Olá, como vão?
Tenho que dizer que quando acabei o episódio, fiquei de cabelo em pé. Dividirei a história em duas partes para melhor análise do episódio.
A primeira, no QG, foi bem tocante. Fiquei contente de finalmente conhecermos a Twylda, mãe do Mery. Durante um bom tempo, ela era apenas um sprite monocolor aleatório, e estava curiosa para saber se algum dia veríamos o seu rosto. É triste que só o tenhamos descoberto após o falecimento do Mery, mas, ora, finalmente ela apareceu! Achei bastante sensível o desenvolvimento de personagem que foi dado a ela, pois, considerando que ela já havia sofrido muito e que isso era há tempos sabido (embora não com os detalhes que agora surgiram), ela querer ir até as últimas consequências foi algo que achei coerente e justo para a trama dela, no sentido de não deixar o horror do assassinato do Mery passar batido para essa personagem tão ligada ao menino. Isso mostrou o quanto a Twylda é sensível e inteligente, e agregou à história. E toda a abordagem desses sentimentos negativos foi delicada e muito bem feita.
A parte que mais doeu foi quando, no funeral, o Milo entrou e falou, com aquela inocência pueril dele, se o Mery não vinha mais brincar porque ficou com raiva do amiguinho. Nossa, doeu muito ler aquilo. Mas a Twylda soube explicar a situação e então os dois ficaram juntos no funeral, e isso foi muito bonito - triste, mas bonito.
Quanto à segunda parte, na Ilha de Memória, achei bem tenebrosa. Primeiro que os cenários, especialmente a praia e a Floresta do Silêncio, e a música, funesta e de local abandonado, me remeteram imediatamente ao sequestro das 4 crianças do episódio anterior, e isso me causou um tremendo desconforto. Esses cenários e a música tinham caído bem naquela cena do episódio passado, mas voltar agora e ter que ver e ouvir de novo quando estamos indo caçar a Marie-Anne... Nesse ponto, os diálogos da Erika vieram muito bem a calhar, pois traduziram todo o incômodo que também senti, quando ela tinha que passar de novo e de novo pela floresta onde aquele horror tinha acontecido... O Leiftan e o Nevra limparem o local também veio bem a calhar, mas se não funcionou para a Erika, não adiantou para mim também TuT (continuei incomodada ao passar por esses locais, até mesmo quando saímos da Ilha para voltar ao QG). Mas o pior cenário - se já não estava ruim - foi a Cova Sórdida (não é à toa que tem esse nome *risos nervoso*). O que a Marie-Anne tem na cabeça para fazer tanta atrocidade ali?! E o Leif limpar o local foi novamente bem-vindo, mas não consigo deixar de pensar que foi suspeito, afinal, é uma cena de crime, então ele não deveria limpar (mesmo que já soubessemos o culpado), né? Fiquei me perguntando se o Leif realmente só descontou sua raiva, tristeza e frustração nos objetos, ou se tem caroço nesse angu...
Ainda sobre a música, mas agora sobre os novos cenários da Ilha, que medo! Fiquei com medo da música, mesmo que passassemos por novos locais, mas desta vez porque a sensação de "tá tão abandonado que pode pular um fantasma por aí" me perseguia, rs. E foi legal o momento "Indiana Jones" da Erika, tentando achar a entrada das passagens escondidas. Também fiquei com medo do penhasco.
Quanto à Marie-Anne, que mulher ruim! Acho que nunca fiquei tão indignada com uma vilã antes nesse jogo (nem com a Naytili)! Como ela pôde fazer aquilo com o Mery?? (achei que foi uma cena bem forte, essa do episódio anterior) E agora, brincar de pega-pega com Erika e cia.?? O que ela quer com o Ezarel? Que mistério...
Sobre o Ezarel, ele foi um estúpido. Compreensível ele agir daquele jeito, por ser sério (pelo menos dessa vez), reservado e por se sentir culpado pelos eventos que aconteceram no passado e indiretamente acabaram nesse imbroglio todo, mas estúpido e idiota da parte do elfo, ainda assim, pois saiu correndo sozinho para o perigo e na pior hora. A Erika é mesmo muito paciente e hábil, porque dá vontade de explodir, que nem o Nevra, ou ficar compassiva até demais, como o Valkyon; mas o Ez precisava mesmo de alguém que o compreendesse sem desistir dele, como a Erika fez, até porque ele é um amigo importante. Não nego que ele na ilustração foi tão fofinho. Que bom que conseguimos trazê-lo de volta em segurança!
Sobre as ilustrações, achei que a sequência beijo (Nevra e Valkyon), abraço (Ezarel) e aperto de mão (Leiftan) foi uma excelente escolha, dada a tensão desse episódio. Foi o nível de carinho com os paqueras na medida (nem sem nada ou muito sério, nem todos amores, porque não era hora para tal).
A respeito da evolução dos poderes da Erika, minha nossa, ela não só está fisicamente mais forte, como também solta fogo pelas mãos! Que evolução! Só achei que foi conveniente a Erika despertar esse tipo de poder agora, mas, ao mesmo tempo, não lembro o quanto ela já tinha despertado no episódio anterior, na luta contra a Marie-Anne, e talvez esteja na verdade progredindo em um bom ritmo. E ainda por cima faz sentido esse progresso, por causa da transfusão de sangue de outro episódio passado. Hm... Leif novamente está suspeito... Isso não são poderes de lorialet... O que será que houve quando ele transfundiu seu sangue para ela? Será que ele sabia o que aconteceria? Mistério...
E eis que, ao retornamos, temos que lidar com uma Twylda que viu a Marie-Anne, ai, ai, ai...
Resumindo: cenários muito bem desenhados; história sensível, progredindo bem e amarrando bem as pontas sem deixá-las soltas; música condizente com a ambientação. Se era para ter causado toda essa turbulência de emoções, então conseguiram e estão de parabéns! Já estou indo devorar a continuação (e tentar segurar meu pânico com a música-tema da Ilha de Memória, pois me deixou bastante tensa, sim, hehe).
Edit: gostei bastante de, no início do episódio, descobrir mais um pouco sobre o passado do Ezarel. Ele não devia ter as coisas do jeito que fez, mas foi bonzinho da parte dele tentar proteger a Marie-Anne do passado e até levá-la de volta à Terra. Pena que não deu certo... E o mistério de como ela permaneceu em Eldarya continua! 0o0