pela Vila onde os ghouls lhe atacaram, mas nada lhe aconteceu. Viu ao lado a Floresta desencantada, mas não quis passar por lá, afinal não viu Melina por lá. Talvez ao norte, no Castelo que conseguiu ver bem ao longe quando adentrava o país do Halloween, que era o Altar Daemonic, possivelmente sua querida Melina estivesse lá. Porém, desesperado e sem foco, Izeies passou dessa vez pelo caminhos das abóboras. A todo momento olhava para trás, pensando ter ouvido algo, achando ser a psycontrol. Porém, ele cometera um grande erro ao pegar esse caminho, não havia notado mas seu percurso atual era em um local com diversas abóboras... Onde seu rei esperava vítimas inocentes. Tudo estava silencioso, até que o vampiro leva um susto enorme, quase tendo um ataque do coração, ao ouvir alguém rindo.
- QUEM ESTÁ AÍ???
A voz ria. Não apenas ria, gargalhava. Ela ria tanto que Izeies não entendia como o dono da voz não perdia o fôlego. E de repente, a voz foi diminuindo aos poucos. E aumentou de novo. E agora não era apenas uma, mas diversas vozes riam. Riam muito, gargalhavam bastante, divirtam-se com algo que o vampiro não entendia. Sua fúria foi ficando cada vez maior, ao não entender quem o ou quê estava fazendo isso com ele. Já não adiantou ele ter sofrido tanto? Melina sumida, ter apanhado do tal Cowboy e seu colega bardo, ser acusado de ladrão sendo que os verdadeiros ladrões estavam lhe perseguindo, encontrar monstros nesse país infernal, e pior de tudo, ver seres que lhe faziam despertar seu pior dentro de si, guardado a sete palmos, porém nesse lugar e seus moradores o faziam não ligar para mais nada. Ele deixava tudo vir a tona. E foi o que fez agora.
- QUEM SÃO VOCÊS? PORQUE ESTÃO RINDO? É DE MIM??? COVARDES!!! PAREM COM ISSO IMEDIATAMENTE!!! - Ele gritou, com uma voz anormalmente e imensamente furiosa. No escuro, ele ouvia todas as vozes rindo dele, se divertindo às suas custas. Izeies já não sabia mais o que fazer, pensou de atacar a primeira alma ou monstro que visse. Porém quando se aproximou de um poste com uma lanterna a óleo, onde pode enxergar com mais clareza, notou que estava só. Absolutamente só. Seriam essas vozes reais? Estava apenas ouvindo coisas? As vezes não paravam um segundo sequer. As risadas quase berravam de tanto rir, e o vampiro olhava ao seu redor desesperadamente procurando por perigo. Foi então que, ele descobriu de quem eram as tais vozes. Ele se aproximou o suficiente de uma abóbora, e ao olhar ela por trás, viu ser uma daquelas abóboras que tem um rosto cravado nela, e esse rosto RIA. Ele viu a abóbora ali, no chão, em uma espécie de plantação de abóboras rindo a plenos pulmões, e agora que a notou, viu que todas as outras abóboras tinham rostos desenhados nelas, diversas formas de olhos e bocas assustadoras riam tanto como se lembrassem de algo realmente engraçado o tempo todo. E ele andou assustado com os monstros que, sem corpo, nem nada dentro de si, riam. Ele tentou correr para sair desse lugar amaldiçoado, porém parecia que esse campo de abóboras não tinha fim. Ainda tentando fugir das terríveis risadas, ele tropeçou perto de uma abóbora particularmente grande, quase a quebrando, e ao fazer isso viu que todas as abóboras que riam começavam a acender uma vela dentro de si, mostrando suas faces e rostos muito mais nítidos. Era uma cena aterradora para o vampiro, que agora não conseguia se mexer, nem se levantar. Izeies nem sequer sabia que o pior estava ainda por vir... E ele havia acabado de tropeçar nele. O vampiro tentou se levantar mas impediu a si mesmo ao ver que a grande abóbora que havia tropeçado começou a se levantar... E de dentro da terra, colado na abóbora, um corpo saiu. Essa abóbora era a única quieta, não havia rido como suas colegas, mas enquanto seu corpo saía lentamente debaixo da terra ela começou a rir insanamente. Sua risada era a mais alta e perturbadora de todas, e Izeies acompanhou com os olhos a abóbora enorme ganhando mais e mais altura, até que finalmente... Um corpo de proporções enormes saiu todo da terra. Usava uma roupa surrada, em laranja e preto, e toda suja de terra. A abóbora com corpo olhou Izeies, ainda rindo, e pegou o rapaz pelo pescoço, não o enforcando, apenas o levantando até a altura de seus olhos. Ele viu a mão do monstro chegar rapidamente até ele, onde a coisa possuía uma mão de esqueleto. Levantando o vampiro, a abóbora parou de rir devagar, e suas servas o imitaram. A abóbora então abriu um enorme sorriso e disse:
- Ora ora ora... O que temos aqui? Temos sorte esse ano, meus caros súditos!!! Alguém fora burro o bastante para não ouvir o conselho da bruxa de sangue... E veio nos visitar! HAHAHAHAHAHA!!!
As abóboras riam com seu rei. Izeies arregalou seus olhos ao ouvir o que o monstro acabara de dizer, entendendo o porquê da bruxa que ele viu ao pisar nesse país amaldiçoado ter dito que era melhor evitar o caminho de abóboras.
- ... Você... É... Aquele que as lendas falam... - Ele fala incrédulo e temeroso, olhando nos olhos brilhantes e amarelados da abóbora.
- SIM! Isso mesmo, meu caro vampiro... Sou aquele que fora humilhado, desprezado, negado tanto no céu quanto no inferno! A abóbora falava orgulhosa de si mesma - Jack, o Rei das Abóboras!!!
As abóboras do campo berravam de tanto rir e também aclamar seu grande rei. Levantando sua mão esquelética esquerda, Jack leva o dedo a sua boca, pedindo silêncio. Ele então volta sua atenção para o vampiro azarado. Sorrindo, ele continua:
- Isso é realmente divertido, estou TÃO contente em termos convidados! Por causa daquela bruxa percebi que ninguém estava passando por aqui, e estávamos realmente ficando entediados... Mas você está aqui. - Ele fala a última frase com uma voz perturbadora. Izeies sentia que realmente a bruxa tinha razão, quem passasse por Jack não iria apenas morrer. Iria sofrer muito, às custas da diversão da alma negra que teve sua cabeça cortada em vida, e uma abóbora reposta em seu lugar. Ele estava sem escapatória. Não queria nem saber o quê Jack faria com ele, então ele correu para tentar alcançar a caixa de desejos, porém se lembra que tinha apenas um último desejo. E ele não poderia gastar ali. Mas, se lembrando de suas próprias palavras em sua última luta com o cowboy infernal, ele toca na caixa e diz:
- Me proteja desse monstro. Será a última coisa que pedirei e irei procurar Melina, ou morrerei.
Por fim, a névoa cinzenta começou a surgir de dentro da caixa, mas ao invés de envolver Izeies para o proteger a névoa começou a tomar uma forma humana... E apareceu então uma figura de um homem, vestindo roupas tradicionais chinesas e usando uma máscara esverdeada. A figura se dirigiu para o rei das abóboras, com uma voz grossa e sombria:
- Largue ele. A alma dele é minha.
Jack encarou a névoa e deu um sorriso maléfico, porém decepcionado. Ele apenas abriu sua mão, largando Izeies, e falou zombando:
- Tch, que desperdício. Não imaginei que sua alma já estivesse selada... Então saia de meus domínios, Yaoguai. Cumpra seu pacto longe das abóboras.
O Yaoguai, cujo era o nome da névoa, disse para Izeies o seguir, já que não eram bem vindos ali. Eles andaram pelo país do Halloween todo, e chegaram a um precipício que continha apenas uma árvore muito muito velha. Por fim, o Yaoguai começou a falar:
- Eu lhe dei seus sete desejos, os realizando. Você pagou apenas seis deles, e-
- ENTÃO FOI VOCÊ QUE ME FEZ PASSAR TUDO AQUILO?! EU DEVIA TE MATAR! - O vampiro disse enfurecido, avançando no Yaoguai, que apenas segurou ele pelo pescoço. O apertando, ele falou nervoso:
- Fique quieto, vampiro. Acha que pode me fazer algo? Tenho mais de uma eternidade de anos que você, e minha força é pelo menos mil vezes maior que a sua. Só por essa insolência, vou te falar de seus preços. Primeiro desejo: escalar desse lugar com vida. Lhe protegi para sair daqui e você pagou quando perdeu seu olho pelo Cowboy infernal.
Izeies começava a se lembrar. Ouvira mesmo nessa hora a caixa tocando a música estranha, como estava correndo grande perigo não se importou muito com a música, mas ela realmente havia tocado.
- Segundo desejo: Ficar rico. Pagastes com ser acusado de roubar a estátua que lhe mostrei. Terceiro desejo: Que a elfa Melina te ame. Fora pago por você ser alvo da dupla do demônio e do anjo, onde lhe caçaram até agora. Quarto desejo: Escapar de morrer pela dupla. Foi pago quando a elfa entrou nesse país. Quinto desejo: Ver a bruxa de sangue, escapando da Psycontrol. Você paga ao ter um destino pior que seria se ela tivesse lhe pego.
Sexto desejo... Ser lembrado para sempre. Pago sendo traído. E por fim, ser salvo do rei das abóboras... Cujo será pago o preço assim que terminarmos essa conversa.
Izeies ouviu chocado tudo o que a névoa lhe dissera. Não sabia o que lhe perguntar primeiro.
- ... Como assim, paguei? Tudo que me aconteceu é por que eu desejei algo? Alguns desses preços nem fazem sentido! Como assim ter um destino pior?! E que história é essa de ser traído?
- A mulher gelada lhe traiu, fingindo que lhe ajudou. Você a traiu primeiro, na verdade, segundo a interpretação dela, e ela se vingou, deixando que a elfa que te procurava morresse no poço.
O sangue já frio do vampiro lhe pareceu congelar em seu corpo. Ele sentia seus membros falhando no segundo que ouviu aquilo, e perguntou, incrédulo:
- ... Melina está... Morta?
- Sim. Ela veio para esse país para morrer, desde que entrou aqui.
Por fim, o vampiro desistiu. Caindo de joelhos no chão, ele não conseguia acreditar que Melina havia morrido. Tudo havia sido absolutamente em vão.
- ... Irei acabar com tudo isso. - Ele disse, olhando para a árvore no penhasco. Ele andou devagar até ela, e ao mesmo tempo para seu destino, que pagaria o preço final: perder sua vida para o Yaoguai. Izeies se enforcou na árvore, na tentativa de encontrar Melina, realizando assim seu desejo de se lembrado para sempre, onde o local de sua morte ficou conhecido como "a árvore do enforcado". Por fim, o Yaoguai então voltou à caixa de desejos de Linchuan, para aguardar seu próximo mestre... E também futuro escravo, ao roubar sua vida.
[...]
Perto da ópera da Odessa, a draconiana olhava a janela, e viu uma figura lá fora, segurando algo. Ela abriu a janela e foi lá fora. A figura viu que ela a notara, e logo a Draconiana azulada fala:
- O quê pretende fazer com isso, sua majestade?
Jack, o Rei das abóboras, virou lentamente sua cabeça esquelética que usava uma abóbora, e olhou a Draconiana. Estava em uma forma que tinha o tamanho de um humano, e ele disse:
- Eu vou fazer o que faço de melhor, cara Draconiana... Irei novamente pisar fora de meu país, para levar q caixa de Linchuan para fora daqui. Afinal... Por que impedir que outros seres se divirtam? - Ele diz sorrindo, e deixa a Draconiana ali, só, para fazer que q caixa de Linchuan caia nas mãos de outra pessoa."
- E esse foi o conto sobre o vampiro que, por causa de sua ambição e ganância, teve em sua fama uma árvore... A árvore do enforcado. Oshimai. - Koyami fala, terminando seu conto. - Agora... Vão embora!!! HAHAHAHAHAHAHAH! - O mestre de cerimônias riu alto, fazendo seus convidados correrem para fora do local. Retirando sua máscara, Yuuko se vira para seus colegas membros da seita, falando:
- Muito obrigada por me ajudarem com o Sabbath desse ano! Realment fora muito divertido. Não acham?
Muitos deram suas próprias opiniões sobre o Sabbath, e Crescenta comenta:
- Ótimo, acabou finalmente, agora da pra tentar arrumar isso aqui, acinzentada??
- Ah sim, claro, Crescenta! Melhor eu começar logo ant s que Shin-kun apareça e veja Ni-ni, ou então...
- Então o que, Kitsune-san?
- Ah então você me mata, Shin-kUUUUUUUUUN!!! AHHH VOCÊ JA VOLTOU?!?! - Yuuko se desespera ao ver Shin, o Oni, ali no local do Sabbath, ele estava do lado de Nihal, que logo percebe ser sua amada.
- O quê foi que aconteceu, por que Nihal está... Assim, nessa forma?
- Algum problema com essa forma? - Nihal pergunta. - Não me amaria de qualquer jeito que eu fosse? Até mesmo uma chimera?
Calmamente, Shin sorri, pegando a mão de Nihal com delicadeza, a beijando após falar:
- Qualquer forma, qualquer jeito, até qualquer tempo que fosse, minha querida estrexiel.
- O que você está fazendo, menina? - Crescenta pergunta para Yuuko, que olhava fixamente uma árvore.
- Escolhendo uma árvore com madeira boa para meu caixão, sim, essa aqui parece ótima, onegai me enterrem com essa árvore como meu túmulo... - Ela caminha até q árvore, a abraçando. Shin e Nihal riem do desespero de Yuuko, onde a azulada fala:
- Calma, Yuuko, não é para tanto... Shin não vai te matar! Exagerada. - Ela dá outra risada. Shin, por sua vez, fala em tom sério:
- Então você é q responsável por Nihal estar assim, Yuuko? Por isso já escolheu seu caixão?
Yuuko fita assustada Shin com seus olhos redondos muito arregalados, séria e petrificada. Por um longo minuto ela não falou nada, até que foi até sua mochila e pegou sua arma que usa na seita, falando:
- Eu prefiro eu mesma cometer sepukku do que morrer por Shin-kun!!!
- Yuuko calma é brincadeira! - Shin fala, mas ela não ouve, e ao ver que Shin se aproxima um passo ela grita:
- AAAAAHH CALMA EU JÁ VOU COMETER O SEPUKKU, NÃO ME APRESSE!!! Eu sou uma vergonha, nem sequer vou fugir! Devia ter vergonha de si mesmo!!! - Ela falava para si mesma. - Cale a boca, você não está na minha pele! Estou sim, BAKA! EU VOU FUGIR ENTÃO, NUNCA ME PEGARÁ VIVA!!! - E a raposa cinzenta corre para dentro da floresta. Enquanto Hotaru fazia o gesto de negação com sua mão no rosto, Meruem chega perto de Nihal e Shin, perguntando:
- ... Isso é... Normal? Ela vai ficar bem?
- Não se preocupe, ela vai voltar... logo. - Nihal o responde com a experiência que tem sobre a amiga kitsune. Shin ainda ria.
- Hahaha, Kitsune-san realmente é alguém icônica. Fugir de si mesma de um sepukku...
- Arigatou, Shin-kun!!! - Ela aparece pendurada em uma árvore acima de Meruem, que leva um enorme susto, dando um grito bem alto.
Todos então deixam o local do Sabbath para curtir mais um pouco o Halloween, aproveitando seus sustos e comidas típicas.
Citando: Nihal e Crescenta, de @Estrexiel, Liwen e Giulia, Zaturn e Adrian de @Amo, Shin de @Funnywolf, Lara de @Mithmel, Chay e Mery Mey de @Flantechay, Yuuko, Meruem e Hotaru de @Aletheia.
Muitíssimo obrigada a quem participou em meu conto e quem também está lendo! Realmente me diverti ao escrever ele, adoro a época de Halloween principalmente para poder escrever esse conto! Já peço desculpas pelo atraso e os erros, mas foi algo que adorei narrar, tive a ideia do Yaoguai ao ver um filme de terror bobo sobre uma caixa de desejos que contém um Yaoguai, um demonio chinês, e quis fazer uma adaptação minha, além de incluir os ocs envolvidos no país do Halloween, sempre quis saber mais das histórias sobre os locais do meu país preferido do jogo e quis inventar uma história para um dos locais hehe. Espero ter divertido a todos que leram, e o parágrafo sobre Izeies encontrando a bruxa de sangue foi uma ajuda da minha querida amiga @Estrexiel, muito obrigada pela ajuda Ni-ni! ^o^